tag:blogger.com,1999:blog-39924873171711572872024-03-12T22:02:53.963-03:00Ensinando Artes VisuaisEnsinando Artes Visuaishttp://www.blogger.com/profile/04511034799808787383noreply@blogger.comBlogger1484125tag:blogger.com,1999:blog-3992487317171157287.post-48141646235290318912014-01-26T15:56:00.000-03:002014-01-26T15:59:47.588-03:00Imagens utópicas, imagens desejadas!<a href="http://vimeo.com/83502019">Manipulação de imagens</a><br />
<span style="color: #0000ee;"><u><br /></u></span><a href="http://vimeo.com/83502019"></a>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTMKD6Rtp__-m0VCgHdlyhE27dnqqzbjwFiQBGN5iE5Mih1gpe-qtT1-yYquCyaNf6mFTrKUUfSeBnFXHMeI6ih2aGxh_xn-lp0zJFFUGnapens3qG_MmSjPvtpQ3K-kAhCqX6sy4p-Dk/s1600/alt.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTMKD6Rtp__-m0VCgHdlyhE27dnqqzbjwFiQBGN5iE5Mih1gpe-qtT1-yYquCyaNf6mFTrKUUfSeBnFXHMeI6ih2aGxh_xn-lp0zJFFUGnapens3qG_MmSjPvtpQ3K-kAhCqX6sy4p-Dk/s1600/alt.png" height="256" width="400" /></a></div>
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Por: Clícia CoelhoEnsinando Artes Visuaishttp://www.blogger.com/profile/04511034799808787383noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3992487317171157287.post-51513217115025163492014-01-19T11:18:00.000-03:002014-01-19T11:18:29.283-03:00Elogie seu filho do jeito certo!<div style="background-color: white; color: #4f4f4f; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.8em; margin-bottom: 5px; outline: none; padding: 0px;">
<b style="line-height: normal; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">“Na vida não há prêmios nem castigos. Somente consequência”</b><b style="line-height: normal; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;"><br style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;" /></b><b style="line-height: normal; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">Elogie o esforço, não a inteligência.</b><b style="line-height: normal; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;"><br style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;" />Elogie do jeito certo.</b></div>
<div style="background-color: white; color: #4f4f4f; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.8em; margin-bottom: 5px; outline: none; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #4f4f4f; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.8em; margin-bottom: 5px; outline: none; padding: 0px;">
Recentemente, um grupo de crianças pequenas passou por um teste muito interessante. Psicólogos propuseram uma tarefa de média dificuldade, mas que as crianças executariam sem grandes problemas. Todas conseguiram terminar a tarefa depois de certo tempo. Em seguida, foram divididas em dois grupos.</div>
<div style="background-color: white; color: #4f4f4f; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.8em; margin-bottom: 5px; outline: none; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #4f4f4f; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.8em; margin-bottom: 5px; outline: none; padding: 0px;">
O grupo A foi elogiado quanto à inteligência.. “Uau, como você é inteligente!”, “Que esperta que você é!”, “Menino, que orgulho de ver o quanto você é genial!” … e outros elogios à capacidade de cada criança.</div>
<div style="background-color: white; color: #4f4f4f; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.8em; margin-bottom: 5px; outline: none; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #4f4f4f; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.8em; margin-bottom: 5px; outline: none; padding: 0px;">
O grupo B foi elogiado quanto ao esforço. “Menina, gostei de ver o quanto você se dedicou na tarefa!”, “Menino, que legal ter visto seu esforço!”, “Uau, que persistência você mostrou. Tentou, tentou, até conseguir, muito bem!” , e outros elogios relacionados ao trabalho realizado e não à criança em si.</div>
<div style="background-color: white; color: #4f4f4f; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.8em; margin-bottom: 5px; outline: none; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #4f4f4f; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.8em; margin-bottom: 5px; outline: none; padding: 0px;">
Depois dessa fase, uma nova tarefa de dificuldade equivalente à primeira foi proposta aos dois grupos de crianças. Elas não eram obrigadas a cumprir a tarefa, podiam escolher se queriam ou não, sem qualquer tipo de consequência.</div>
<div style="background-color: white; color: #4f4f4f; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.8em; margin-bottom: 5px; outline: none; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #4f4f4f; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.8em; margin-bottom: 5px; outline: none; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #4f4f4f; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.8em; margin-bottom: 5px; outline: none; padding: 0px;">
<img alt="Elogio" class="aligncenter size-full wp-image-13646" height="222" src="http://static-justrealmoms.gcampaner.com.br/wp-content/uploads/2013/04/Elogio.jpg" style="border: 1px solid rgba(0, 0, 0, 0.2); display: block; line-height: normal; margin-bottom: 15px; margin-left: auto; margin-right: auto !important; margin-top: 0px; outline: none; padding: 0px;" width="471" /></div>
<div style="background-color: white; color: #4f4f4f; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.8em; margin-bottom: 5px; outline: none; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #4f4f4f; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.8em; margin-bottom: 5px; outline: none; padding: 0px;">
As respostas das crianças surpreenderam. A grande maioria das crianças do grupo A simplesmente recusou a segunda tarefa… As crianças não queriam nem tentar. Por outro lado, quase todas as crianças do grupo B aceitaram tentar. Não recusaram a nova tarefa.</div>
<div style="background-color: white; color: #4f4f4f; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.8em; margin-bottom: 5px; outline: none; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #4f4f4f; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.8em; margin-bottom: 5px; outline: none; padding: 0px;">
A explicação é simples e nos ajuda a compreender como elogiar nossos filhos e nossos alunos. O ser humano foge de experiências que possam ser desagradáveis. As crianças “inteligentes” não querem o sentimento de frustração de não conseguir realizar uma tarefa, pois isso pode modificar a imagem que os adultos têm delas. “Se eu não conseguir, eles não vão mais dizer que sou inteligente”. As “esforçadas” não ficam com medo de tentar, pois mesmo que não consigam é o esforço que será elogiado. Nós sabemos de muitos casos de jovens considerados inteligentes não passarem no vestibular, enquanto aqueles jovens “médios” obterem a vitória. Os inteligentes confiaram demais em sua capacidade e deixaram de se preparar adequadamente. Os outros sabiam que se não tivessem um excelente preparo não seriam aprovados e, justamente por isso, estudaram mais, resolveram mais exercícios, leram e se aprofundaram melhor em cada uma das disciplinas.</div>
<div style="background-color: white; color: #4f4f4f; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.8em; margin-bottom: 5px; outline: none; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #4f4f4f; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.8em; margin-bottom: 5px; outline: none; padding: 0px;">
No entanto, isso não é tudo. Além dos conteúdos escolares, nossos filhos precisam aprender valores, princípios e ética. Precisam respeitar as diferenças, lutar contra o preconceito, adquirir hábitos saudáveis e construir amizades sólidas. Não se consegue nada disso por meio de elogios frágeis, focados no ego de cada um. É preciso que sejam incentivados constantemente a agir assim. Isso se faz com elogios, feedbacks e incentivos ao comportamento esperado.</div>
<div style="background-color: white; color: #4f4f4f; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.8em; margin-bottom: 5px; outline: none; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #4f4f4f; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.8em; margin-bottom: 5px; outline: none; padding: 0px;">
Nossos filhos precisam ouvir frases como: “Que bom que você o ajudou, você tem um bom coração”, “Parabéns, meu filho, por ter dito a verdade apesar de estar com medo… você é ético”, “Filha, fiquei orgulhoso de você ter dado atenção àquela menina nova ao invés de tê-la excluído como algumas colegas fizeram… você é solidária”, “Isso mesmo, filho, deixar seu primo brincar com seu videogame foi muito legal, você é um bom amigo”. Elogios desse tipo estão fundamentados em ações reais e reforçam o comportamento da criança que tenderá a repeti-los. Isso não é “tática” paterna, é incentivo real.</div>
<div style="background-color: white; color: #4f4f4f; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.8em; margin-bottom: 5px; outline: none; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #4f4f4f; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.8em; margin-bottom: 5px; outline: none; padding: 0px;">
Por outro lado, elogiar superficialidades é uma tendência atual. “Que linda você é, amor”, “Acho você muito esperto, meu filho”, “Como você é charmoso”, “Que cabelo lindo”, “Seus olhos são tão bonitos”. Elogios como esses não estão baseados em fatos, nem em comportamentos, nem em atitudes. São apenas impressões e interpretações dos adultos. Em breve, crianças como essas estarão fazendo chantagens emocionais, birras, manhas e “charminhos”. Quando adultos, não terão desenvolvido resistência à frustração e a fragilidade emocional estará presente.</div>
<div style="background-color: white; color: #4f4f4f; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.8em; margin-bottom: 5px; outline: none; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #4f4f4f; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.8em; margin-bottom: 5px; outline: none; padding: 0px;">
Homens e mulheres de personalidade forte e saudável são como carvalhos que crescem nas encostas de montanhas. Os ventos não os derrubam, pois cresceram na presença deles. São frondosos, de copas grandes e o verde de suas folhas mostra vigor, pois se alimentaram da terra fértil.</div>
<div style="background-color: white; color: #4f4f4f; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.8em; margin-bottom: 5px; outline: none; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #4f4f4f; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.8em; margin-bottom: 5px; outline: none; padding: 0px;">
Que nossos filhos recebam o vento e a terra adubada por nossa postura firme e carinhosa.</div>
<div style="background-color: white; color: #4f4f4f; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.8em; margin-bottom: 5px; outline: none; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #4f4f4f; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.8em; margin-bottom: 5px; outline: none; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #4f4f4f; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.8em; margin-bottom: 5px; outline: none; padding: 0px;">
<img alt="elogio2" class="aligncenter size-full wp-image-13648" height="365" src="http://static-justrealmoms.gcampaner.com.br/wp-content/uploads/2013/04/elogio2.jpg" style="border: 1px solid rgba(0, 0, 0, 0.2); display: block; line-height: normal; margin-bottom: 15px; margin-left: auto; margin-right: auto !important; margin-top: 0px; outline: none; padding: 0px;" width="545" /></div>
<div style="background-color: white; color: #4f4f4f; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.8em; margin-bottom: 5px; outline: none; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #4f4f4f; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.8em; margin-bottom: 5px; outline: none; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #4f4f4f; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.8em; margin-bottom: 5px; outline: none; padding: 0px;">
MARCOS MEIER é mestre em Educação, psicólogo, escritor e palestrante.</div>
<div style="background-color: white; color: #4f4f4f; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.8em; margin-bottom: 5px; outline: none; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #4f4f4f; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.8em; margin-bottom: 5px; outline: none; padding: 0px;">
Fonte; http://www.justrealmoms.com.br/elogie-seu-filho-do-jeito-certo/</div>
Ensinando Artes Visuaishttp://www.blogger.com/profile/04511034799808787383noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-3992487317171157287.post-79193115455402914502014-01-12T10:53:00.001-03:002014-01-12T10:55:24.057-03:00Uma entrevista com Michel Foucault<em style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;">No ano em que se completam três décadas da morte do filósofo francês, o Prosa publica uma entrevista concedida por ele em 1975 durante visita ao Brasil. Nela, Foucault discute as origens de seu método, fala sobre mecanismos de controle na sociedade e critica o ideal de humanismo fundado em "poder normalizador"</em><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<img alt="" src="http://oglobo.globo.com/blogs/arquivos_upload/2014/01/110_1027-Foucault.jpg" height="438" style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; border: 0px; color: #333333; display: inline; float: left; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px 10px 0px 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" title="O filósofo francês Michel Foucault manteve uma relação próxima com o Brasil / Divulgação" width="311" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: x-small; line-height: 20px;">Poucos dias depois do assassinato de Vladimir Herzog por agentes do regime militar, em 25 de outubro de 1975, o jornalista e escritor Claudio Bojunga e o psicanalista e ensaísta Reinaldo Lobo entrevistaram o filósofo francês Michel Foucault (1926-1984), então em visita à Universidade de São Paulo. Publicada originalmente no “Jornal da Tarde”, vespertino de “O Estado de S. Paulo”, a conversa examinava as ideias do filósofo libertário das marginalidades sociais e das minorias culturais, raciais e sexuais. Ainda sob o impacto da violência cometida contra Herzog, os entrevistadores procuraram também esclarecer os conceitos de Foucault sobre os grandes aparelhos de poder e os micropoderes — a Justiça, a polícia, a confissão, a prisão, a psiquiatria, o asilo, a tortura.