Pular para o conteúdo principal

Ponto e linha 04




Não apagar a memória

Não é apenas a morte de Michael Jackson que ocupa a imprensa. Outro astro, desta vez um astro das artes visuais, também tem sua morte rendendo o que, hoje, chamam-se notícias. A possibilidade de suicídio do artista Dash Snow chama, agora, as atenções dos novaiorquinos interessados nesta área, pelo menos. Este artista teve seu nome citado por aqui a propósito de que havia sido homenageado pelos Os Gêmeos no painel que os grafiteiros... Ooops! Painel que os pintores brasileiros fizeram, cobrindo outro do falecido Keith Haring. Este preâmbulo é para comentar a proposta de “apagamento” dos painéis que temos nos corredores do Departamento de Artes (UFRN). São painéis realizados nos anos oitenta pelos então alunos do Curso de Educação Artística: Carlos Sérgio Borges, João Antônio, João Natal, Marcelino Medeiros (já falecido) e pelo convidado Jayr Penny. Hoje, estes nossos ex-alunos são artistas bem sucedidos qualitativamente e ocupam espaços institucionais importantes. João Natal é um dos coordenadores do setor de pesquisa da Fundação José Augusto. João Antônio é uma espécie de secretário de cultura, em Currais Novos. Carlos Sérgio (leia nota a seu respeito abaixo) é um dos mais atuantes artistas visuais (em geral, realiza mais de uma exposição individual por ano), com expressiva participação em projetos relacionados à dança, ao teatro e aos grandes espetáculos públicos (inclusive fora do RN).
A pergunta é: se, em função da criação da Galeria do DEART, no espaço onde se encontram os painéis, é preciso cobri-los, raspá-los ou seja lá que procedimento se tome, como fazer para não perdê-los totalmente? A minha sugestão é a de que sejam feitas fotografias para reuni-las em um catálogo decente. E você? O que sugere?

Ilustrando esta edição, imagem de desenho “Curumim” (1981), de João Natal, que incluí na exposição “O desenho no Rio Grande do Norte” (SESC-2008).

Os professores Marcos Andruchak e Fábio Nunes, do DEART, tiveram projetos aprovados pelo Edital Tecnologia – Apoio à Produção e Divulgação das Artes Visuais em Novos Suportes Tecnológicos, da FAPERN. Este fato tem significado especial em termos da presença do DEART na comunidade artística local. Parabéns a todos!

O Iate Clube Natal, um novo espaço de divulgação dos artistas, abriu na terça passada (dia 28) exposição com trabalhos de alunos do fotógrafo Hugo Macedo. A exposição se chama “Olhares”.

Já no Bar Por do Sol, que fica em frente ao Iate Clube Natal, nas Rocas, será aberta nesta quinta, dia 30, a exposição “Clorocromados”, de Eduardo Alexandre, pintor que vem desenvolvendo consistente trabalho abstrato. Expressionista abstrato, mais precisamente. Desta vez, o artista ataca de verde!

Também nesta quinta, 30, o Nalva Melo Café Salão comemora 10 anos, abrindo uma coletiva (permanente) com trabalhos de Dickson Tavares, Guaraci Gabriel, Jota Medeiros, Marcelus Bob, Marcelo Fernandes, Pedro Pereira, Wendel Gabriel e Zaia.

Véscio (Subhadro) Lisboa convida todos para interagir no blog http://centroreciprocidade.zip.net. Confira.

Uma sugestão da ANPAP é visitar os “Circuitos compartilhados: registros de ações artísticas em circuitos autodependentes”, no site http://circuitoscompartilhados.org/wp.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

CULTURA E BELEZA...

Os padrões estéticos são diferentes para diversos povos e épocas. Muitas vezes o que consideramos algo bizarro e feio, para alguns povos é algo com significado especial e uma busca por outro padrão de beleza. Na África diversos povos possuem algumas práticas e costumes que podem parecer bizarros para os ocidentais. O povo Mursi, na Etiópia, costuma cortar o lábio inferior para introduzir um prato até que o lábio chegue a uma extensão máxima, costuma pôr também, no lóbulo da orelha. Ao passar dos anos, vão mudando o tamanho da placa para uma maior até que a deformação atinja um tamanho exagerado. Tais procedimentos estão associados a padrões de beleza.[...] As mulheres do povo Ndebele, em Lesedi, na África, usam pesadas argolas de metal no pescoço, pernas e braços, depois que casam. Dizem que é para não fugirem de seus maridos e nem olharem para o lado. Esse hábito também pertence as mulheres do povo Padaung, de Burma, no sudoeste da Ásia, conhecidas como “mulheres girafas”. Segundo a t

Iluminogravuras de Ariano Suassuna

1) Fundamentos da visualidade nas imagens de Ariano Suassuna: - É herdeiro de uma visão romântica: “invenção de uma arte tipicamente nacional”. - O nordeste surge como temática privilegiada no modernismo, especialmente, após a década de 1930; - Ariano acredita que a “civilização do couro” gestou nossa identidade nacional; - Interesse por iluminuras surgiu a partir de A Pedra do Reino 2)Iluminuras Junção de Iluminuras com gravuras. É um tipo de poesia visual: une o texto literário e a imagem. Objeto artístico, remoto e atual, que alia as técnicas da iluminura medieval aos modernos processos de gravação em papel. 3) Processo de produção de iluminuras Para confeccionar o trabalho, Ariano produz, primeiro, uma matriz da ilustração e do texto manuscrito, com nanquim preto sobre papel branco. Em seguida, faz cópias da matriz em uma máquina de gráfica offset; Depois, cada cópia é trabalhada manualmente: ele colore o desenho com tintas guache, óleo e aquarela, por meio do pincel. - Letras – ba

RCNEI - Resumo Artes Visuais

Introdução: As Artes Visuais expressam, comunicam e atribuem sentidos a sensações, sentimentos, pensamentos e realidade por vários meios, dentre eles; linhas formas, pontos, etc. As Artes Visuais estão presentes no dia-a-dia da criança, de formas bem simples como: rabiscar e desenhar no chão, na areia, em muros, sendo feitos com os materiais mais diversos, que podem ser encontrados por acaso. Artes Visuais são linguagens, por isso é uma forma muito importante de expressão e comunicação humanas, isto justifica sua presença na educação infantil. Presença das Artes Visuais na Educação Infantil: Idéias e práticas correntes. A presença das Artes Visuais na Educação Infantil, com o tempo, mostra o desencontro entre teoria e a prática. Em muitas propostas as Artes Visuais são vistas como passatempos sem significado, ou como uma prática meramente decorativa, que pode vir a ser utilizada como reforço de aprendizagem em vários conteúdos. Porém pesquisas desenvolvidas em diferentes campos das ciê