A década de 1960 é considerada por alguns filósofos e historiadores como a mais revolucionária da política internacional. Em vários continentes e em diversos países eclodiram movimentos reivindicatórios e libertários que questionavam o poder, a cultura e a economia vigentes. [...]
Marco histórico - Maio de 68 tem um marco: na França, país onde o movimento foi mais intenso, radical e de repercussões internacionais, uma greve iniciada por estudantes universitários rapidamente adquiriu contornos revolucionários mobilizando também trabalhadores – cerca de 10 milhões aderiram à greve dos estudantes - ganhando feições insurrecionais.
Nos Estados Unidos, os negros, sob a liderança de Martin Luther King, exigiam o fim da sociedade discricionária e reivindicavam direitos civis restritos à população branca. Martin Luther King foi assassinado em abril de 1968, mas sua mensagem conquistou corações e mentes e mudou a história e as relações de poder na América. Também as mulheres exigiam seus direitos, o fim da discriminação, igualdade no trabalho e no lar.
No Brasil, milhares de estudantes ganharam as ruas em todas as capitais do país exigindo o fim da ditadura militar. Movimentos culturais nas mais diversas formas de expressões artísticas nasciam influenciando para sempre o cenário cultural nacional.
Antônio Bandeira: expoente da arte abstrata, o cearense é um dos destaques do Festival UFC de Cultura (Foto: Divulgação)
Obras de Antônio Bandeira pertencentes ao acervo do Mauc compõem a exposição ´Bandeira Quarenta´ (Foto: Reprodução)
Para a atual geração de jovens estudantes e sociedade e geral, um momento para entender o que representou para o Ceará e para o País a participação do movimento estudantil, dos movimentos sociais, dos partidos políticos e do movimento cultural no deflagrado processo de resistência ao autoritarismo e construção de uma sociedade democrática.
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