A moda dos bonecos que imitam os bebês chegou ao Brasil. A réplica é tão perfeita que chega a assustar os distraídos.
Não parece, mas Luiza é uma boneca, igualzinha a um bebê. Ela tem roupinhas, mamadeira, acessórios. “Eu troco sempre a roupa dela. Quando vou dormir, ponho um pijaminha. É como se fosse minha filha, mesmo”, diz Mariana
Luiza é uma boneca reborn, que, em inglês, quer dizer renascida. São bonecas que parecem bebês de verdade e que são fabricadas como verdadeiras obras de arte. As mais sofisticadas podem reproduzir batimentos cardíacos e até as feições da dona.
Trabalho de artista
A artista plástica Fernanda Diniz descobriu pela internet o sucesso que essas bonecas já faziam nos Estados Unidos e na Europa. Hoje, ela vive disso; vende quatro reborns por mês. E o melhor é que os bebês de mentirinha, além de não darem trabalho, ficam prontos em apenas três dias. “Às vezes, me dá pena de vender, mas fico feliz de saber que gostaram de um bebê que fiz, quiseram comprar”, diz.
A assistente social Renata Cardoso foi uma das compradoras. Sem filhos, ela encomendou a Gabriela. “Sempre me dá bastante alegria. Ela tem um semblante de bebê, isso ajuda você a ficar bem”, afirma.
O envolvimento com um bebê de mentira pode ser apenas a paixão por um hobby, mas há casos que podem servir como alerta. “Brincar, passar seu tempo de forma agradável, isso não representa problema algum”, diz o psiquiatra Leonardo Gama Filho. “Pode ser um problema se um indivíduo solitário, carente, ou que perdeu um ente querido tenta substituir os sentimentos com esse tipo de boneca.” O importante é que as bonecas reborn sejam apenas o que realmente são: um brinquedo.
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