Na Indonésia, os homens da tribo Dani usam como enfeite as presas, peles e chifres dos animais caçados. Na foto, o piercing no nariz é feito de presa de javali
No oeste da Tailândia, as mulheres da tribo Padaung usam anéis de cobre no pescoço desde jovens. Para os habitantes da tribo, quanto mais alto o pescoço, mais bela é a mulher
Em algumas tribos, as pessoas usam pratos nos lábios inferiores para atrair o sexo oposto
Os piercings são ornamentos tradicionais de algumas tribos africanas
María José Cristerna também é conhecida como mulher vampiro e usa de todos os artifícios para se parecer com um
Mulher usa alargador na tribo africana zulu como sinal de beleza
Desde o século XVI, o espartilho ou corset é usado para afinar a cintura da mulher e moldar as formas naturais do corpo feminino
Conhecido como zombie boy, o modelo canadense Rick Genest tem o corpo todo tatuado reproduzindo um cadáver em decomposição
Lady Gaga é famosa por seus trajes exóticos. Mas para incorporar seus personagens, escolhe sapatos com plataformas tão altas que mal consegue andar sobre os sapatos
As gueixas amarravam os pés para eles não crescerem muito. Na cultura japonesa, pés grandes eram considerados feios
A tentativa de modificar o corpo mostra o poder que exercemos nele. Por isso, desde a história antiga você vê a compulsão por transformá-lo
Foto: Reuters/Getty Images
Os primeiros sinais de vaidade surgiram ainda na pré-história quando os homens usavam como enfeite os dentes, chifres e peles dos animais caçados. Desde então, histórias de mulheres viciadas em beleza, como a da rainha Cleópatra, são estudadas para se entender como o homem virou escravo do belo.Os padrões podem ter sido alterados ao longo dos tempos e, de acordo com Denise Bernuzzi de Sant'Anna, professora docente do curso de história da PUC São Paulo, os motivos para alcançar a beleza também. "A relação com a vaidade, por exemplo, das tribos em que as mulheres colocam aneis no pescoço para alongá-lo ou de tribos em que homens e mulheres colocam alargadores nas orelhas e nos lábios, não tem a ver com a individualidade do corpo. A concepção da aparência está ligada ao cosmos. Para eles, o corpo é um registro da natureza", explica.
Isso não significa que o ato de enfeitar-se não esteja ligado a um ritual de conquista. "O embelezamento resulta de uma insatisfação com o nosso corpo e o homem vive o paradoxo de querer parecer algo que não é desde os tempos antigos."
Mas, se para a cultura ocidental contemporânea é estranho os métodos de embelezamento como amarrar os pés, para que eles não cresçam como faziam as gueixas no Japão, ou usar espartilhos muito apertados para afinar a cintura, ou até mesmo tatuar o rosto como fazem as mulheres da tribo maori, nós também usamos recursos curiosos e até dolorosos para ficarmos lindas.
"A tentativa de modificar o corpo mostra o poder que exercemos nele. Por isso, desde a história antiga você vê a compulsão por transformá-lo", afirma Denise.
Fonte:
(Erinaldo Alves)
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