O projeto foi realizado na escola Camilo Castelo Branco localizada no Horto Florestal onde os alunos são moradores da Rocinha e do Vidigal, duas das maiores favelas do Rio de Janeiro. Tomado emprestado da 27ª Bienal de Arte de São Paulo, o tema “Como viver junto” serviu como mote para melhorar o entrosamento entre alunos de 5ª a 8ª séries. Surgiu então a proposta da professora de Artes Visuais de uma Bienal própria com o grande desafio de envolver professores de diferentes disciplinas. Bem aceito por toda a equipe, o projeto veio ao encontro também do projeto político pedagógico da escola “Preparando o cidadão do futuro”. Em seu desenvolvimento, os alunos/artistas participaram de discussões, visitas a exposições, museus e centros de cultura como o Centro de Arte Hélio Oiticica. O artista, que foi referência para os curadores da Bienal de São Paulo, passou a ser estudado também pelos alunos cariocas, o que contribuiu para o embasamento que culminaria na criação de suas próprias produções. Além dos muros da escola, o projeto estabeleceu parcerias com artistas de dentro e fora da comunidade e até com outras escolas como a Corcovado, freqüentado por filhos da classe média alta da cidade. Ao fim do ano letivo, em 11 de dezembro de 2006, teve início, então a “I Bienal da Camilo” com uma semana de atividades com direito a bate-papo com os artistas e visitas guiadas pelos alunos-monitores. Melhora na auto-estima dos estudantes e valorização foram apenas alguns dos resultados desta que tem tudo para ser apenas a primeira das muitas Bienais da Camilo.
Fonte: http://www.artenaescola.org.br/premio/doc.php
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