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UFPB: três décadas de ensino de Arte

A Licenciatura em Educação Artística da UFPB foi fundada por uma educadora nacionalmente conhecida e respeitada, a falecida professora Laís Aderne

Gabriel Bechara Filho, Professor e Crítico de Arte
O exercício da crítica jornalística nem sempre é popular, não apenas porque os leitores algumas vezes são refratários à re-avaliações, como também pela falta de isenção em que essas críticas algumas vezes se revestem. A imparcialidade é, por conseguinte, um atributo indispensável para a credibilidade de um texto crítico que pode, eventualmente, comprometer o veículo de comunicação que o veicula quando essa qualidade está ausente, principalmente se o texto não é produto de colaboradores, mas faz parte do corpo de colunistas permanente de um jornal.
Recentemente, foi publicado na imprensa paraibana um artigo que qualificava, literalmente, o Curso de Educação Artística da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) que há muitos anos é coordenado pelo professor Vanildo Mousinho, como "um quase zero a esquerda", supostamente por não ter formado artistas de valor, ao longo dos anos. Julgamos ser essa uma opinião falha, pois desconsidera nomes importantes e variados de artistas que estudaram no referido curso, como Martinho Patrício, Maria Helena Mousinho, Chico Dantas, Fred Svendsen, José Pagano, Clóvis Jr., Rose Catão e mais recentemente, Sidney Azevedo, isso sem falar naqueles artistas plásticos que freqüentaram com assiduidade o atelier de gravura do ex-professor Hermano José e de lá se lançaram no circuito nacional, como Walter Wagner. Não estou falando, no entanto, de simples artistas provincianos, mas de alguns nomes que circulam nacionalmente e internacionalmente em várias mostras importantes.
A Licenciatura em Educação Artística da UFPB foi fundado por uma educadora nacionalmente conhecida e respeitada, a falecida professora Laís Aderne, profissional cujos méritos de seu trabalho na Paraíba foram, imediatamente, reconhecidos pela UNB para onde se transferiu depois.
O curso de Artes da UFPB até hoje não é um bacharelado, mas uma licenciatura, comprometido, principalmente, com a formação de professores do ensino do primeiro e segundo graus. Apesar de haver um projeto futuro para a criação de um bacharelado, o que sempre lutei para isso, a meta principal é formar professores e não artistas.
Esse compromisso pedagógico sempre esteve presente também nos numerosos cursos de capacitação docente coordenados, no passado, pela professora Gislene Gentil e por mim, no Programa de Reciclagem em Educação Artística e no Projeto Arte na Escola sob a coordenação do doutor Erinaldo Alves e por mim também. Trabalhos importantes de pesquisa pedagógica acompanhando o desempenho das redes públicas foram monitorados pela doutora Maura Pena e hoje estão sendo estudados pelo professor Erinaldo Alves junto a Coordenação do Curso de Artes Visuais. O Departamento de Artes da UFPB participou, em mais de uma ocasião, através do seu corpo docente, assessorando as secretarias de Educação do Estado e do Município de João Pessoa quanto ao perfil didático-pedagógico do ensino de arte nas escolas.O objetivo para o qual ele foi criado vem sendo cumprido , portanto, com grande responsabilidade, principalmente no acompanhamento permanente dos profissionais que dele saem.
Mas não só professores e artistas o curso formou, de lá saíram também técnicos atuantes como Fernanda Svendsen, da Funjope, além da empreendedora marchand Rosely Garcia, o competente restaurador Otávio Maia e o crítico de arte e curador Eudes Rocha, recentemente convidado pela Prefeitura para inaugurar a Estação Ciência com uma curadoria sua.