</span><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: x-small; line-height: 20px;">No ano em que se completam três décadas da morte de Foucault, o Prosa republica a entrevista. Nela, o filósofo expõe uma visão da cultura e da História que não pretendia explicar o presente pelo passado. Preferia investigar os discursos que condicionam as formas de ver e julgar, e analisar a maneira pela qual a cultura contemporânea determina as condições de possibilidade do novo. Construiu assim sua arqueologia da cultura ocidental.</span><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: x-small; line-height: 20px;">Foucault dizia que a tarefa do pensamento consistia em reconstituir os sistemas do subsolo da cultura sobre os quais flutuava a imagem da existência. Falava na “morte do homem", mas negava que ela produzisse um esvaziamento ético, assim como o anúncio de Nietzsche sobre a morte de Deus não propiciara um abismo de permissividade moral. Achava mesmo que essas mortes abriam espaços de liberdade. O pensamento devia pensar-se — para descobrir o que se encontrava na espessura inconsciente do que pensamos. </span><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<strong style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;">Por Claudio Bojunga e Reinaldo Lobo*</strong><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<strong style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;">Seus trabalhos gravitam em torno de universos fechados, circulares, concentracionários. Eles colocam o problema do hospital, da prisão. Por que essa seleção de temas?</strong><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: x-small; line-height: 20px;">Tenho a impressão de que, no século XIX, e ainda no século XX, o problema do poder político se colocava em termos do Estado. Afinal, foi no século XIX que se constituíram os grandes aparelhos de Estado. Eles ainda eram algo novo, visível, importante, pesando sobre as pessoas — e as pessoas o combatiam. Mais tarde, através de duas grandes experiências — a do fascismo e a do stalinismo — percebeu-se que sob os grandes aparelhos de Estado, e até certo ponto independente deles, em outro nível, existia toda uma mecânica do poder que se exercia de maneira constante, permanente, violenta e que permitia a manutenção, a estabilidade e a rigidez do corpo social, pelo menos tanto quanto os grandes aparelhos do Estado, como a Justiça e o Exército. Passei então a me interessar pela análise desses poderes implícitos, desses poderes invisíveis, desses poderes ligados a instituições de saber, de saúde etc. O que existe em termos de mecânica de poder na Educação, na Medicina, na Psiquiatria? E não acho que sou o único a me interessar por isso. Os grandes movimentos, em torno de 1968, foram dirigidos contra esse tipo de poder.</span><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<strong style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;">A prioridade atribuída pelos países do Terceiro Mundo a tarefas mais urgentes — luta pela independência nacional, contra o subdesenvolvimento — não tendem a sufocar as lutas contra os “pequenos poderes" (a escola, o asilo, a prisão) e contra outras formas difusas de dominação (do branco sobre o negro; dos homens sobre as mulheres)? Essas lutas podem ser simultâneas?</strong><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: x-small; line-height: 20px;">É um problema no qual nos debatemos. Será possível estabelecer uma hierarquia de importância entre esses diferentes tipos de luta? Uma cronologia? Caímos num círculo: privilegiar a luta no nível do “tecido” do corpo social às expensas das grandes lutas tradicionais pela independência nacional, contra a opressão, não seria manobra diversionista? Não colocar esses problemas não equivalerá a reconduzir no interior mesmo dos grupos mais avançados, os mesmos tipos de hierarquia, de autoridade, de dependência, de dominação? É o problema de nossa geração.</span><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<strong style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;">O jornalista Maurice Clavel, em sua confissão pessoal — “No que creio" — disse que Foucault o fez sair da esquerda, mas lamenta que Foucault continue na esquerda, não tenha dado o passo de ruptura...</strong><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: x-small; line-height: 20px;">Será que a pergunta está bem colocada? Não seria melhor perguntar: por que, de repente, a esquerda começou a se interessar por assuntos que me preocupavam há muito tempo? Quando comecei a me interessar pela loucura, pelo encarceramento, mais tarde pela medicina, pelas estruturas econômicas e políticas que subentendiam essas instituições, o que me espantou foi que os membros da esquerda tradicional não atribuíam a menor importância a essas questões. Nenhum relatório, estudo ou revista de esquerda falou sobre ou criticou meus pontos de vista por essa época. Essas questões não existiam para eles. Por uma série de razões: uma delas devido ao fato de que eu não apresentava os signos tradicionais de um pensamento de esquerda —não havia notas ao pé da página dizendo “como disse Karl Marx", “como disse Engels”, “como disse o genial Stalin”. E, na França, para se reconhecer um pensamento de esquerda, as pessoas olham logo as notas de rodapé. Mais grave era que a esquerda francesa não considerava esses problemas dignos de análise política. Para eles, a leitura dos textos de Marx ou a teoria da alienação é que eram trabalhos políticos. De forma alguma se colocavam problemas psiquiátricos. Foi apenas após 1968, no curso desse processo que não constituiu exatamente o triunfo do pensamento marxista, que esses problemas passaram a ocupar a reflexão política. Pessoas que não se interessavam pelo que eu fazia passaram de repente a me estudar. Eu me vi implicado com elas sem ter sido obrigado a deslocar meu centro de interesse. Os problemas que me preocupavam não eram pertinentes para uma política de esquerda antes de 1968. </span><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<strong style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;">Na sua arqueologia do saber ocidental, Marx ocupa um lugar modesto, comparado com David Ricardo. Segundo seu livro “As palavras e as coisas”, “no nível profundo do saber ocidental, o marxismo não operou nenhuma ruptura real”. Por que se atribui a Marx, até hoje, uma importância que o torna tão discutido, negado, questionado?</strong><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: x-small; line-height: 20px;">Acho que na geologia da Economia Política, em seus conceitos fundamentais, Marx não introduz uma ruptura essencial. Houve mesmo alguém que o disse antes de mim: Karl Marx. Ele mesmo afirmou que, em relação a Ricardo, seus conceitos eram derivados. Agora, é evidente que a prática revolucionária do marxismo, referindo-se à obra de Marx, através de uma série de transformações e mediações, atravessou a história do Ocidente do século XIX e marcou tudo o que aconteceu desde o final do século XIX.</span><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<strong style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;">A dama dialética reina ainda hoje. Está presente nos estudos históricos, econômicos, sociológicos, filosóficos, na crítica. Qual o papel do “materialismo dialético” na cultura ocidental?</strong><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: x-small; line-height: 20px;">Pergunta difícil. No sentido pleno e forte da expressão “materialismo dialético” — interpretação da História, uma filosofia, uma metodologia científica e política — ele não serve a grande coisa. Você já viu um cientista usar o materialismo dialético? Na sua tática, o Partido Comunista não aplica o materialismo dialético. Mas é claro que o materialismo dialético constitui uma importante referência. Qual é o seu estatuto? Por que, até certo ponto, somos obrigados a “passar por lá”, pelo menos no discurso, nos signos, no ritual do discurso? Isso é um problema. O materialismo dialético é um significante universal cujas utilizações políticas e polêmicas são importantes, é uma marca, mas não creio que seja um instrumento positivo. Na Polônia, onde morei um ano, havia cursos obrigatórios de materialismo dialético nas universidades, aos sábados, como são as aulas de catecismo nos colégios cristãos. Um dia perguntei: os estudantes em ciências também são, como os estudantes de Letras, obrigados a seguir esses cursos? E o professor (bastante próximo do Partido Comunista Polonês) respondeu: “não, os estudantes em ciências ririam...”</span><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<strong style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;">Numa de suas conferências aqui você procurou demonstrar que vivemos numa sociedade “confessionária”, rica de confissões. Existe a confissão cristã, a confissão comunista, a confissão do escritor, a confissão psicanalítica, a confissão judicial etc. Essas diferentes confissões têm a mesma estrutura?</strong><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: x-small; line-height: 20px;">Não. O que tentei mostrar, através de uma polêmica com uma interpretação apressada de Reich, é que não nos encontramos numa época pudibunda, moralista, numa era de censura — e que os efeitos do moralismo e da censura são laterais em relação a algo essencial: a confissão. De uma maneira geral, a confissão consiste no discurso do sujeito sobre ele mesmo, numa situação de poder na qual ele é dominado, constrangido, e que modifica por essa confissão. Essa definição formal da confissão pode englobar as várias situações de confissão mencionadas. Mas já tentei analisar em detalhe a diferença, por exemplo, que existe entre o que é confessado na confissão cristã propriamente dita e o que se confessa ao diretor de consciência a partir do século XVII. Duas formas cristãs, ligadas uma a outra possuindo características diferentes e objetivos diversos.</span><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<strong style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;">Para deixar bem claro, você pode falar mais de sua definição de confissão?</strong><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: x-small; line-height: 20px;">É estranho que, na maior parte dos sistemas jurídicos, o que se diz contra si próprio constitua uma prova (o Direito britânico, que proíbe o testemunho contra si próprio, é exceção). Mas, na grande maioria dos outros sistemas, a partir do momento em que alguém diz qualquer coisa que o prejudique, essa coisa só pode ser verdade. Isso constitui um postulado. É perfeitamente possível imaginar alguém que deseje admitir algo contra si, ou para eximir outrem, ou para se eximir de outra falta. Em segundo lugar, a tortura e outras técnicas afins de confissão permitem obter testemunhos contra si mesmo, que não possuem nenhum valor de verdade. Nosso sistema jurídico atribui tal valor de prova à confissão que fica difícil retificá-la ou negá-la posteriormente. Se é verdade que a extorsão “selvagem” da confissão é prática policial habitual que a Justiça em princípio ignora — fingindo fechar os olhos sobre ela — é também verdade que, atribuindo tal privilégio à confissão, o sistema judiciário é um pouco cúmplice dessa prática policial que consiste em arrancá-la a qualquer preço. É muito comum, na Europa Ocidental pelo menos, o fingimento que consiste em manter a maior diferença possível entre a Justiça e a polícia. Os corruptos vêm sempre da polícia; e o que há de nobre e digno vem obrigatoriamente da Justiça. Na verdade, a infelicidade do sistema é que entre a Justiça e a polícia existe um acordo tácito — e é a Justiça, sem o dizer, que frequentemente suscita essas práticas policiais.</span><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<strong style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;">O que é a tortura?</strong><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: x-small; line-height: 20px;">Eu diria, brincando, que existe uma utilização “nobre” e uma utilização “ignóbil” da tortura. Na prática judiciária da Idade Média, e até o século XVIII, a tortura era um verdadeiro ritual pelo qual se tentava obter a confissão do acusado, mas era um ritual codificado. A tortura não era “livre” nas mãos do carrasco. Ele devia obedecer algumas regras, respeitar alguns limites que não deveria ultrapassar. Os séculos XIX e XX inventaram a tortura “selvagem”. A tortura que, empregando quaisquer métodos e durante o tempo que julga necessário, deve arrancar a confissão. É uma tortura policial, extrajudicial, extremamente diferente da célebre tortura utilizada pela Inquisição.</span><br />
<img alt="" src="http://oglobo.globo.com/blogs/arquivos_upload/2014/01/110_1026-FoucaultAmigos.jpg" style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; border: 0px; color: #333333; display: inline; float: left; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px 10px 0px 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" title="Em ato em Paris, em 1972, Foucault sorri para Claude Mariac e é observado por Sartre (direita) / Divulgação" /><br />
