Pular para o conteúdo principal

Considerações Finais

Quando terminei o projeto na escola, percebi o quanto foi importante para mim este estágio. Como pude aprender com cada aula, cada orientação e com todos os obstáculos! Inicialmente, foi um processo demorado, para escolher o tema. Eram muitas idéias e nada definido.

Quando descobri o tema, que enfim gostaria de trabalhar, comecei a pesquisar sobre o assunto, pensar como iria abordar o tema e como seriam as aulas. Tomando por base alguns princípios da Cultura Visual, passei a pesquisar sobre o assunto e fui descobrindo as possibilidades. Mediante a troca de e-mails e de conversas em sala de aula com o nosso orientador, pudemos falar sobre nossos questionamentos e nossas observações.

Visitei escolas em busca do local certo para estagiar. Acolhi o convite de duas amigas, que faziam parte da prática de ensino do nosso curso, indo para escola onde elas também iam estagiar. Visitei a escola Fenelon Câmara. Observei aulas da professora da instituição e acabei escolhendo duas turmas para atuar no meu estágio, como já citei anteriormente: 6ºano “A” e 6ºano “B”.

Foram muitas mudanças de roteiro e de adequação. Nas primeiras aulas, senti que os (as) alunos (as) não estavam acostumados (as) ao tipo de proposta que eu havia levado. Alguns (mas) vinham me perguntar se eu não iria pedir para copiarem algo do quadro. Percebi que foi difícil para perceberem imagens, mas foram aprendendo a questioná-las.

No inicio, também tive problemas com as turmas com relação à bagunça e barulho. Tentei explicar a importância de ouvir e do respeito, algo que era muito difícil para eles (as), pois todos falavam muito altos e discutiam muito uns (as) com os (as) outros (as), ate mesmo batiam entre si. Na medida em que íamos convivendo, percebi o interesse de muitos (as), que, no primeiro momento, não queriam nem dar atenção. Percebi que os interesses pelas aulas aumentaram satisfatoriamente e que estavam cada vez mais envolvidos.

Percebi que o alunado melhorou nas respostas a que fazia cada aula, pois, na sondagem da primeira aula muitos (as) não sabiam se expressar. Com o desenvolvimento dos trabalhos, percebi, até mesmo nos relatos, que estavam mais soltos e mais expressivos, sabendo do que estavam falando.

Comentavam sempre que gostaram de ter saído de sala de aula para atividades na sala de vídeo e no pátio da escola. Sempre que eu entrava na sala me perguntavam se iríamos sair de sala.

Um momento que vale a pena ressaltar, foi próximo ao final do estagio, pois havíamos trabalhado com auto-retratos. Cada um (a) fez seu auto-retrato. A participação na entrega dos trabalhos, que foi feito em casa, foi integral. No trabalho final, em grupos, percebi que anteriormente o alunado tinha dificuldade em trabalhar em equipe, mas, nesse momento, mostraram-se flexíveis e participativos. Ocorreu de alguns (as) alunos (as) não quererem participar em grupo e de um outro não querer uma determinada colega de turma no grupo, mas, após uma conversa o problema foi resolvido. Apenas um aluno do 6ºano “B” não quis participar de nenhum grupo do trabalho final e alguns poucos que faltaram no 6ºano A no dia da exposição.

Percebi também que ficaram satisfeitos (as) em conhecer coisas novas e fazer coisas diferentes. Com relação à exposição, por meio das sondagens, notei que apenas dois alunos já haviam ido a uma exposição e a maioria não sabia o que era. Funcionários da escola também comentaram sobre a movimentação na escola de forma elogiosa. Avalio isto como um ponto bastante positivo.

Por ter tido considerável participação das turmas e avanços de relacionamento entre o alunado, além das respostas aos questionamentos que surgiam nas aulas, avalio a experiência de forma positiva, pois, pude notar como se envolveram e como perceberam as diferenças visuais, a presença das imagens em sua cultura, sempre relacionadas com o cotidiano do alunado. Sei que podia ter feito mais da minha parte também, mas me envolvi tanto quanto eles (as) e aprendi muito com tudo também. Independente de qualquer coisa foi uma experiência única e inesquecível.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

CULTURA E BELEZA...

Os padrões estéticos são diferentes para diversos povos e épocas. Muitas vezes o que consideramos algo bizarro e feio, para alguns povos é algo com significado especial e uma busca por outro padrão de beleza. Na África diversos povos possuem algumas práticas e costumes que podem parecer bizarros para os ocidentais. O povo Mursi, na Etiópia, costuma cortar o lábio inferior para introduzir um prato até que o lábio chegue a uma extensão máxima, costuma pôr também, no lóbulo da orelha. Ao passar dos anos, vão mudando o tamanho da placa para uma maior até que a deformação atinja um tamanho exagerado. Tais procedimentos estão associados a padrões de beleza.[...] As mulheres do povo Ndebele, em Lesedi, na África, usam pesadas argolas de metal no pescoço, pernas e braços, depois que casam. Dizem que é para não fugirem de seus maridos e nem olharem para o lado. Esse hábito também pertence as mulheres do povo Padaung, de Burma, no sudoeste da Ásia, conhecidas como “mulheres girafas”. Segundo a t

Iluminogravuras de Ariano Suassuna

1) Fundamentos da visualidade nas imagens de Ariano Suassuna: - É herdeiro de uma visão romântica: “invenção de uma arte tipicamente nacional”. - O nordeste surge como temática privilegiada no modernismo, especialmente, após a década de 1930; - Ariano acredita que a “civilização do couro” gestou nossa identidade nacional; - Interesse por iluminuras surgiu a partir de A Pedra do Reino 2)Iluminuras Junção de Iluminuras com gravuras. É um tipo de poesia visual: une o texto literário e a imagem. Objeto artístico, remoto e atual, que alia as técnicas da iluminura medieval aos modernos processos de gravação em papel. 3) Processo de produção de iluminuras Para confeccionar o trabalho, Ariano produz, primeiro, uma matriz da ilustração e do texto manuscrito, com nanquim preto sobre papel branco. Em seguida, faz cópias da matriz em uma máquina de gráfica offset; Depois, cada cópia é trabalhada manualmente: ele colore o desenho com tintas guache, óleo e aquarela, por meio do pincel. - Letras – ba

RCNEI - Resumo Artes Visuais

Introdução: As Artes Visuais expressam, comunicam e atribuem sentidos a sensações, sentimentos, pensamentos e realidade por vários meios, dentre eles; linhas formas, pontos, etc. As Artes Visuais estão presentes no dia-a-dia da criança, de formas bem simples como: rabiscar e desenhar no chão, na areia, em muros, sendo feitos com os materiais mais diversos, que podem ser encontrados por acaso. Artes Visuais são linguagens, por isso é uma forma muito importante de expressão e comunicação humanas, isto justifica sua presença na educação infantil. Presença das Artes Visuais na Educação Infantil: Idéias e práticas correntes. A presença das Artes Visuais na Educação Infantil, com o tempo, mostra o desencontro entre teoria e a prática. Em muitas propostas as Artes Visuais são vistas como passatempos sem significado, ou como uma prática meramente decorativa, que pode vir a ser utilizada como reforço de aprendizagem em vários conteúdos. Porém pesquisas desenvolvidas em diferentes campos das ciê