É bom lembrar que lecionaram no curso os críticos Paulo Sérgio Duarte e Jomard Muniz de Brito, os pintores Sebastião Pedrosa, Raul Córdula, Hermano José, a gravadora Teresa Carmem, a ceramista Marília Dias, o escultor João Batista, e hoje ainda conta no quadro permanente com nomes como os dos artistas Rosilda Sá, Maria Helena Mousinho, Alberto Lucena Jr., Francisco Pereira e Breno Matos . O Compromisso com o ensino e a arte contemporânea sempre esteve presente, a menos que desconsideremos o trabalho de longos anos da maioria desses profissionais citados.
Na minha gestão no NAC, entre 1995 a 97, todas as exposições de arte contemporânea eram apresentadas aos alunos de Educação Artística, sendo também todos os monitores das exposições convocados do próprio curso. A título de exemplo, a exposição histórica sobre o "Centro de Artes Plásticas da Paraíba" com obras de Lyra, Olívio Pinto, Hermano José e Ivan Freitas, entre outros, que recebeu o prêmio de melhor exposição do ano, foi produto de um trabalho de pesquisa de dois semestres com 20 alunos que catalogaram mais de 200 obras dispersas dos anos 40 e 50, no Rio de Janeiro, Recife, Natal e João Pessoa e entrevistaram vários artistas em Olinda , Rio de Janeiro e João Pessoa.
Montamos no Projeto Arte na Escola, em parceria com o NAC, a primeira e melhor videoteca de arte do Nordeste, enquanto a ex- professora Rosires Carvalho mantinha durante sete anos um projeto de altíssimo nível no Centro Cultural de S. Francisco com monitores-alunos do curso de Educação Artística, integrando a produção nacional que lá se expunha, tanto com o ensino universitário como o das escolas municipais e estaduais da capital.
O NAC acolheu inúmeras vezes, no passado, principalmente na operosa gestão do professor Alfonso Bernal, várias mostras de alunos do curso de Educação Artística que ao lado de artistas consagrados como Flávio Tavares, Marlene Almeida, Hermano José, Chico Dantas, Fred Svendsen, Sérgio Lucena, Miguel dos Santos, Walter Wagner e José Pagano expuseram os seus trabalhos saídos da brilhante oficina de litogravura. Ainda nessa gestão, passou pelo NAC a importante pesquisadora e artista gaúcha Diana Domingues que de forma pioneira introduziu as discussões sobre arte e tecnologia na Paraíba, nos idos dos anos 90, antes mesmo dela se tornar uma referência nacional sobre o assunto. Esse curso sobre Arte e Novas Mídias como outros de extensão do NAC eram dirigidos, principalmente, para os alunos do Curso de Educação Artística quando a integração passou a ser mais efetiva a partir da gestão do professor Alfonso Bernal.
O NAC também recebeu, nesse período, três edições da coletiva "Abismos" do professor Jomard Muniz de Brito onde a produção de alunos do curso de Educação Artística dialogava junto à produção artística contemporânea de João Pessoa e do Recife, com grande repercussão no meio artístico de João Pessoa.
Por outro lado, a Pinacoteca da UFPB foi criada em 1989 pelo professor e artista plástico Hermano José para realizar esse integração entre a produção dos alunos e a circuito artístico. Foi lá que Martinho Patrício realizou, ainda como aluno do curso, em 1990, a sua primeira individual que se transformou na matriz do seu trabalho futuro até se qualificar hoje como um dos mais importantes artistas contemporâneos do Nordeste,conhecido nacionalmente.
Desde então, sucessivas exposições de alunos foram realizadas também pela professora doutora Lívia Matos tanto na Pinacoteca como no NAC, durante a sua gestão.