<strong style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;">Acha que nos países que conheceram o trabalho escravo no século XIX o acusador desenvolveu uma relação diferente e particularmente cruel com o corpo do acusado? Talvez pelo fato de que o torturado, nesse caso, era alguém que equivalia a um zero como pessoa?</strong><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: x-small; line-height: 20px;">Certamente. Na Antiguidade clássica, na Grécia e no Império Romano, não se tinha o hábito de torturar um cidadão livre. Em compensação, a tortura do escravo era prática legítima e habitual. Como se o escravo fosse capaz de “dizer a verdade” e as pessoas fossem obrigadas a extrair essa verdade pela violência. Acho que esse direito que a Antiguidade Clássica se atribuiu, de torturar o escravo, deve ter reaparecido nas práticas escravistas reinstauradas no século XVI.</span><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<strong style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;">Essa prática não era acompanhada de um certo paternalismo, na medida em que ele não dizia a verdade porque era “incapaz” disso?</strong><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: x-small; line-height: 20px;">Não, acredito que o importante é a propriedade do corpo. Se o corpo do escravo pertence ao seu senhor e não a si próprio, a tortura, como a morte do escravo (se bem que ela não era legítima), são possíveis. A relação de propriedade nesse caso é mais importante do que a de paternidade. É o direito de usar e abusar — jus utendi et abutendi.</span><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<strong style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;">Essa sua análise em geral, da confissão e das relações de poder, é aplicada também ao conjunto de poderes nos países comunistas — a URSS e a China, por exemplo?</strong><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: x-small; line-height: 20px;">Eu gostaria de deixar a China de lado, pouca gente a conhece muito bem. Posto isso, é claro que sim. E é por isso que meu trabalho pode ser considerado “perigoso”. Mas eu acho que é preciso enfrentar esse perigo, aceitar esse risco. Esses mecanismos de poder, pelo menos seus principais elementos, existem por toda parte. A confissão nos grandes processos não pode ser considerada como sendo totalmente estranha a nossos procedimentos judiciários, à importância política e moral atribuída à confissão. E de uma maneira mais precisa ainda: o poder psiquiátrico em seus efeitos políticos, no seu servilismo político em relação ao poder soviético é, eu diria, aparentado ao poder psiquiátrico tal como ele foi exercido na Europa Ocidental durante o século XIX. Consideremos, por exemplo, o que aconteceu após a Comuna de Paris, em 1870. De uma maneira extremamente explícita, alguns opositores políticos foram enviados ao asilo como “loucos”.</span><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<strong style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;">O que mais impressiona no livro “A confissão”, de Arthur London, pelo menos como algo específico ou característico dos métodos empregados na Europa Oriental, é menos a utilização da tortura (encontrada no mundo inteiro) do que o ostensivo da farsa judiciária. Um aparato incrível e, ao mesmo tempo, se o acusado resolve “esquecer” sua confissão decorada, há um botão que desliga a transmissão pelo radio etc...</strong><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: x-small; line-height: 20px;">A trucagem judiciária... No Direito inglês e no Direito napoleônico foi concedido um papel excessivo, e excessivamente sério, ao ritual judicial para que ele possa atualmente ser transformado em guignol, como acontece nos países socialistas da Europa Oriental. Nossa maneira de trapacear um processo é diferente: trapacear para forçar o inculpado ao suicídio. Mas nunca se chega a essa “trucagem” totalmente teatral à qual os soviéticos se dedicaram. Por quê? Será porque atribuem mais seriedade ao ritual judiciário do que nós — fazendo questão de levá-lo até o fim sob o olhar dos jornalistas, dos observadores estrangeiros? Ou porque, ao contrário, não lhe atribuem nenhuma importância e por isso mesmo se permitem tudo? É mesmo possível que as duas coisas sejam verdadeiras. Que eles não lhe atribuam nenhuma importância e ao mesmo tempo tentem reinscrever em seu exercício do poder a simbologia e o ritual burguês. Os grandes processos devem ser vistos como relacionados à arquitetura stalinista ou ao realismo socialista. O realismo socialista não é exatamente igual à pintura ocidental como um todo, mas lembra incrivelmente a pintura acadêmica e pomposa de 1850. Foi um complexo de nascimento do marxismo: ele sempre sonhou ter uma arte, modos de expressão e um cerimonial social extremamente parecido com os da burguesia triunfante de 1850. Trata-se do neoclassicismo stalinista.</span><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<strong style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;">Em sua opinião, o psicanalista surge como um tecnocrata do saber. O instrumento de um poder repressivo que faz sua vítima falar de sua sexualidade. Tal monstro deve ser abatido, ou será possível imaginar outro tipo de clínico?</strong><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: x-small; line-height: 20px;">É preciso (sorrisos) não forçar o que eu disse. Não, na verdade ainda não estudei de perto o funcionamento da psicanálise. O que digo é que seria perigoso supor que Freud, e a psicanálise, falando da sexualidade, extraindo a sexualidade do sujeito através de suas técnicas, realiza de pleno direito uma obra de liberação. A metáfora da liberação não me parece adequada para definir a prática psicanalítica. E a razão porque tentei fazer uma arqueologia da confissão e da confissão sexual é mostrar como as técnicas essenciais da psicanálise preexistem (a questão da originalidade não é importante) no interior de um sistema de poder. É falso dizer que o Ocidente foi uma civilização que reprimiu a expressão da sexualidade, que a proibiu e a censurou. Ao contrário: desde a Idade Média, houve constante solicitação para obter a confissão da sexualidade. Houve pressão para que ela se manifestasse em forma de “discurso” — confissão, direção de consciência, pedagogia, a psiquiatria do século XIX — técnicas que precedem a psicanálise e que fazem com que ela deva se situar em relação a elas. Não em situação de ruptura, mas de continuidade.</span><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<strong style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;">Mas a relação paciente-analista não é sempre, segundo você, uma relação desigual, pela assimetria de poder?</strong><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: x-small; line-height: 20px;">Sim. O exercício de poder que se desenrola no interior da sessão psicanalítica devia ser estudado — e nunca foi. E o psicanalista — ao menos na França — se recusa a isso. Considerando que o que se passa entre o divã e a poltrona, entre o que está deitado e o que está sentado, entre o que fala e o que tira uma soneca, é um problema de desejo, do significado, da censura, do superego, problemas de poder no interior do sujeito, mas nunca questão de poder entre um e o outro.</span><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<strong style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;">Lacan acha que o poder do analista se manifesta quando ele se torna não o tradutor modesto das mensagens do paciente, mas o porta-voz de uma verdade dogmática. O que o separa dessa posição?</strong><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: x-small; line-height: 20px;">Não posso responder ao nível que se coloca a pergunta, e pelo qual Lacan me fala pela boca de quem me faz essa pergunta — não sou analista. Mas o que me chama a atenção é que, quando os psicanalistas falam sobre a prática analítica existe uma série de elementos que nunca estão presentes — o preço da sessão, o custo econômico global do tratamento, as decisões quanto à cura, a fronteira entre o aceitável e o inaceitável, o que deve ser curado e o que não precisa ser curado, a repetição do modelo familiar como norma, a utilização do princípio freudiano: doente é aquele que não consegue amar nem trabalhar. Tudo isso está presente na prática analítica e tem efeito sobre ela. Trata-se de um mecanismo de poder que ela veicula, sem colocá-lo em questão. Um exemplo simples: a homossexualidade. Os psicanalistas apenas abordam a homossexualidade pelo viés. Trata-se de uma anomalia? De uma neurose? Como a psicanálise manipula essa situação? Na verdade ela endossa certas fronteiras que fazem parte de um poder sexual, constituído “fora” dela, mas cujos traços principais ela valida.</span><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<strong style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;">Os psicanalistas costumam criticar os filósofos que falam da psicanálise sem tê-la experimentado. Você foi analisado?</strong><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: x-small; line-height: 20px;">A pergunta é divertida (sorrisos) porque atualmente os psicanalistas me acusam de “não” falar sobre a psicanálise. Na verdade estou fazendo uma série de estudos que convergem sobre algo que se passou no final do século XIX, e no século XX — a história da loucura, do saber da sexualidade — uma genealogia que para em Freud. E eles dizem que é uma hipocrisia não mencionar Freud. E agora você diz que eles me contestariam o direito de falar sobre a prática psicanalítica. Na verdade eu gostaria de falar e, num certo sentido, eu falo sobre a psicanálise, mas faço questão de falar “de fora”. Não acho que devemos cair na armadilha, aliás, antiga, armada pelo próprio Freud, que consiste em dizer que, no momento em que nosso discurso penetra no campo psicanalítico, ele cairá sob o domínio da interpretação analítica. Quero me manter em situação exterior à instituição psicanalítica — recolocá-la na sua história, no interior dos sistemas de poder que a subentendem. Nunca entrarei no discurso psicanalítico para dizer: o conceito do desejo em Freud não está bem elaborado ou que o corpo dividido de Melanie Klein é uma bobagem — não direi isso nunca. Mas eu digo que jamais direi (risos).</span><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<strong style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;">Qual foi a contribuição de Deleuze?</strong><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: x-small; line-height: 20px;">Deleuze demonstrou, com muita força, uma crítica que ele, como teórico do desejo, fez “de dentro”. E que eu, como historiador do poder, apenas sou capaz de fazer “de fora”.</span><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<strong style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;">Você disse que seu pensamento é essencialmente crítico. O que significa um trabalho crítico?</strong><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: x-small; line-height: 20px;">(Pausa)... Uma tentativa de desvendar o mais profunda e generalizadamente possível todos os efeitos do dogmatismo ligados ao saber, e todos os efeitos do saber ligados ao dogmatismo.</span><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<strong style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;">Existe uma frase de Deleuze sobre você: Foucault foi “o primeiro a nos ensinar algo de fundamental, em seus livros e através de algumas práticas — a indignidade de falar pelos outros”. Gostaria de perguntar se o discurso que utiliza a categoria do exotismo não é uma forma de exercer um poder difuso. Uma maneira de falar pelos outros?</strong><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: x-small; line-height: 20px;">Desde a época da colonização existe um discurso imperialista que falou com grande meticulosidade dos outros e os transformou em exóticos, pessoas incapazes de discorrer sobre eles mesmos. Para os europeus — talvez mais ainda para os franceses — a Revolução é um processo universal. E os revolucionários franceses do final do século XVIII pensavam em fazer a revolução no mundo inteiro, e até hoje não se livraram desse mito. O internacionalismo proletário relançou esse projeto em outro registro. Ora, na segunda metade do século XX só houve processo revolucionário no quadro do nacionalismo. Daí o mal-estar em certos teóricos e militantes da Revolução Universal. Eles são obrigados a adotar o imperialismo do discurso universal. Ou então adotar um certo exotismo.</span><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<strong style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;">O que significa a frase de Reich: “não, as massas não foram enganadas, em tal momento elas desejaram o fascismo!” Como se pode desejar um poder repressivo?</strong><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: x-small; line-height: 20px;">É um problema importante. E inquietante se colocarmos o poder em termos de repressão. Se ele se limita a censurar, impedir etc. Como então será possível amá-lo? Mas o que faz o poder forte é que seu funcionamento principal não é de ordem negativa: o poder tem efeitos positivos — ele produz o saber, induz ao prazer etc. O poder é “amável”. Se ele fosse só repressivo precisaríamos admitir ou o masoquismo do sujeito (o que é afinal o mesmo) ou a interiorização do interdito. E aí ele adere ao poder.</span><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<strong style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;">E a relação mestre-escravo? A recusa da libertação por parte de um escravo não pode ser explicada da mesma maneira?</strong><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: x-small; line-height: 20px;">A dialética mestre-escravo, segundo Hegel, é o mecanismo pelo qual o poder do mestre se esvazia pelo fato mesmo de seu exercício. A certa altura ele se encontra na dependência do escravo, não tendo mais poder porque cessou de exercê-lo. Quero mostrar o oposto: que o poder se reforça por seu próprio exercício — não passa sub-repticiamente para o outro lado. Desde 1831, a Europa não parou de pensar que a derrubada do capitalismo era iminente. Isso muito antes de Marx. E ele está aí. Não digo que ele nunca será desenraizado. Mas que o custo de sua derrubada não é o que imaginamos. </span><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<strong style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;">O que é o homem? Isso existe?</strong><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: x-small; line-height: 20px;"></span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: x-small; line-height: 20px;">Claro que existe. O que é preciso destruir é o conjunto de qualificações, especificações e sedimentações pelas quais algumas essências humanas foram definidas desde o século XVIII. Meu erro não foi dizer que o homem não existe. Foi imaginar que seria tão fácil demoli-lo.</span><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<strong style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;">Tomar partido pelas minorias não é humanismo? O termo humanismo deve ser conservado?</strong><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: x-small; line-height: 20px;">Se essas lutas são feitas em nome de alguma essência do homem, tal como ela foi constituída no pensamento do século XVIII, eu diria que essas lutas estão perdidas. Porque elas serão conduzidas em nome do homem abstrato, do homem normal, do homem de boa saúde, que é o precipitado de uma série de poderes. Agora, se quisermos fazer a crítica desses poderes, não se deve efetuá-la em nome de uma ideia do homem construída a partir desses poderes. Quando o marxismo vulgar fala do homem completo, do homem reconciliado com ele mesmo, de que se trata? Do homem normal, do homem equilibrado. Quando se formou a imagem desse homem? A partir de um saber e de um poder psiquiátrico, médico, um poder “normalizador”. Fazer crítica política em nome desse humanismo significa reintroduzir na arma do combate aquilo contra o qual combatemos.</span><br />
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;" />
<strong style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;">*Claudio Bojunga é jornalista, escritor e professor da PUC-Rio. Reinaldo Lobo é psicanalista e ensaísta.</strong><br />
<strong style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;"><br /></strong>
