Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro. Projeto F. J. Béthencourt da Silva. Av. Rio Branco (antiga Av. Central). Edifício demolido. Fonte: Barros, P. O Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro e seu fundador . Rio de Janeiro, L.A.O. 1956, p. 153.
O Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro pretendia constituir, mediante o ensino, um mercado de trabalho com base na educação da estética. Escola noturna, gratuita e filantrópica quis formar uma classe trabalhadora. A espinha dorsal de seu currículo foi o ensino do desenho. Porém, diferente da Academia Imperial de Belas Artes, o Liceu desprezou o desenho neoclássico adotando o eclético. O seu método de ensino de desenho (12), assim como o de Ruskin, dava liberdade para que o aluno misturasse estilos e criasse novas formas a partir de sua imaginação. Não pretendia formar artistas, assim como a Academia de Belas Artes, mas sim trabalhadores para a construção civil, assim como operários em geral. A Sociedade das Bellas Artes , a sua mantenedora, pretendia transformar a cidade em uma obra de arte. Assim, não apenas os edifícios monumentais ou governamentais seriam feitos com arte, mas também os açougues, as padarias, as lojas de construção civil, as pequenas residências, os cabeleireiros, as papelarias etc., seriam feitos com arte assim como o hoje chamados Corredores Culturais do Rio de Janeiro. Uma cidade desenhada com arte expressava, na opinião de Béthencourt da Silva e Rui Barbosa uma sociedade voltada ao trabalho.
Fonte da imagem e do texto: www.memoriaviva.org.br/default.asp?ACT=5&cont...
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