“Não toque em nada!”, “cuidado”. É isso que as crianças costumam ouvir dos pais nas exposições. O mesmo acontece com adultos quando as advertências vêm de seguranças. Felizmente, Arte para crianças, no CCBB, recupera a tradição da “arte participativa” dos anos 60 e reúne obras que foram criadas para interagir com o público. Há 16 artistas brasileiros e estrangeiros que comprovam que a arte contemporânea é, sim, acessível. Inclusive para crianças. Em Onochord, Yoko Ono pede a visitantes que enviem sinais de luz que significam “Eu te amo”. Já o carioca Ernesto Neto seduz o público a entrar em um ambiente “uterino”, em Uni Verso Bebê II Lab (foto), mais uma de suas instalações imersivas construída com tecido e espuma. Mais que interagir, há obras que convidam à invenção. Em De corte e dobra, de Amílcar de Castro, esculturas podem ser remontadas. Depois de Brasília, a exposição segue para o Sesc Pompéia, em São Paulo.
Disponível em : http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2042/artigo119682-1.htm
Karlene Braga
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