<strong style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana; font-size: small; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;">Fonte: </strong><a href="http://oglobo.globo.com/blogs/prosa/posts/2014/01/11/uma-entrevista-com-michel-foucault-520469.asp">http://oglobo.globo.com/blogs/prosa/posts/2014/01/11/uma-entrevista-com-michel-foucault-520469.asp</a><br />
<br />
(Erinaldo Alves)Ensinando Artes Visuaishttp://www.blogger.com/profile/04511034799808787383noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3992487317171157287.post-17991786114307246032013-12-11T17:47:00.000-03:002013-12-11T17:47:13.566-03:00A Racionalidade Irracional<span class="titulo" style="background-color: #fff6e5; border: 0px; color: #0b2d7c; float: left; font-family: georgia; font-size: 18px; font-style: italic; height: auto; line-height: 22px; margin: 0px 0px 5px; outline: 0px; padding: 0px; position: relative; width: 400px;">A Racionalidade Irracional por José Saramago</span><span class="conteudo" style="background-color: #fff6e5; border: 0px; color: #aaaaaa; float: left; font-family: georgia; font-size: 14px; font-style: italic; height: auto; margin: 15px 0px; outline: 0px; padding: 0px; position: relative; width: 400px;"><span style="border: 0px; color: #464545; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;">Eu digo muitas vezes que o instinto serve melhor os animais do que a razão a nossa espécie. E o instinto serve melhor os animais porque é conservador, defende a vida. Se um animal come outro, come-o porque tem de comer, porque tem de viver; mas quando assistimos a cenas de lutas terríveis entre animais, o leão que persegue a gazela e que a morde e que a mata e que a devora, parece que o nosso coração sensível dirá «que coisa tão cruel». Não: quem se comporta com crueldade é o homem, não é o animal, aquilo não é crueldade; o animal não tortura, é o homem que tortura. Então o que eu critico é o comportamento do ser humano, um ser dotado de razão, razão disciplinadora, organizadora, mantenedora da vida, que deveria sê-lo e que não o é; o que eu critico é a facilidade com que o ser humano se corrompe, com que se torna maligno.<br /> </span></span><br />
<div style="border: 0px; font-family: georgia; outline: 0px; padding: 0px;">
</div>
<span class="conteudo" style="background-color: #fff6e5; border: 0px; color: #aaaaaa; float: left; font-family: georgia; font-size: 14px; font-style: italic; height: auto; margin: 15px 0px; outline: 0px; padding: 0px; position: relative; width: 400px;"><span style="border: 0px; color: #464545; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;">Aquela ideia que temos da esperança nas crianças, nos meninos e nas meninas pequenas, a ideia de que são seres aparentemente maravilhosos, de olhares puros, relativamente a essa ideia eu digo: pois sim, é tudo muito bonito, são de facto muito simpáticos, são adoráveis, mas deixemos que cresçam para sabermos quem realmente são. E quando crescem, sabemos que infelizmente muitas dessas inocentes crianças vão modificar-se. E por culpa de quê? É a sociedade a única responsável? Há questões de ordem hereditária? O que é que se passa dentro da cabeça das pessoas para serem uma coisa e passarem a ser outra? <br style="border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;" />Uma sociedade que instituiu, como valores a perseguir, esses que nós sabemos, o lucro, o êxito, o triunfo sobre o outro e todas estas coisas, essa sociedade coloca as pessoas numa situação em que acabam por pensar (se é que o dizem e não se limitam a agir) que todos os meios são bons para se alcançar aquilo que se quer. <br style="border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;" />Falámos muito ao longo destes últimos anos (e felizmente continuamos a falar) dos direitos humanos; simplesmente deixámos de falar de uma coisa muito simples, que são os deveres humanos, que são sempre deveres em relação aos outros, sobretudo. E é essa indiferença em relação ao outro, essa espécie de desprezo do outro, que eu me pergunto se tem algum sentido numa situação ou no quadro de existência de uma espécie que se diz racional. Isso, de facto, não posso entender, é uma das minhas grandes angústias. <br style="border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;" /><br style="border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;" /><i style="border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;">José Saramago, in 'Diálogos com José Saramago' </i></span></span><span class="tema" style="background-color: #fff6e5; border: 0px; color: #aaaaaa; float: left; font-family: georgia; font-size: 14px; font-style: italic; height: 16px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 15px; position: relative; width: 400px;">Tema(s): <a href="http://www.citador.pt/textos/t/homem" style="border: 0px; color: #ffa700; margin: 0px 0px 0px 3px; outline: 0px; padding: 0px;">Homem</a> <a href="http://www.citador.pt/textos/t/razao" style="border: 0px; color: #ffa700; margin: 0px 0px 0px 3px; outline: 0px; padding: 0px;">Razão</a> <a href="http://www.citador.pt/textos/t/sociedade" style="border: 0px; color: #ffa700; margin: 0px 0px 0px 3px; outline: 0px; padding: 0px;">Sociedade</a> </span><span class="tema" style="background-color: #fff6e5; border: 0px; color: #aaaaaa; float: left; font-family: georgia; font-size: 14px; font-style: italic; height: 16px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 15px; position: relative; width: 400px;">Ler outros pensamentos de <a href="http://www.citador.pt/textos/a/jose-de-sousa-saramago" style="border: 0px; color: #ffa700; margin: 0px 0px 0px 3px; outline: 0px; padding: 0px;">José de Sousa Saramago</a> </span><span class="tema" style="background-color: #fff6e5; border: 0px; color: #aaaaaa; float: left; font-family: georgia; font-size: 14px; font-style: italic; height: 16px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 15px; position: relative; width: 400px;"><br /></span><span class="tema" style="background-color: #fff6e5; border: 0px; color: #aaaaaa; float: left; font-family: georgia; font-size: 14px; font-style: italic; height: 16px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 15px; position: relative; width: 400px;"><a href="http://www.citador.pt/textos/a-racionalidade-irracional-jose-de-sousa-saramago">http://www.citador.pt/textos/a-racionalidade-irracional-jose-de-sousa-saramago</a></span>Ensinando Artes Visuaishttp://www.blogger.com/profile/04511034799808787383noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3992487317171157287.post-23257858034314536532013-12-11T17:42:00.002-03:002013-12-11T17:43:55.096-03:00Guaranis desmentem livros e revelam nova história<h3 style="background-color: white; color: #454545; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; margin: 5px 0px; padding-top: 20px;">
<div class="newsitem_tools" style="clear: both; color: #555555; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 12px; font-weight: normal; line-height: 20px; margin: 0px !important; padding: 3px 0px 0px; width: 577.90625px;">
<div class="newsitem_info" style="float: left; width: 404.53125px;">
<span class="newsitem_category" style="float: left; font-size: 10px; padding: 0px 3px;"> <a href="http://www.anovademocracia.com.br/no-40" style="-webkit-transition: color 0.2s ease-in-out; color: #ff0808; cursor: pointer; outline: 0px; padding: 0px 3px 0px 0px; text-decoration: none; transition: color 0.2s ease-in-out;">Ano VI, nº 40, fevereiro de 2008</a></span><br />
<div class="clr" style="border: 0px; clear: both; float: none; height: 1px; line-height: 0; margin: 0px; padding: 0px;">
</div>
<div class="clr" style="border: 0px; clear: both; float: none; height: 1px; line-height: 0; margin: 0px; padding: 0px;">
</div>
<span class="createby" style="float: left; font-weight: bold; line-height: normal; padding: 0px 3px;"><span class="icon-pencil" style="background-image: none; font-size: inherit; padding-left: 3px;"></span>Rosana Bond</span></div>
<div class="btn-group pull-right actiongroup" style="display: inline-block; float: right; font-size: 0px; position: relative; vertical-align: middle; white-space: nowrap;">
<a class="btn btn-mini dropdown-toggle" data-toggle="dropdown" href="http://www.anovademocracia.com.br/no-40/1515-guaranis-desmentem-livros-e-revelam-nova-historia#" style="-webkit-box-shadow: rgba(255, 255, 255, 0.2) 0px 1px 0px inset, rgba(0, 0, 0, 0.0470588) 0px 1px 2px; -webkit-transition: color 0.2s ease-in-out; background-color: whitesmoke; background-image: linear-gradient(rgb(255, 255, 255), rgb(230, 230, 230)); background-repeat: repeat no-repeat; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-color: rgb(187, 187, 187) rgb(187, 187, 187) rgb(162, 162, 162); border-style: solid; border-top-left-radius: 0px; border-top-right-radius: 0px; border-width: 1px; box-shadow: rgba(255, 255, 255, 0.2) 0px 1px 0px inset, rgba(0, 0, 0, 0.0470588) 0px 1px 2px; color: #333333; cursor: pointer; display: block !important; font-size: 14px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding: 4px 12px; position: relative; text-align: center; text-decoration: none; text-shadow: rgba(255, 255, 255, 0.74902) 0px 1px 1px; transition: color 0.2s ease-in-out; vertical-align: middle;"><span class="icon-tasks" style="background-image: none; display: inline-block; font-size: inherit; line-height: 0.9em; margin-top: -1px; text-decoration: inherit;"></span></a></div>
<div class="yjsg-clear-all" style="clear: both; overflow: hidden;">
</div>
</div>
<div class="clr" style="border: 0px; clear: both; color: #555555; float: none; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 12px; font-weight: normal; height: 1px; line-height: 0; margin: 0px; padding: 0px;">
</div>
<div class="newsitem_text" style="color: #555555; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 12px; font-weight: normal; line-height: 20px; padding: 0px 3px;">
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</div>
</div>
</h3>
<h3 style="background-color: white; color: #454545; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; margin: 5px 0px; padding-top: 20px;">
Os guaranis, que por muito tempo observaram o passado de seu povo ser escrito e deturpado pela ideologia das classes dominantes, decidiram dar um basta e tomar nas mãos a tarefa de desmentir os livros e contar sua própria História.</h3>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 20px; text-align: center;">
<img alt="http://anovademocracia.com.br/40/22b.jpg" id="img8302" src="http://www.anovademocracia.com.br/40/x22b.jpg.pagespeed.ic.MDJ0msoiHp.jpg" style="border-bottom-left-radius: 5px; border-bottom-right-radius: 5px; border-top-left-radius: 5px; border-top-right-radius: 5px; border: 0px; height: auto; max-width: 100%; padding: 0px; vertical-align: middle;" /></div>
<span style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 20px;">— Chegou a hora de a sociedade não-indígena do Brasil conhecer a verdade, ninguém pode continuar pensando que perdemos a memória — afirma Werá Tupã (Leonardo), da aldeia do Morro dos Cavalos, SC, tido como um dos mais destacados intelectuais indígenas do sul do país.</span><br />
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, 'Lucida Grande', Tahoma, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 1.5; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em; padding-bottom: 5px; padding-top: 5px;">
Ele faz parte de um grupo de guaranis que vem pesquisando fatos históricos e episódios lendários com o objetivo de reapresentá-los ao povo brasileiro de um modo diferente daquele com que foi narrado pelo pensamento reacionário. Um dos temas, cujo estudo demorou anos e ainda não está totalmente concluído, é a verdadeira história de Sepé Tiarajú.</div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, 'Lucida Grande', Tahoma, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 1.5; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em; padding-bottom: 5px; padding-top: 5px;">
Sepé foi um dos maiores guerreiros indígenas do sul do país, líder da resistência dos Sete Povos das Missões (RS) contra tropas espanholas e portuguesas, na chamada Guerra Guaranítica, de 1753 a 1756. Essa guerra foi abordada (de maneira fantasiosa e truncada) no filme A Missão, com Robert de Niro e Jeremy Irons, em 1986. Tal rebelião foi consequência do Tratado de Madri, pelo qual Portugal e Espanha trocaram entre si os Sete Povos das Missões, sob domínio espanhol, pela Colônia do Sacramento, sob domínio lusitano. O acordo obrigava os 30 mil guaranis e os jesuítas das sete reduções a abandonarem o Rio Grande do Sul e passarem ao território castelhano, no outro lado do rio Uruguai.</div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, 'Lucida Grande', Tahoma, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 1.5; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em; padding-bottom: 5px; padding-top: 5px;">
A Companhia de Jesus, chefia jesuíta na Europa, ordenou a mudança, mas os guaranis não aceitaram. Sepé liderou a resistência e em carta à Coroa de Espanha deu o famoso aviso: "Esta terra tem dono!".</div>
<h4 style="background-color: white; color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.7em; margin: 5px 0px; text-transform: uppercase;">
ARMAS DE CANA BRAVA</h4>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, 'Lucida Grande', Tahoma, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 1.5; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em; padding-bottom: 5px; padding-top: 5px;">
Sepé articulou uma espécie de Confederação Guaranítica, criando inovadoras táticas militares para a época, nas quais priorizava a guerrilha e evitava grandes batalhas. Chegou a idealizar e construir quatro peças de artilharia, confeccionadas com cana brava. Foi assassinado numa emboscada, por soldados espanhóis e portugueses, nos campos de Caiboaté, às margens da Sanga da Bica, em 7 de fevereiro de 1756.</div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, 'Lucida Grande', Tahoma, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 1.5; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em; padding-bottom: 5px; padding-top: 5px;">
O bravo e exemplar Sepé Tiarajú transformou-se num símbolo para os gaúchos. Há um rio e um município com seu nome e, em Santo Ângelo, uma estátua no centro da cidade. Os guaranis não vêem problema nisso, mas há uma questão de fundo que parece lhes desgostar e incomodar há muito tempo. Que é a "desindianização" de Sepé.<br />