Mas um alerta precisa ser feito: A critica de arte hoje pressupõe um conhecimento especializado de teoria e história da arte que o diletantismo de alguns artistas não tem alcance para atingir. Não por acaso alguns dos maiores curadores nacionais como o professor Tadeu Chiarelli, o professor Cochiaralli e o professor Agnaldo Farias, só para citar alguns dos mais importantes, tem todos PHD com larga experiência e titulação além de atuarem como docentes na Universidade. Eles fazem uma critica objetiva, academicamente fundamentada, como se realiza na maior parte do mundo e desprovida de paixões, diletantismo ou viés tendencioso a serviço de grupúsculos de artistas, como não raro encontramos por aqui. Essa é uma tendência internacional em que curadorias e a critica de arte é função de especialistas com titulação e madura passagem pela Universidade. Os catálogos dos principais museus de arte da Europa e dos EUA, onde a qualificação universitária é condição básica para ser acolhido por essas instituições, é a maior prova disso. Numa Paraíba ainda semi-agrária, no entanto, onde os laços de amizade se sobrepõem a esses critérios, toda boçalidade é permitida, todo o atrevimento é tolerado, todo o "arrumadinho" é aceito, sem questionamento vindo de profissionais que até mesmo, sequer o curso de graduação possuem.
Hoje o Departamento de Artes Visuais tem um corpo docente com vários doutores e inúmeros mestres. Já se prepara para lançar o Mestrado em Artes em parceria com a UFPE e a UFBA, instituições que não dariam o aval ao nosso departamento se não percebessem a seriedade como a Universidade Federal da Paraíba encara a formação artística.
É verdade que o NAC hoje está em condição lamentável de manutenção, de onde os artistas fogem e para onde só alunos se habilitam expor, apesar do esforço meritório dos jovens professores iniciantes ao organizarem mostras de final de curso, o que sempre foi uma práxis em nosso curso. Mas o atual reitorado se prepara para construir um prédio próprio para atividades artísticas de extensão no Campus Universitário, onde a Pinacoteca da UFPB que tem um dos melhores acervos de arte paraibana, terá sede definitiva. Esse é o produto de décadas de esforço coletivo cujos méritos devem ser repartidos por todos os que fizeram e fazem o Curso de Educação Artística e o novo curso de Artes Visuais.
Parabéns ao prof. Dr Gabriel Bechara pela tentativa de construir uma síntese das contribuições do Curso de Licenciatura em Educação Artística da UFPB nas três décadas de existência.
O seu artigo, de página inteira, fornece dados e informações, bem diferentes de análises anacrônicas e superficiais, que desconhecem o passado e o presente da instituição. Julgar a atuação de uma instituição e de um coletivo exige muita responsabilidade e ética.
O corpo docente em Artes, nas diferentes linguagens artísticas, atuando em escolas públicas e privadas, bem como em outras instituições culturais de João Pessoa é, na sua imensa maioria, formada por egressos deste curso. Quer contribuição maior???
Os artistas pensam em exposição...a educação pensa em democratização da informação e do acesso à arte e à cultura, na formação de novos públicos, além de formar sujeitos desconfiados do que dizem como "bom" e "verdadeiro".
Só discordo de sua análise sobre o NAC, porque não vejo os artistas correndo do NAC, atualmente. Os artistas, em diversos momentos, inclusive agora, querem fortalecer os espaços de exposição de João Pessoa, que não são muitos.
O mérito da iniciativa das profas Marta Penner e Marco Aurélio, representando os ideais coletivos do Departamento de Artes Visuais, é de contribuir para a democratização dos espaços e para a dessacralização do NAC como um espaço reservado tão somente aos artistas.
Bom lembrar que os alunos que expõem no NAC não estão só, mas foram assessorados por professores competentes e familiarizados com a arte do Departamento de Artes Visuais. O problema maior não é quem deve expor no NAC, mas se o que está exposto é de qualidade... A exposição "Integração 275" visibiliza o próprio curso e a iniciativa coletiva, do passado e do presente, de incentivar o protagonismo, ingrediente fundamental para movimentar, produzir e compreender a arte.
Erinaldo Alves, doutor em Artes (USP).

