Presidente afirma que herdou problemas na educação e critica greve de professores...
Soraya Aggege escreve para "O Globo":
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou ontem de barbaridade o sistema de aprovação automática, pelo qual os estudantes não repetem o ano e são retidos somente ao final dos ciclos escolares.— Quando neste país se tomou a decisão de universalizar o ensino fundamental sem levar em conta a qualidade, demos um passo para a frente e dois para trás. Quando se decidiu que uma criança na escola não precisaria fazer prova, que seria aprovado, estudasse ou não, cometemos a segunda barbaridade, com o aluno e com o professor — disse Lula, alegando que herdou graves problemas na educação.
O presidente falou durante uma cerimônia de comemoração aos 60 anos da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e em resposta a críticas de cientistas sobre o sistema educacional. O físico Luiz Davidovich disse ao presidente que o país está vivendo um processo de segregação social pela educação, por causa da diferença de qualidade entre as redes pública e particular no ensino básico: — Não é só uma questão de justiça social, é uma ameaça à democracia.
O presidente Lula disse que há medidas em andamento para melhorar o ensino fundamental e defendeu também a qualificação dos professores: — Se o professor der uma aula e o aluno não entender, o aluno precisa estudar mais. Se der duas aulas, o aluno não entender...
Na terceira, o professor tem de voltar para a escola.
Lula estava acompanhado do ministro da Educação, Fernando Haddad. No evento na SBPC, Lula fez críticas às greves no setor de educação, frisando que é contrário à paralisação no setor desde seus tempos de sindicalista.
— Eu sempre tive discordância com greve de professor no ensino fundamental. Achava que greve de 80 dias, 90 dias, era desastre. O desgaste maior para um governador não é parar. O desgaste é a aula ser melhor a cada dia e o aluno levar uma cartinha para o pai dizendo que o professor está trabalhando muito, mas o governador não paga o suficiente — disse.
(O Globo, 22/10)
(Erinaldo Alves)
Soraya Aggege escreve para "O Globo":
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou ontem de barbaridade o sistema de aprovação automática, pelo qual os estudantes não repetem o ano e são retidos somente ao final dos ciclos escolares.— Quando neste país se tomou a decisão de universalizar o ensino fundamental sem levar em conta a qualidade, demos um passo para a frente e dois para trás. Quando se decidiu que uma criança na escola não precisaria fazer prova, que seria aprovado, estudasse ou não, cometemos a segunda barbaridade, com o aluno e com o professor — disse Lula, alegando que herdou graves problemas na educação.
O presidente falou durante uma cerimônia de comemoração aos 60 anos da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e em resposta a críticas de cientistas sobre o sistema educacional. O físico Luiz Davidovich disse ao presidente que o país está vivendo um processo de segregação social pela educação, por causa da diferença de qualidade entre as redes pública e particular no ensino básico: — Não é só uma questão de justiça social, é uma ameaça à democracia.
O presidente Lula disse que há medidas em andamento para melhorar o ensino fundamental e defendeu também a qualificação dos professores: — Se o professor der uma aula e o aluno não entender, o aluno precisa estudar mais. Se der duas aulas, o aluno não entender...
Na terceira, o professor tem de voltar para a escola.
Lula estava acompanhado do ministro da Educação, Fernando Haddad. No evento na SBPC, Lula fez críticas às greves no setor de educação, frisando que é contrário à paralisação no setor desde seus tempos de sindicalista.
— Eu sempre tive discordância com greve de professor no ensino fundamental. Achava que greve de 80 dias, 90 dias, era desastre. O desgaste maior para um governador não é parar. O desgaste é a aula ser melhor a cada dia e o aluno levar uma cartinha para o pai dizendo que o professor está trabalhando muito, mas o governador não paga o suficiente — disse.
(O Globo, 22/10)
(Erinaldo Alves)
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