A História escrita pela cartilha das classes exploradoras e da igreja católica apossou-se da figura heróica, metamorfoseando-a quase num branco que era índio por acaso.</div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, 'Lucida Grande', Tahoma, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 1.5; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em; padding-bottom: 5px; padding-top: 5px;">
Os livros falam que ele "abraçou a doutrina cristã" e foi "o mais ardoroso defensor da obra dos jesuítas"; que "seus mestres foram os padres"; que ele lutou "sugestionado pelos religiosos"; que "era índio missioneiro, provavelmente já cristão de terceira geração"; que alguns padres foram "os principais estrategistas da resistência"; que, órfão de pai e mãe, "foi criado pelos jesuítas"; Werá Tupã discorda de tudo isso. Os livros erram até numa informação básica, sobre sua origem. Numa revelação inédita e surpreendente, Werá diz que Sepé não era guarani. E sim pertencia a "um outro povo indígena que não conseguimos identificar. Ele foi adotado pelos guaranis e criado como um dos nossos".</div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Verdana, 'Lucida Grande', Tahoma, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 1.5; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em; padding-bottom: 5px; padding-top: 5px;">
A pesquisa a respeito de Sepé baseou-se na história oral, preservada na memória de índios centenários que viveram no Rio Grande do Sul, entre eles a velha xamã Tatãty Yva Rete (Maria Candelária Garay), apontada por antropólogos da Universidade Federal de Santa Catarina (UF SC) e PUC de São Paulo como uma das lideranças femininas mais importantes e respeitadas da tribo. Nascida aproximadamente em 1874, Tatãty foi avó adotiva de Werá Tupã.</div>
<div class="box-red" style="background-color: #fff9f9; border-bottom-left-radius: 10px; border-bottom-right-radius: 10px; border-top-left-radius: 10px; border-top-right-radius: 10px; border: 2px solid rgb(204, 0, 0); color: #555555; font-family: Verdana, 'Lucida Grande', Tahoma, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 1.5; margin-top: 20px; padding: 10px;">
<span class="contentheading" style="font-family: arial; font-size: 22px; font-weight: bold; line-height: normal;">A verdadeira história de Sepé Tiarajú</span><br />
<br />
<span class="message" style="background-image: none; background-position: 0% 50%; background-repeat: no-repeat no-repeat; color: #cc0000; font-weight: bold; padding: 5px 5px 5px 0px !important; text-indent: 25px;">[ele] não era um cristão mesmo, como dizem, porque na verdade ele respeitava mais a religião do avô, a religião do nosso povo. Karaí Djekupé foi e continua sendo um grande herói dos guaranis</span><br />
<br />
O AND foi escolhido pelos guaranis para ser o primeiro órgão de comunicação dos djuruá (não-índios) a tomar conhecimento do conteúdo do estudo, que poderá se transformar em breve num livro. Eis um resumo, contado por Werá Tupã:<br />
<br />
"Ao contrário do que se diz, Sepé não era guarani. Ele nasceu em outro povo indígena, que não conseguimos identificar. Quando ele tinha dois anos de idade, sua aldeia, que ficava no Rio Grande do Sul, foi atacada por portugueses ou espanhóis. Os guaranis correram para ajudar, mas o lugar já tinha sido invadido e quase todos tinham sido massacrados.<br />
<br />
Os guaranis salvaram o menino e o levaram para uma aldeia nossa, perto da missão de São Miguel. Um casal adotou ele. O avô da família era um pajé muito poderoso e o menino adorava ele. Uma coisa que quase ninguém sabe é que o nome certo dele não era Sepé Tiarajú. Esse era o jeito que os padres das missões entenderam e escreveram.<br />
<br />
Seu nome era Djekupé A Djú, que significava "Guardião de Cabelo Amarelo". "Guardião" porque era um guerreiro e "cabelo amarelo" porque não tinha o cabelo bem preto como os guaranis, era meio castanho. Mas era índio mesmo, não mestiço.<br />
<br />
Quando o menino começou a crescer, pensaram que ia ser um pajé, um religioso, e ele começou a ser preparado para isso. Mas seu outro lado, de guerreiro, foi mais forte e aí mudou o seu destino. Recebeu nome de guerreiro, Djekupé A Djú. E também era chamado pelos guaranis de Karaí Djekupé, "Senhor Guardião".<br />
<br />
O destino de guerreiro foi porque ele era revoltado com os brancos e tinha gratidão pelos guaranis. Queria lutar pelos guaranis. É que, na aldeia, nunca esconderam dele a sua história, tudo que tinha acontecido no ataque.<br />
<br />
Os jesuítas não criaram ele, mas ia sempre nas missões porque os padres davam apoio na defesa e ele ficava uns tempos lá. Foi assim que aprendeu a língua espanhola.<br />
<br />
Os padres não treinaram ele, foi preparado sim pelo grande exército guarani, os "kereymba" [pronuncia-se "krimbá"]. Era um ótimo guerreiro.<br />
<br />
Além do mais, tinha facilidade para conversar com os homens brancos, uma coisa que os outros guerreiros não tinham aptidão para fazer. Djekupé A Djú lutava, fazia de tudo para que as aldeias guaranis não fossem perturbadas. Principalmente porque ele pensava no seu avô, não queria que nada atrapalhasse a preparação espiritual do seu avô [Werá não entrou em detalhes, mas é possível supor que, de acordo com a tradição, o velho pajé se preparava espiritualmente para "viajar" à Terra Sem Mal, a Yvy Mara Ey, uma espécie de paraíso, que segundo o mito pode ser alcançado em vida ou após a morte].<br />
<br />
Por aí se vê que Djekupé A Djú podia se relacionar com os jesuítas, mas não era um cristão mesmo, como dizem, porque na verdade ele respeitava mais a religião do avô, a religião do nosso povo. Karaí Djekupé foi e continua sendo um grande herói dos guaranis e esta é a sua verdadeira história".<br />
<br />
Estudos históricos e antropológicos vêm indicando, cada vez mais, que a falada conversão dos guaranis ao cristianismo, nas reduções jesuíticas, foi talvez mais aparente que real. Esses indígenas não se recusavam ao batismo e às missas, muitas vezes por apreciarem a estética dos rituais e para não desgostarem os padres.<br />
<br />
Um sinal disso pode ser a não permanência da religião. O número de guaranis católicos, hoje, é ínfimo. Tem havido "ataques" de seitas protestantes às aldeias e muitos frequentam os cultos. Mas ainda não se pode avaliar a verdadeira dimensão do prejuízo cultural, pois os guaranis parecem possuir uma auto-defesa eficiente, baseada no ato de "desviar-se", com extrema diplomacia, que ilude inteligentemente os desavisados.</div>
<div class="box-red" style="background-color: #fff9f9; border-bottom-left-radius: 10px; border-bottom-right-radius: 10px; border-top-left-radius: 10px; border-top-right-radius: 10px; border: 2px solid rgb(204, 0, 0); color: #555555; font-family: Verdana, 'Lucida Grande', Tahoma, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 1.5; margin-top: 20px; padding: 10px;">
<a href="http://www.anovademocracia.com.br/no-40/1515-guaranis-desmentem-livros-e-revelam-nova-historia?fb_action_ids=10201665519972315&fb_action_types=og.likes&fb_source=other_multiline&action_object_map=%5B277996198969964%5D&action_type_map=%5B%22og.likes%22%5D&action_ref_map=%5B%5D">http://www.anovademocracia.com.br/no-40/1515-guaranis-desmentem-livros-e-revelam-nova-historia?fb_action_ids=10201665519972315&fb_action_types=og.likes&fb_source=other_multiline&action_object_map=%5B277996198969964%5D&action_type_map=%5B%22og.likes%22%5D&action_ref_map=%5B%5D</a></div>
Ensinando Artes Visuaishttp://www.blogger.com/profile/04511034799808787383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3992487317171157287.post-22491261658016949862013-10-23T12:46:00.000-03:002013-10-23T12:46:03.431-03:00Ensinar com as redes sociais<div style="background-color: white; color: #231f20; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: justify;">
<a href="http://www.pucsp.br/pos/tidd/teccogs/dossies/2013/edicao_7/1-proibido_acessar_as_redes_sociais-flavia_cristina_martins_knebel-hermes_renato_hildebrand.pdf" style="color: red; font-family: Tahoma, Geneva, sans-serif; text-decoration: none;" target="_blank">É proibido acessar as redes sociais? Uma reflexão sobre o ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa através das Redes Sociais no Ensino Fundamental<br /><strong>Flávia Cristina Martins Knebel e Hermes Renato Hildebrand</strong></a></div>
<div style="background-color: white; color: #231f20; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: justify;">
<span style="color: #aaaaaa; display: block; font-size: 11px; margin-left: 20px; width: 380px;"><br /></span><span style="color: #aaaaaa; display: block; font-size: 11px; margin-left: 20px; width: 380px;"><br /></span><span style="color: #aaaaaa; display: block; font-size: 11px; margin-left: 20px; width: 380px;">Este artigo tem como objetivo relatar a experiência pedagógica de utilização das redes sociais nos processos de interação, leitura e produção textual como forma de refletir os objetos de estudo na disciplina de Língua Portuguesa. (...)</span><span style="color: #aaaaaa; display: block; font-size: 11px; margin-left: 20px; width: 380px;"><br /></span><span style="color: #aaaaaa; display: block; font-size: 11px; margin-left: 20px; width: 380px;"><a href="http://www.pucsp.br/pos/tidd/teccogs/dossies/2013/edicao_7/1-proibido_acessar_as_redes_sociais-flavia_cristina_martins_knebel-hermes_renato_hildebrand.pdf">http://www.pucsp.br/pos/tidd/teccogs/dossies/2013/edicao_7/1-proibido_acessar_as_redes_sociais-flavia_cristina_martins_knebel-hermes_renato_hildebrand.pdf</a></span></div>
Ensinando Artes Visuaishttp://www.blogger.com/profile/04511034799808787383noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3992487317171157287.post-60827378065826112532013-10-23T12:45:00.000-03:002013-10-23T12:45:05.553-03:00Arteterapia auxilia pacientes com Alzheimer<div id="exibir_corpo" style="background-color: white; margin-top: 15px;">
<span class="corpodotexto" style="clip: rect(auto auto auto auto); color: #333333; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 22px; text-align: justify;"><span style="color: #666666; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 17px; text-align: start;">Por </span><a class="linkautor" href="http://www.usp.br/aun/autor.php?autor=4394" style="color: #0099cc; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 17px; text-align: start; text-decoration: none;">Bruna Romão</a><span style="color: #666666; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 17px; text-align: start;"> - bruna.romao.silva@gmail.com </span><br style="color: #666666; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 17px; text-align: start;" /><span class="datapost" style="color: #999999; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 17px; text-align: start;">Edição Ano: 45 - Número: 126 - Publicada em: 08/12/2012</span><br />
<strong><br /></strong>
<strong>São Paulo (AUN - USP)</strong> - A utilização da arte como terapia para o Mal de Alzheimer pode auxiliar os pacientes a se expressar, além de contribuir para a redução da depressão e isolamento dos idosos atingidos pela doença. “A arteterapia pode oferecer momentos de descontração e relaxamento, valorização e apoio, sem focar as dificuldades próprias da idade”, relata a arteterapeuta Eliana Cecilia Ciasca, do Centro de Estimulação para Idosos do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). A terapeuta participou, na última segunda-feira, 3 de dezembro, do <em>Simpósio Internacional Linguagem e Comunicação na doença de Alzheimer</em>, promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Comportamento (NEC) do IPq.<br />
Eliana Cecília retoma o importante papel da arte no desenvolvimento do ser humano. “Desde o início da civilização o homem sempre se expressou através de imagens”, lembra. Desde a pré-história, a arte tomou diferentes atribuições para a vida do homem, chegando até os sentidos constatados hoje, entre eles especialmente as impressões do que se está sentindo.<br />
“A arte pode nos transmitir muito”, comenta a arteterapeuta. Segundo ela, a arte pode transmitir uma série de informações, tanto pelo “produto final” quanto pela forma pela qual o paciente a realiza. “Se o paciente é observado, é possível perceber a evolução da doença”, explica. A arteterapia envolve recursos expressivos como mediadores terapêuticos. “A arte é usada como terapia porque possibilita concretizar pensamentos, sentimentos e imaginação por meio da criatividade”, ela relata. “A proposta das oficinas é trabalhas as habilidades remanescentes”, completa. As oficinas para os pacientes com Alzheimer têm por objetivo estimular sentidos e sensações, além de também descobrir e explorar novas capacidades. “Muitos pacientes redescobrem outras possibilidades além do que faziam em suas atividades profissionais.”<br />
A partir de atividades lúdicas e oficinas como pintura, colagem, desenhos e atividades que envolvam o desenvolvimento da função motora, percepção visual e exploração dos sentidos, a arteterapia promove a aceitação de si e do outro, auxiliando na melhora da auto-estima e qualidade de vida do paciente, ao propiciar um momento de interação e relaxamento.</span></div>
<span class="style25" style="background-color: white; color: #666666; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Fonte:</span><span style="background-color: white;"> </span><a class="linkautor" href="http://www.fm.usp.br/" style="background-color: white; color: #0099cc; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-decoration: none;">Faculdade de Medicina - USP</a><span style="background-color: white;"> </span>Ensinando Artes Visuaishttp://www.blogger.com/profile/04511034799808787383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3992487317171157287.post-55553218756805313532013-10-14T17:00:00.000-03:002013-10-14T17:00:41.541-03:00Para educador, escola formal não serve para educar<b style="font-family: Verdana, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 17px;">UIRÁ MACHADO</b><br style="font-family: Verdana, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 17px;" /><span style="font-family: Verdana, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 17px;">Coordenador de Artigos e Eventos da </span><b style="font-family: Verdana, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 17px;">Folha de S.Paulo</b><br />
<b style="font-family: Verdana, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 17px;"><br /></b>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
"A Escola formal não está só na forma. Está dentro da fôrma. O pior é quando está no formol. É um cadáver." É assim que o educador mineiro Tião Rocha, 59, vê o ensino convencional, de cujos métodos e conteúdos se afastou há mais de 20 anos para experimentar processos alternativos de educação.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