Comentários

Iris Helena disse…
Eu já tinha lido o texto do professor Bechara no site do jornal O Norte, e sinceramente, achei um tanto(pra não dizer muito) pretensioso alguns trechos do mesmo.

Por outro lado, o seu comentário, Prof Erinaldo, foi, sem duvidas de encher os olhos.

:)
gabriel disse…
Iris:

Não vejo nenhuma pretenção ao dizer a verdado do trabalho que foi feito no passado por vários profissionais que passaram pelo departamento, inclusive na área de teatro e música.Pretenção é julgar os outros com rapidez. Também fui jovem como voce quando entrei no Departamento, mas nunca tentei me afirmar nessa idade tentando desqualificar o que outras gerações antes de mim fizeram.Pretensão é quando jovens pensam que inventam a roda desconsiderando os que outros fizeram.Todos devem ter sempre claro que o tempo passa e que outros jovens virão talvez repetindo os mesmos erros que voce cometeu.Pense nisso.

gabriel
gabriel disse…
Prezado Prof. Erinaldo:

Quanto a atual exposição com curadoria dos professores no NAC eu a elogiei pessoalmente em reunião do Departamento. No artigo apenas lembrei que mostras como essas sempre foram corriqueiras no nosso departamento, no passado, como pode ser testemunhado por vários professores que as fizeram. A profa Lívia Marquez, inclusive ressaltou isso em reunião.Afinal, como voce mesmo testemunhou, muitas pessoas não sabiam disso.Essa foi a função do artigo: esclarer e informar o que muitos não sabiam.Quanto a situação precária do NAC hoje, isso já foi dito várias vezes pela propria coordenadora em várias ocasiões.
Goteiras, por exemplo, que danificam trabalhos é um problema técnico que muitos artistas nao estão dispostos a enfrentar, principalmente numa estação de chuvas.Tenho plena consciência que a atual coordenadora tem responsabilidade em relação a isso e escolheu o melhor caminho para impedir o fechamento do NAC que chegou a ser cogitado, temporariamente, por razões técnicas. Em reunião do Departamento, a profa Marta explicou, inclusive, que os espaços do NAC não poderiam ser disponibilizados para atividades didáticas de oficinas ou para acolher o acervo de videos por essas mesmas razões alencadas.Medidas que eu concordo, plenamente.Acho inclusive que todos nós deveriamos antes ser solidários com ela para soerguer o NAC .
Iris Helena disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Iris Helena disse…
Bom, não vim aqui para provocar o professor Bechara, tampouco achei que o meu comentário sobre o texto do mesmo, chegasse a tal resposta. Desde já peço minhas sinceras desculpas!Porém em primeiro lugar, quando no comentário a cima, eu falei "pretensioso", eu não julguei a pessoa Gabriel Bechara, e sim, o modo como a historia foi contada. Li o seu texto e como toda e qualquer pessoa que teve acesso a ele, esbocei uma opinião, não como uma profunda conhecedora da instituição UFPB, mas sim, como alguém que simplesmente leu o texto no jornal. Em Segundo, tenho consciência de quem sou, que sou estudante, que não estou tentando desqualificar ninguém e nem por o meu nariz onde não sou chamada, não foi essa a minha intenção. Respeito muito o Prof Bechara, que inclusive é meu professor, mas acredito que se o mesmo afirma no comentário acima que "Pretensão é julgar os outros com rapidez", ambos erramos.

:)
Anônimo disse…
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Pessoal,

estou excluindo as postagens que fazem ataques pessoais em detrimento da discussão das idéias, com a intenção de denegrir...
Também não acolherei as postagens que não tenham assinatura. Eu escrevo e assino, porque entendo ser a crítica um exercício de minha cidadania. Por outro lado, ficarão registradas postagens com tratamento respeitoso e que se proponha a discutir as idéias...

Erinaldo Alves
Anônimo disse…
O Senhor doutor Erinaldo

Esta em estado de flutuação potiguar. Sem bases técnicas, teóricas e históricas cria verdadeiro deslize em comentar em publico o que de fato ocorre nas artes plástica local, mais um de alguns que teimam em ressuscitar o falecido NAC.
Administrado hoje por estrangeiros alheios às necessidades locais de fomento a produção e os intercâmbios pratica necessária à formação de público e circulação para se atingir o corredor cultural crescente no circuito nacional.
Sua administração é caótica sem caráter, hoje usando os alunos como meio de sensibilizar o reitorado para o tal NAC. como-se exposição de alunos fosse uma grande novidade no NAC. O que de - fato existe é uma ausência total dos artistas local a este espaço que sem eles o falecido não ressuscitara.
A sua avaliação Erinaldo é meramente por tabela via a nota que sai no pior jornal da cidade em circulação e que tem uma péssima e fictícia coluna sobre arte em sua maioria copias de colunas do sudeste. Escrita por um senhor que se diz critico de arte, coisa que ate eu posso ser.
Vou da receita do bolo, 1º escreve-se alguns textos sobre arte 2º publica-os em qual quer meio de comunicação e depois manda-se para ABCA, 3º solicita a entrada no clube dos críticos, 4º em trinta dias terás a carteirinha da mesma. NÃO PRECISA LEVA OU FORNO. É SÒ.

Maria Jambo
Anônimo disse…
Anônimo disse...
O Senhor doutor Erinaldo

Esta em estado de flutuação potiguar. Sem bases técnicas, teóricas e históricas cria verdadeiro deslize em comentar em publico o que de fato ocorre nas artes plástica local, mais um de alguns que teimam em ressuscitar o falecido NAC.
Administrado hoje por estrangeiros alheios às necessidades locais de fomento a produção e os intercâmbios pratica necessária à formação de público e circulação para se atingir o corredor cultural crescente no circuito nacional.
Sua administração é caótica sem caráter, hoje usando os alunos como meio de sensibilizar o reitorado para o tal NAC. como-se exposição de alunos fosse uma grande novidade no NAC. O que de - fato existe é uma ausência total dos artistas local a este espaço que sem eles o falecido não ressuscitara.
A sua avaliação Erinaldo é meramente por tabela via a nota que sai no pior jornal da cidade em circulação e que tem uma péssima e fictícia coluna sobre arte em sua maioria copias de colunas do sudeste. Escrita por um senhor que se diz critico de arte, coisa que ate eu posso ser.
Vou da receita do bolo, 1º escreve-se alguns textos sobre arte 2º publica-os em qual quer meio de comunicação e depois manda-se para ABCA, 3º solicita a entrada no clube dos críticos, 4º em trinta dias terás a carteirinha da mesma. NÃO PRECISA LEVA OU FORNO. É SÒ.

Maria Jambo

25 de Agosto de 2008 11:59

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