· Local: Galeria Vão Livre - PROJETO ARTE NA ESCOLA – 1º ANDAR DA BIBLIOTECA CENTRAL UFPB
· PERÍODO: 31.05 a 31.08 de 2010
· Curadoria – Erinaldo Alves, José de Vasconcelos e Eloane Cantuária
· Montagem: Rosicely Fausto, Suelen Virgínia e Beto Cãmara
Segundo Stuart Hall (2000, p.106), as identidades podem ser construídas a partir do reconhecimento de alguma origem comum ou de características que são partilhadas com outros grupos ou pessoas, ou ainda a partir de um mesmo ideal. São os aspectos peculiares de um determinado povo como suas crenças, ritos, experiências, valores e traços que a marcam.
O “Jeito Tucuju” é uma referência a cultura amapaense, composta pela mistura de povos e pessoas que adotaram o lugar: índios, negros, brancos, nordestinos, nortistas, sulistas, estrangeiros e “amapaenses da gema”. O nome “Tucuju” é uma homenagem aos grupos indígenas que viveram onde hoje fica a capital do Estado do Amapá, a cidade de Macapá. Um povo reconhecido como acolhedor, atencioso, respeitador e simples. Cidadão feliz, cheio de vida e apaixonado e orgulhoso de sua terra. Um pedaço da Amazônia que possui uma das florestas mais conservadas da região, o maior parque florestal do Brasil, a única capital brasileira cortada pela linha do Equador, que abriga a maior fortificação construída pelos portugueses na América Latina e ainda ter o privilegio de ser banhado pelo magnífico Rio Amazonas.
A mostra fotográfica “Jeito Tucuju” irá enfatizar a relação do povo amapaense com o Rio Amazonas. Numa reunião de imagens que registram momentos, expressões e gestos peculiares de pessoas que vivem em Macapá e acordam enxergando o Amazonas até onde a vista alcança... Uma paz e um silêncio impossível de ser descrito por palavras, deixando boquiabertos todos aqueles que chegam por ali.
Dentre as inúmeras formas de expressão artística que sintetizam esse amor do amapaense pelo Amazonas, destaco a bela canção de Val Milhomem e Joãozinho Gomes que diz:
Quem nunca viu o Amazonas
nunca irá entender a vida de um povo
De alma e cor brasileiras
suas conquistas ribeiras
seu rítmo novo
Não contará nossa história
por não saber ou por não fazer jus
não curtirá nossas festas tucujus
Quem avistar o Amazonas
nesse momento
E souber transbordar de tanto amor
esse terá entendido o jeito de ser
do povo daqui (refrão)
Quem nunca viu o Amazonas
Jamais irá compreender a crença de um povo
Sua ciência caseira
A reza das benzedeiras
O dom milagroso
(refrão)
Sentados a beira do Rio-Mar, o amapaense se isola do mundo: vendo a amarelada água bater no trapiche e o refrescante vento no rosto, é um privilégio e uma inspiração ...
Sobre o artista
José de Vasconcelos nasceu na Zona da Mata Paraibana, no município de Santa Rita-PB e está radicado em Macapá/Amapá desde 2000. Formou-se
No Amapá, no ano de 2001, participou da exposição de pintura “Não há nada que nos Uma”, na Fortaleza São José de Macapá/FUNDECAP e na Galeria de Arte do SESC. Em 2002, faz as fotos do CD Pólvora & Fogo da Cantora Patrícia Bastos. Em agosto de 2006 expõe a mostra fotográfica individual “Frutos do Olhar” e participa do 6º salão de arte do sesc Amapá. Em 2007 fez a exposição “Mulher” no Sesc Araxá.
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