À frente do Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento desde 1984, Rocha sempre persegue "maneiras diferentes e inovadoras" de educar, alfabetizar, gerar renda. Ele distingue educação de escolarização e busca um sonho: escolas que sejam tão boas que professores e alunos queiram freqüentá-las aos sábados, domingos e feriados. "Se ninguém fez, é possível", diz.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>Folha</b> - Toda a sua história como educador é feita do lado de fora das escolas convencionais. Qual é o seu problema com a escola formal?<br /><b>Tião Rocha</b> - Se eu tivesse um analista, isso seria um prato cheio para ele. Comecei a ter problemas com a escola desde que entrei, aos sete anos.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Logo no primeiro dia de aula, no Grupo Escolar Sandoval de Azevedo, Belo Horizonte, a professora Maria Luiz Travassos nos levou para a sala de leitura, pegou um livro, "As Mais Belas Histórias", da dona Lúcia [Monteiro] Casasanta, e começou a ler: "Era uma vez um lugar muito distante, onde havia um rei e uma rainha (...)".</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Eu levantei a mão e falei: "Professora, eu tenho uma tia que é rainha". Ela desconversou, pediu para eu ficar quieto. Ela prosseguiu a história. Depois que a interrompi duas ou três vezes, ela me mandou calar a boca e ir falar com a diretora, dona Ondina Aparecida Nobre.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Ela me deu um tranco, perguntou se eu queria ser expulso. A partir daí, eu sempre inventava coisa para matar a aula. Nunca tive uma escola boa. Nunca tive prazer na escola, mas sempre quis aprender.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Quando fui para a faculdade, estudei história e antropologia, fui resgatar a história da minha tia, que era rainha do congado.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Para pagar os estudos, eu precisava trabalhar. Fui dar aula e me dei conta de que, se eu achava aquilo chato, meus alunos também, porque eu era um reprodutor da mesma chatice.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>Folha</b> - E você conseguiu mudar?<br /><b>Rocha</b> - Não. Criava jeitos diferentes de trabalhar com os alunos, inovava, mas, no fim, era uma experiência muito reformista. Ela começou a ser transformadora quando aconteceu o fato com o Álvaro, minha primeira grande perda [o garoto, excelente aluno, se suicidou].</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Aí eu falei: "Opa! Não adianta querer que os meninos aprendam história se eu não consigo aprender a história da vida deles". Então comecei a deixar de lado não só a forma mas também o conteúdo.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Por exemplo, pedia aos alunos para pesquisarem em casa: sobre cantiga de ninar, expressões populares, jogos etc. Um pai chegou para mim e disse: "Vim te agradecer, porque eu tinha um problema de relacionamento com meu filho, mas agora ele apareceu querendo saber sobre as brincadeiras de quando eu era criança e começamos a conversar, a brincar".</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Eu nem sabia que aquele negócio estava ajudando a aproximar pais e filhos. Aí eu fui me libertando dos conteúdos cheirando a mofo e comecei a ver que estava partindo para uma outra coisa. Esse processo foi evoluindo na reflexão sobre o que é deixar de ser professor e virar educador. O professor ensina, o educador aprende.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>Folha</b> - E então o sr. começou seus projetos fora da escola, debaixo do pé de manga. Mas o sr. acha que a escola formal serve para alguma coisa?<br /><b>Rocha</b> - Ela serve para escolarizar. Ela dá um determinado tipo de informação e de conhecimento que atende um determinado tipo de demanda, um determinado tipo de modelo mental de uma sociedade que aceita, convive e não questiona.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>Folha</b> - Essa escola educa?<br /><b>Rocha</b> - Não. Ela escolariza. Uma coisa é falar em educação, outra é falar em escolarização. A maioria das pessoas que estão cometendo grandes crimes são pessoas escolarizadas. Então, que escola é essa? Para que ela serviu? Não ajudou nada, mas escolarizou.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
E essa escola continua sendo branca, cristã, elitista, excludente, seletiva, conformada. Ela seleciona conteúdos, seleciona pessoas, mas não educa.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>Folha</b> - O que significa a escola ser branca?<br /><b>Rocha</b> - Por exemplo, eu nunca tive aula sobre os reis do Congo, mas tinha aula sobre todos os Bourbons, reis europeus.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>Folha</b> - E conformada?<br /><b>Rocha</b> - A escola não permite inovação. Ela é reprodutora da mesmice. A escola formal não está só na forma. Ela está dentro da fôrma. O pior é quando ela está dentro do formol. É um cadáver. O conteúdo da escola está pronto e acabado. Os meninos que vão entrar na escola no ano que vem, independentemente de quem sejam, aprenderão as mesmas coisas, do mesmo jeito. Aprendem o que alguém determinou que tem que ser aprendido.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>Folha</b> - O que está errado com o conteúdo?<br /><b>Rocha</b> - Recentemente, uma menina de nove anos, lá em Curvelo, virou para mim e disse: "Tião, vou ter prova e esqueci o que é hectômetro". Eu disse a ela que ninguém precisa saber o que é isso, que não se preocupasse, isso não cairia na prova. Perguntei se ela sabia o que era centímetro, metro, quilômetro. Ela sabia. "Pronto, tá bom demais, você vai viver a vida inteira mais 15 dias e não vai acontecer nada", disse para ela.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Passados uns dias: "Me ferrei. Caiu na prova e eu não sabia". Peraí: criança de nove anos tem que saber isso?</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Isso é conhecimento morto. Mas se eu pergunto se eu posso ensinar outra coisa, não posso. O que posso é ensinar as mesmas coisas de um forma diferente. No conteúdo não pode mexer. O vestibular cobra. É um processo seletivo que vai determinando e excluindo, afunilando, dizendo que, para entrar aqui, precisa pensar desse jeito, nessa lógica. Do ponto de vista da escolarização, tá indo muito bem. Agora, se tá educando ou não, ninguém discute.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Quando uma criança é entrevistada e diz que é de determinado projeto porque quer ser alguém na vida, já sei que ela foi pessimamente educada. Um menino que aos 12 anos acha que não é ninguém na vida não tem mais auto-estima. Ele não é ele. Ela vai ser. É sempre um projeto adiado para o futuro.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>Folha</b> - Como deveria ser a educação?<br /><b>Rocha</b> - Um projeto de vida, não de formação para o mercado. A lógica da vida não é ter um emprego. Será que é possível construir um processo de uma escola que incorpore valores dignos, que passe a perceber que a ciência precisa estar condicionada a esses valores, que a tecnologia precisa estar condicionada a esses valores, que elas não podem ser determinantes dos valores humanos?</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Ter analfabetos não pode ser um problema econômico, é um problema ético. A experiência que a gente vem desenvolvendo no CPCD é saber se é possível fazer educação de qualidade. Claro que é. Só que você tem que botar uma pergunta que a gente sempre faz. É o MDI: "de quantas maneiras diferentes e inovadoras eu posso"... O resto você completa com uma ação: educar, alfabetizar, diminuir a violência, gerar mais renda.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Quando a gente começa a fazer isso, aparecem 70 sugestões para alfabetizar, por exemplo. Vamos tentando uma por uma. Funcionou? Não? Risca. E vamos para a próxima. Quando chega na última, já tem mais tantas outras. Você não esgota o seu potencial de soluções para as crianças aprenderem.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>Folha</b> - Até onde vale criar soluções?<br /><b>Rocha</b> - Na educação, qual é a melhor pedagogia? É aquela que leva as pessoas a aprender. Na escolarização, a melhor pedagogia é aquela que dá mais sentido para quem a aplica.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
O CPCD foi secretário da Educação de Araçuaí. Lá tinha um problema: os meninos demoravam duas horas no ônibus. O que a gente fez? Colocou educadores no ônibus. Qualquer secretaria de Educação pode fazer. É só sair da caixa.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Uma outra questão é o acesso aos livros. Há muitos anos, acompanhei a trajetória de dez crianças em Ouro Preto num período de seis, sete anos.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Como eu sei se um aluno é da primeira, da segunda, da terceira série? É pelo tamanho da pasta. No primeiro ano, traz até uma mala. Leva tudo. Depois, vai deixando. No ginásio [quinta a oitava série], eles não levam quase mais nada. No colegial, às vezes leva só uma canetinha.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Eu me perguntei se os livros perderam o encantamento ou se foi a escola que não soube mantê-los encantados. Juntei um monte de livros em baixo da árvore e mandava a meninada ir lendo. Em volta, deixava montinhos de sucata e escrevia uma placa: música, teatro, artes plásticas, literatura. Tudo que o menino lesse, tinha que ir numa direção e fazer música, teatrinho etc. É um jogo. Ler e transformar, do seu jeito.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Eles ficavam lá a tarde inteira. Vinha gente de longe. Agora, por que será que esses meninos nunca tinham entrado numa biblioteca da escola? Porque ele não tinha prazer em entrar na biblioteca. Quando ia ler um livro, tinha que dissecar a obra, classificar o texto, responder a dez perguntas sobre aquele negócio. Em baixo da árvore, ele não tinha que responder a pergunta nenhuma. Era prazer, e não dever. Os livros não perderam o encantamento, portanto.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Eu nunca li e detesto Machado de Assis. Por quê? Porque tive que fazer anatomia do livro. Achava um saco. Até hoje não consegui romper com isso.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>Folha</b> - Como enfrentar a falta de leitura?<br /><b>Rocha</b> - Faz chover livro na cabeça dos meninos. De todo jeito. Bornal de livros, algibeira de leitura, folia do livro, banco de livros, livro no ponto de ônibus. É igual propaganda. Como você quer que o cara não tome Coca-Cola? Vamos botar esse apelo para o livro. A gente foi tirando os meninos do estado de UTI. Vale tudo. É ético? É. Então, vale. Se nunca foi feito, a gente faz. Se errar, não tem problema. Temos que aprender.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>Folha</b> - Como você mexe no conteúdo? Tem um conteúdo básico?<br /><b>Rocha</b> - Claro. Tem que ter alguma coisa para começar. Precisa aprender os códigos de leitura, a a raciocinar e fazer cálculo, as quatro operações básicas. Mas não precisa saber o que é hectômetro.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>Folha</b> - Como diversificar? Ou por que diversificar?<br /><b>Rocha</b> - Há uns 20 anos, eu trabalhava bem no sertão. Tinha um projeto do governo para combater a doença de chagas na região. Parecia muito bom, as casas de adobe seriam substituídas por casas de cimento com condições de pagamento bem favoráveis. Mas não houve adesão dos moradores.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
O que os engenheiros não percebiam é que as casas pareciam um forno de tão quente. O pessoal do projeto dizia: "É uma questão de adaptação". Eu respondia: "Não começa, não. A casa de adobe resolve muito bem a questão térmica. Por que não fazem casa de qualidade com adobe naquele sertão?". Eles disseram que não sabiam fazer, que não aprendiam isso na faculdade de engenharia.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Fiquei imaginando: eles não foram formados para fazer casas dignas para a população. Querem fazer em São Paulo e no sertão uma casa do mesmo tipo. Que lógica é essa? É a lógica do modelão.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Hoje, entrou na moda fazer casa de adobe, é ecológico. Engraçado. Antes, as pessoas faziam casa assim. Aí vieram, cortaram a tradição, impuseram o modelão e, agora, querem voltar ao que se fazia antes, mas travestido de conversa nova.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>Folha</b> - Você é contra todo tipo de forma universalizante?<br /><b>Rocha</b> - Como padrão único, claro.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>Folha</b> - Você é a favor de uma transformação constante?<br /><b>Rocha</b> - Da diversidade permanente.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>Folha</b> - De uma pedagogia específica para cada pessoa?<br /><b>Rocha</b> - Não. O que não pode é aprender uma única coisa, todo mundo igual. Mas não é "cada um faz o que quer". O que não pode é dar pesos desiguais, ou seja, negar ou excluir coisas em função de critérios que são absolutamente ideológicos.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
É possível criar uma sociedade polivalente, diversificada? É, porque não foi feito ainda. Se ninguém fez, é possível. Isso é o que eu chamo de utopia. Utopia para mim não é um sonho impossível. É um não-feito-ainda, algo que nunca ninguém fez.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
É possível aprender brincando? A escola tem que ser o serviço militar obrigatório aos sete anos ou pode ser prazerosa? Aí eu coloco um indicador: a escola ideal deve ser tão boa que professores e alunos desejem aulas aos sábados, domingos e feriados. Hoje, temos exatamente o contrário.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Os meninos estão no século 21 e a escola está Idade Média. A escola é a única instituição contemporânea que tem servos, tem serventes, pessoas que estão lá para nos servir. Nem em banco tem isso, lá são "auxiliares de serviços gerais".</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Quando eu trabalhava na Universidade Federal de Outro Preto, por acaso eu virei pró-reitor. Acabei indo a uma reunião de pró-reitores com o secretário da Educação. Aquele discurso enfadonho estava me enchendo o saco, até que eu disse: "Nesse país, uma escola nunca teve crise de aprendizagem: a escola de samba.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
Uma assessora do secretário disse que aquilo era inadmissível e perguntou se eu achava que a escola pública tinha que ser "aquela bagunça". Eu respondi: "Tô vendo que a sra. não entende nada de escola de samba. Na escola tem disciplinador, não tem? Pois na escola de samba tem diretor de harmonia". Entende? Uma coisa é cuidar da disciplina, outra coisa é cuidar da harmonia.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>Folha</b> - Como nasce uma nova forma de ensinar?<br /><b>Rocha</b> - Ou da dificuldade ou da pergunta. Somos movidos por uma pergunta, que vira um desafio, que vira uma encrenca. É possível educar debaixo do pé de manga? É possível criar agentes comunitários de educação? Vamos ficar pensando ou vamos aprender fazendo? Vamos aprender fazendo.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
A primeira coisa que a gente fez foram os "Não Objetivos Educacionais". Porque formular um objetivo é muito simples: basta colocar um verbo na forma infinitiva e depois encher de lingüiça. O nosso verbo é o "paulofreirar", que só se conjuga no presente do indicativo: eu "paulofreiro", tu "paulofreiras" e por aí vai. Não existe "paulofreiraria", "paulofreirarei". Ou faz agora ou sai da moita. Ação e reflexão, agora.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
As respostas vão sendo testadas e viram novas metodologias, pedagogias. Assim surgiu a pedagogia da roda, por exemplo, como um jeito de combater a evasão dos meninos. Não podemos perder os alunos, precisamos mantê-los interessados.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>Folha</b> - Seus métodos são tão abertos a ponto de aceitar que uma criança queira aprender na escola formal? Ou você quer acabar com a escola?<br /><b>Rocha</b> - Eu não quero acabar com a escola. Ela é muito mais importante do que parece. Ela tá longe de esgotar seu repertório, não usou nem 10% das possibilidades. Mas, para isso, ela precisa ter a ousadia de experimentar. É uma lástima dar às crianças só o que a escola formal oferece. É muito pouco.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
As pessoas querem tirar os meninos da rua e levar para a escola --só se for para prender, porque para aprender não serve. É muito chato. Por que, em vez de tirar da rua, não mudamos a rua? Lugar de criança é na escola, na rua, em todos os espaços. Todos os espaços podem ser de aprendizado. Há experiências de cidades educativas muito legais.</div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<b>Folha</b> - Como é sua relação com os governos?<br /><b>Rocha</b> - Eu não vejo muita diferença. Todos eles estão dentro da mesma caixa, só muda a cor. A escola que tem agora não é muito diferente da de oito anos ou 20 anos atrás. Vai só pintando a fachada. A lógica, o processo, a metodologia muda muito pouco, no geral. A gente não consegue estabelecer alianças com os governos porque incomoda pensar fora da caixa. Se incomoda, são refratários. Então a gente vem aprendendo a fazer política pública não-governamental.</div>
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<br /></div>
<div style="font-family: verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;">
<a href="http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u348104.shtml">http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u348104.shtml</a></div>
Ensinando Artes Visuaishttp://www.blogger.com/profile/04511034799808787383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3992487317171157287.post-91827933633823273342013-09-30T19:19:00.001-03:002013-09-30T19:19:31.121-03:00Transdisciplinaridade, uma nova visão da educação - Workshop do Educador<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/dak3MXpS888" width="459"></iframe>Ensinando Artes Visuaishttp://www.blogger.com/profile/04511034799808787383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3992487317171157287.post-67132020728940118742013-09-11T00:22:00.001-03:002013-09-11T00:22:47.249-03:00Módulo 08 - " Parágrafos, Cover Letters, Processo Editorial" - Curso de ...<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/4ZLg8GABq3Q" width="459"></iframe>Ensinando Artes Visuaishttp://www.blogger.com/profile/04511034799808787383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3992487317171157287.post-92159640002089722272013-09-10T12:04:00.001-03:002013-09-10T12:04:38.502-03:00Módulo 07 - " Plain English, Escrever em Inglês" - Curso de Escrita Cien...<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/f1dC0lKpn90" width="459"></iframe>Ensinando Artes Visuaishttp://www.blogger.com/profile/04511034799808787383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3992487317171157287.post-42664603468417048102013-09-10T11:57:00.001-03:002013-09-10T11:57:21.205-03:00Módulo 05 - "Precisão e Complexidade" - Curso de Escrita Científica<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/IwSdEuV63kg" width="459"></iframe>Ensinando Artes Visuaishttp://www.blogger.com/profile/04511034799808787383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3992487317171157287.post-15633263046946765492013-09-10T11:55:00.001-03:002013-09-10T11:55:57.768-03:00Módulo 04 - " Resultados, Discussão e Conclusões" - Curso de Escrita Cie...<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/-awveTSmmIM" width="459"></iframe>Ensinando Artes Visuaishttp://www.blogger.com/profile/04511034799808787383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3992487317171157287.post-30093017531316173632013-09-10T11:51:00.003-03:002013-09-10T11:51:50.310-03:00Módulo 03 - " Introdução" - Curso de Escrita Científica<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/exM8rHnvp7c" width="459"></iframe>Ensinando Artes Visuaishttp://www.blogger.com/profile/04511034799808787383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3992487317171157287.post-32455145188066880782013-09-10T11:51:00.001-03:002013-09-10T11:51:17.812-03:00Módulo 02 - " Títulos, Autores e Abstract" - Curso de Escrita Científica<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/e968B1PwIbs" width="459"></iframe>Ensinando Artes Visuaishttp://www.blogger.com/profile/04511034799808787383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3992487317171157287.post-16798010323855644612013-09-10T11:42:00.001-03:002013-09-10T11:42:59.220-03:00Módulo 01 - " O Gênero Literário" - Curso de Escrita Científica<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/CZR0ptpPaR0" width="459"></iframe>Ensinando Artes Visuaishttp://www.blogger.com/profile/04511034799808787383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3992487317171157287.post-3168879575343752242013-09-08T10:55:00.002-03:002013-09-08T10:55:48.299-03:00Para pensar...<br />
<div>
<b>Profissão em crise</b></div>
<ul>
<li><a class="c_nobdr t_prs" href="http://emkt.pavazine.com/emkt/tracer/?2%2c1577743%2cc6a71322%2cdd26%2c2" style="background-color: white; color: #333333; cursor: default; font-family: 'Trebuchet MS', Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 17px; outline: none; text-decoration: none;" target="_blank">Por ano, 3.000 professores desistem de dar aula em SP. </a></li>
</ul>
<div>
<b>Aprendendo a ser escritor</b></div>
<ul>
<li><a href="http://emkt.pavazine.com/emkt/tracer/?2%2c1577743%2cc6a71322%2cdd26%2c3" style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Arial, Helvetica, sans-serif; text-decoration: none;" target="_blank">Dicas da Paula Pimenta para quem deseja ser escritor.</a></li>
</ul>
<div>
<b>Videogame e aprendizagem</b></div>
<ul>
<li><a href="http://emkt.pavazine.com/emkt/tracer/?2%2c1577743%2cc6a71322%2cdd26%2c6" style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Arial, Helvetica, sans-serif; text-decoration: none;" target="_blank">Pesquisadores afirmam que jogar videogame faz bem para crianças.</a></li>
</ul>
<div>
<b>Sabedoria da antiguidade</b></div>
<ul>
<li><a href="http://emkt.pavazine.com/emkt/tracer/?2%2c1577743%2cc6a71322%2cdd26%2c8" style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Arial, Helvetica, sans-serif; text-decoration: none;" target="_blank">Beber vinho deixa sua vida mais feliz.</a></li>
</ul>
<div>
<b>Pequenas e importantes iniciativas</b></div>
<ul>
<li><a href="http://emkt.pavazine.com/emkt/tracer/?2%2c1577743%2cc6a71322%2cdd26%2c10" style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 25px; text-decoration: none;" target="_blank">ONG aproveita flores usadas em eventos para alegrar idosos em asilos</a></li>
</ul>
<div>
<b>Filosofia na atualidade</b></div>
<ul>
<li><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 25px;"> </span><a href="http://emkt.pavazine.com/emkt/tracer/?2%2c1577743%2cc6a71322%2cdd26%2c12" style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 25px; text-decoration: none;" target="_blank">"A filosofia é hoje mais importante do que jamais foi", afirma Peter Singer</a><a href="http://emkt.pavazine.com/emkt/tracer/?2%2c1577743%2cc6a71322%2cdd26%2c10" style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 25px; text-decoration: none;" target="_blank"> </a><a href="http://emkt.pavazine.com/emkt/tracer/?2%2c1577743%2cc6a71322%2cdd26%2c6" style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Arial, Helvetica, sans-serif; text-decoration: none;" target="_blank"> </a></li>
</ul>
<div>
<span style="background-color: white; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 16px;">Fonte: news@pavazine.com</span></div>
Ensinando Artes Visuaishttp://www.blogger.com/profile/04511034799808787383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3992487317171157287.post-21795107176583933202013-07-26T11:04:00.000-03:002013-07-26T11:04:15.858-03:00Unesco oferece gratuitamente 10 mil páginas de história da África<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin-bottom: 1.25em; padding: 0px;">
Publicada em oito volumes, a coleção História Geral da África foi traduzida para o português e está disponível gratuitamente na internet. Produzido pela Unesco – órgão da ONU voltado para educação, ciência e cultura – o material possui quase 10 mil páginas e foi elaborado ao longo de 30 anos. A obra conta a história da África a partir de uma visão de dentro do continente, usando uma metodologia interdisciplinar. O trabalho envolveu 350 especialistas de áreas como história, antropologia, arqueologia, linguística, botânica, física e jornalismo.<br /><span id="more-3789"></span><br />A coleção aborda o continente desde a pré-história até a década de 1980. A narrativa atravessa períodos históricos marcantes, passando pelo Egito Antigo, por diversas civilizações e dinastias, pelo tráfico de escravos, pela colonização europeia e pela independência dos diversos países. A África é destacada como berço da humanidade e de contribuição fundamental para a cultura e a produção do conhecimento científico. A coleção completa pode ser baixada nas páginas da Unesco e do Ministério da Educação, na internet.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin-bottom: 1.25em; padding: 0px;">
De São Paulo, da Radioagência NP, Jorge Américo.<br /><strong></strong><br /><strong>Fonte: <a href="http://www.radioagencianp.com.br/10317-unesco-oferece-gratuitamente-10-mil-paginas-de-historia-da-africa" style="color: #313428; text-decoration: none;" target="_blank">http://www.radioagencianp.com.br/10317-unesco-oferece-gratuitamente-10-mil-paginas-de-historia-da-africa</a><br /><strong></strong><br /><strong></strong></strong></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin-bottom: 1.25em; padding: 0px;">
<a href="http://antigoegito.org/wp-content/uploads/2011/10/brz_pub_history_africa_v1_pt_2010.jpg" style="color: #313428; text-decoration: none;"><img alt="" class="aligncenter size-medium wp-image-3799" height="300" src="http://antigoegito.org/wp-content/uploads/2011/10/brz_pub_history_africa_v1_pt_2010-197x300.jpg" style="background-color: #f3f3f3; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 1px solid rgb(221, 221, 221); display: block; margin: 0px auto !important; padding: 4px; text-align: center;" title="brz_pub_history_africa_v1_pt_2010" width="197" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin-bottom: 1.25em; padding: 0px;">
<strong><br /></strong></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin-bottom: 1.25em; padding: 0px;">
<strong></strong></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin-bottom: 1.25em; padding: 0px;">
<strong></strong></div>
<div>
Publicada em oito volumes, a coleção História Geral da África está agora também disponível em português. A edição completa da coleção já foi publicada em árabe, inglês e francês; e sua versão condensada está editada em inglês, francês e em várias outras línguas, incluindo hausa, peul e swahili. Um dos projetos editoriais mais importantes da UNESCO nos últimos trinta anos, a coleção História Geral da África é um grande marco no processo de reconhecimento do patrimônio cultural da África, pois ela permite compreender o desenvolvimento histórico dos povos africanos e sua relação com outras civilizações a partir de uma visão panorâmica, diacrônica e objetiva, obtida de dentro do continente. A coleção foi produzida por mais de 350 especialistas das mais variadas áreas do conhecimento, sob a direção de um Comitê Científico Internacional formado por 39 intelectuais, dos quais dois terços eram africanos. Brasília: UNESCO, Secad/MEC, UFSCar, 2010.</div>
<div>
<strong></strong><br /><strong>Download gratuito</strong> (somente na versão em português): <div style="line-height: 1.5; margin-bottom: 1.25em; padding: 0px;">
</div>
<ul style="margin: 0px 20px; padding: 0px 0px 1.5em;">
<li><a href="http://unesdoc.unesco.org/images/0019/001902/190249POR.pdf" style="color: #313428; text-decoration: none;" target="_blank">Volume I: Metodologia e Pré-História da África</a> (PDF, 8.8 Mb)<ul style="margin: 0px 20px; padding: 0px;">
<li>ISBN: 978-85-7652-123-5</li>
</ul>
</li>
<li><a href="http://unesdoc.unesco.org/images/0019/001902/190250POR.pdf" style="color: #313428; text-decoration: none;" target="_blank">Volume II: África Antiga – (Antigo Egito</a>) (PDF, 11.5 Mb)<ul style="margin: 0px 20px; padding: 0px;">
<li>ISBN: 978-85-7652-124-2</li>
</ul>
</li>
<li><a href="http://unesdoc.unesco.org/images/0019/001902/190251POR.pdf" style="color: #313428; text-decoration: none;" target="_blank">Volume III: África do século VII ao XI</a> (PDF, 9.6 Mb)<ul style="margin: 0px 20px; padding: 0px;">
<li>ISBN: 978-85-7652-125-9</li>
</ul>
</li>
<li><a href="http://unesdoc.unesco.org/images/0019/001902/190252POR.pdf" style="color: #313428; text-decoration: none;" target="_blank">Volume IV: África do século XII ao XVI</a> (PDF, 9.3 Mb)<ul style="margin: 0px 20px; padding: 0px;">
<li>ISBN: 978-85-7652-126-6</li>
</ul>
</li>
<li><a href="http://unesdoc.unesco.org/images/0019/001902/190253POR.pdf" style="color: #313428; text-decoration: none;" target="_blank">Volume V: África do século XVI ao XVIII</a> (PDF, 18.2 Mb)<ul style="margin: 0px 20px; padding: 0px;">
<li>ISBN: 978-85-7652-127-3</li>
</ul>
</li>
<li><a href="http://unesdoc.unesco.org/images/0019/001902/190254POR.pdf" style="color: #313428; text-decoration: none;" target="_blank">Volume VI: África do século XIX à década de 1880</a> (PDF, 10.3 Mb)<ul style="margin: 0px 20px; padding: 0px;">
<li>ISBN: 978-85-7652-128-0</li>
</ul>
</li>
<li><a href="http://unesdoc.unesco.org/images/0019/001902/190255POR.pdf" style="color: #313428; text-decoration: none;" target="_blank">Volume VII: África sob dominação colonial, 1880-1935</a> (9.6 Mb)<ul style="margin: 0px 20px; padding: 0px;">
<li>ISBN: 978-85-7652-129-7</li>
</ul>
</li>
<li><a href="http://unesdoc.unesco.org/images/0019/001902/190256POR.pdf" style="color: #313428; text-decoration: none;" target="_blank">Volume VIII: África desde 1935</a> (9.9 Mb)<ul style="margin: 0px 20px; padding: 0px;">
<li>ISBN: 978-85-7652-130-3</li>
</ul>
</li>
</ul>
</div>
<div style="line-height: 1.5; margin-bottom: 1.25em; padding: 0px;">
<strong></strong></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin-bottom: 1.25em; padding: 0px;">
<strong></strong></div>
<strong style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"></strong><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"></span><br />
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin-bottom: 1.25em; padding: 0px;">
<strong></strong><br /><strong>Fonte: <a href="http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/special-themes/ethnic-and-racial-relations-in-brazil/general-history-of-africa/" style="color: #313428; text-decoration: none;" target="_blank">http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/special-themes/ethnic-and-racial-relations-in-brazil/general-history-of-africa/</a></strong></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin-bottom: 1.25em; padding: 0px;">
(Erinaldo Alves)</div>
Ensinando Artes Visuaishttp://www.blogger.com/profile/04511034799808787383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3992487317171157287.post-61804727429766740982013-07-26T10:52:00.000-03:002013-07-26T10:52:00.188-03:00Pai de família de dia e artista de rua à noite, Herr Nillsson transforma princesas em bandidas<span style="background-color: white; font-family: Arial; font-size: 12px; font-weight: bold;">Estefani Medeiros</span><br style="background-color: white; font-family: Arial; font-size: 12px; font-weight: bold;" /><span style="background-color: white; font-family: Arial; font-size: 12px; font-weight: bold;">Do UOL, em São Paulo</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Arial; font-size: 12px; font-weight: bold;"><br /></span>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
De dia, o sueco de codinome Herr Nillsson é um homem de rotina comum, com trabalho fixo, filhos para cuidar e preocupações de pai. À noite, ele sai as ruas para fazer arte de rua com estêncil e criticar a forma como as princesas não são um bom exemplo para sua filha. "No geral, sou um pai trabalhando duro e tentando sustentar minha família o melhor que posso. Sou um sueco típico de escritório e poucas pessoas sabem sobre a minha relação com arte de rua. Às vezes me vejo como Batman, mas infelizmente não sou tão <a href="http://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2013/07/25/pai-de-familia-de-dia-e-grafiteiro-a-noite-sueco-herr-nillsson-transforma-princesas-em-bandidas.htm#" id="_GPLITA_0" in_rurl="http://i.tracksrv.com/click?v=QlI6MjE4MTY6MTIyMDpyaWNvOjI3NGNlYzYxMTE1YzlmYzYwZGY0OTYxNDQ5NWFkZTIwOnotMTI2Ny0xNDQzNzk6ZW50cmV0ZW5pbWVudG8udW9sLmNvbS5icjoxMzU0MTozMzZmZGQ0NTU1ZWU3NTUyNzM5ODA1NDk2NTM1NWY2Nw" style="color: #333333;" title="Click to Continue > by Text-Enhance">rico</a> quanto Bruce Wayne", comenta em entrevista ao <strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">UOL</strong>. </div>
<div class="modfoto right modulos medio" style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; float: right; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px 0px 0px 22px; vertical-align: baseline;">
<div class="conteudo" style="border-bottom-color: rgb(230, 230, 230); border-bottom-style: solid; border-width: 0px 0px 1px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; width: 300px;">
<ul style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<li style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><img alt="Herr Nilsson" border="0" class="imagem" crop="1024x768" src="http://imguol.com/c/entretenimento/2013/07/25/cinderela-armada-com-uma-faca-e-escondida-atras-de-um-beco-em-estencil-do-sueco-herr-nillsson-ele-diz-que-colocar-as-princesas-armadas-e-um-protesto-contra-a-fraqueza-de-personagens-mulheres-1374776545214_300x420.jpg" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; vertical-align: baseline; width: 300px;" title="Herr Nilsson" /><div style="border: 0px; color: black; font-family: inherit; font-size: 13px; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: 20px !important; margin-bottom: 10px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Cinderela armada com uma faca e escondida atrás de um beco no estêncil do sueco </div>
</li>
</ul>
</div>
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Cercado por brinquedos, jogos e filmes infantis por causa dos filhos, Nilsson, que prefere não revelar seu nome real, diz que "existe muita criatividade na indústria do entretenimento para as crianças, mas a maioria dos personagens dos desenhos animados, do sexo feminino, em particular, são muito estereotipados e previsíveis". "São sempre tão inocentes, justas e inofensivas", opina. </div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Ele diz que o motivo que o levou a criar os estêncis é o diálogo que a arte de rua propõe. "Mostrar essas princesas de uma forma mais obscura é o meu comentário relacionado à violência cometida por crianças em geral, e também uma forma de mostrar como olhamos para o bem e para o mal no mundo, e como as personagens mulheres estão colocadas nesse universo. Todo mundo espera que uma princesa de contos de fada sempre se comporte bem. Se fosse uma delas, me revoltaria em alguns dias. Então quis trazer essa minha reação para os desenhos."</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div class="modcitacao left modulos" style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; float: left; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px 22px 0px 0px; vertical-align: baseline;">
<div class="conteudo" style="border-bottom-color: rgb(230, 230, 230); border-bottom-style: solid; border-width: 0px 0px 1px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; width: 250px;">
<div style="border: 0px; color: black; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: 20px; margin-bottom: 10px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<img border="0" class="abreAspas" src="http://img.uol.com.br/materia-modulos/abre_aspas.gif" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; height: 23px; line-height: inherit; margin: 0px 0px 5px; padding: 0px; vertical-align: baseline; width: 30px;" />O discurso sobre grafite na Suécia é ridiculamente medieval. Temos tolerância zero, com leis duras e a opinião pública é muito restrita<img border="0" class="fechaAspas" src="http://img.uol.com.br/materia-modulos/fecha_aspas.gif" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; height: 23px; line-height: inherit; margin: 0px 0px -10px; padding: 0px; vertical-align: baseline; width: 30px;" /></div>
<span class="fonte" style="border: 0px; color: black; display: block; font-family: inherit; font-size: 13px; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px 0px 10px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Nilsson</span></div>
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Em Estocolmo, onde mora, o grafite é considerado vandalismo, tem pena de prisão de três meses até 10 anos e fiança de £ 5 mil. Além disso, a própria população age como vigilante, denunciando os artistas, o que torna a validade da arte menor do que 24 horas nos muros da cidade.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
"O discurso sobre grafite na Suécia é ridiculamente medieval. Temos tolerância zero, com leis duras e a opinião pública é muito restrita. Institutos e empresas de propriedade do governo não estão autorizados a expor ou comprar qualquer arte que tenha relação com grafite. Eu odeio essa censura ao espaço público, que apenas quer dar voz para empresas com <a href="http://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2013/07/25/pai-de-familia-de-dia-e-grafiteiro-a-noite-sueco-herr-nillsson-transforma-princesas-em-bandidas.htm#" id="_GPLITA_1" in_rurl="http://i.tracksrv.com/click?v=QlI6Mzc5MjA6NDY5OmRpbmhlaXJvOjI0MjA2NjY3ZjZkYmVkZmQwNTg4YTY1OWFmMzljNzQ1OnotMTI2Ny0xNDQzNzk6ZW50cmV0ZW5pbWVudG8udW9sLmNvbS5icjo0NjQyODpiYTA4MGViNDA4NDIzN2QwYzhjMzkyNmJjZjRmNjNlMw" style="color: #333333;" title="Click to Continue > by Text-Enhance">dinheiro</a> fazerem uma lavagem cerebral em anúncios publicitários", diz o artista de rua, que também é fã do britânico Banksy. </div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Nilsson ainda conta que fazer estêncil e não grafite o ajuda a não ser pego. "Fico mais tempo pensando em novas peças, nem tanto tempo pintando. Sou bastante rápido com as canetas e cores. Nunca fui pego, mas que vou ter grandes problemas caso isso aconteça, isso é certo." </div>
Ensinando Artes Visuaishttp://www.blogger.com/profile/04511034799808787383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3992487317171157287.post-51662216864047318872013-07-26T10:37:00.000-03:002013-07-26T10:37:07.125-03:00Ensaio fotográfico polêmico do cubano Erik Ravelo<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: 'Open Sans', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 24px; margin-bottom: 1.714285714rem; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Publicado no <a href="http://www.treta.com.br/2013/07/ensaio-fotografico-polemico-do-cubano-erik-ravelo.html" style="border: 0px; color: #21759b; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;" target="_blank">Treta</a></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: 'Open Sans', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 24px; margin-bottom: 1.714285714rem; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
O artista cubano <a href="http://erikravelo.info/" style="border: 0px; color: #21759b; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;" target="_blank">Erik Ravelo</a>, responsável pela polêmica campanha <strong style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><a href="http://theinspirationroom.com/daily/2011/benetton-unhate-kissing/" style="border: 0px; color: #21759b; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;" target="_blank">“Unhate”</a> </strong>da <em style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">United Colors of Benetton</em>, lançou uma nova série, <strong style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">“The Untouchables”</strong>, metaforizando os diferentes tipos de crucificação existentes na sociedade atual:</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: 'Open Sans', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 24px; margin-bottom: 1.714285714rem; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<a href="http://www.pavablog.com/wp-content/uploads/2013/07/600x853x20130723-20130723-untouch2.jpg.pagespeed.ic_.OWnOzDaFhf.jpg" style="border: 0px; color: #21759b; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><img alt="600x853x20130723-20130723-untouch2.jpg.pagespeed.ic.OWnOzDaFhf" class="aligncenter size-full wp-image-99116" height="853" src="http://www.pavablog.com/wp-content/uploads/2013/07/600x853x20130723-20130723-untouch2.jpg.pagespeed.ic_.OWnOzDaFhf.jpg" style="border-bottom-left-radius: 3px; border-bottom-right-radius: 3px; border-top-left-radius: 3px; border-top-right-radius: 3px; border: 0px; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 1px 4px; display: block; height: auto; margin: 0.857142857rem auto; max-width: 100%; padding: 0px; vertical-align: baseline;" width="600" /></a><a href="http://www.pavablog.com/wp-content/uploads/2013/07/600x856x20130723-20130723-untouch5.jpg.pagespeed.ic_.P4EX8WtfSF.jpg" style="border: 0px; color: #21759b; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><img alt="600x856x20130723-20130723-untouch5.jpg.pagespeed.ic.P4EX8WtfSF" class="aligncenter size-large wp-image-99117" height="856" src="http://www.pavablog.com/wp-content/uploads/2013/07/600x856x20130723-20130723-untouch5.jpg.pagespeed.ic_.P4EX8WtfSF.jpg" style="border-bottom-left-radius: 3px; border-bottom-right-radius: 3px; border-top-left-radius: 3px; border-top-right-radius: 3px; border: 0px; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 1px 4px; display: block; height: auto; margin: 0.857142857rem auto; max-width: 100%; padding: 0px; vertical-align: baseline;" width="600" /></a><a href="http://www.pavablog.com/wp-content/uploads/2013/07/600x857x20130723-20130723-untouch3.jpg.pagespeed.ic_.r-a2CwxOZv.jpg" style="border: 0px; color: #21759b; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><img alt="600x857x20130723-20130723-untouch3.jpg.pagespeed.ic.r-a2CwxOZv" class="aligncenter size-large wp-image-99118" height="857" src="http://www.pavablog.com/wp-content/uploads/2013/07/600x857x20130723-20130723-untouch3.jpg.pagespeed.ic_.r-a2CwxOZv.jpg" style="border-bottom-left-radius: 3px; border-bottom-right-radius: 3px; border-top-left-radius: 3px; border-top-right-radius: 3px; border: 0px; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 1px 4px; display: block; height: auto; margin: 0.857142857rem auto; max-width: 100%; padding: 0px; vertical-align: baseline;" width="600" /></a><a href="http://www.pavablog.com/wp-content/uploads/2013/07/600x863x20130723-20130723-untouch41.jpg.pagespeed.ic_.I3hblxHhP9.jpg" style="border: 0px; color: #21759b; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><img alt="600x863x20130723-20130723-untouch41.jpg.pagespeed.ic.I3hblxHhP9" class="aligncenter size-large wp-image-99119" height="863" src="http://www.pavablog.com/wp-content/uploads/2013/07/600x863x20130723-20130723-untouch41.jpg.pagespeed.ic_.I3hblxHhP9.jpg" style="border-bottom-left-radius: 3px; border-bottom-right-radius: 3px; border-top-left-radius: 3px; border-top-right-radius: 3px; border: 0px; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 1px 4px; display: block; height: auto; margin: 0.857142857rem auto; max-width: 100%; padding: 0px; vertical-align: baseline;" width="600" /></a><a href="http://www.pavablog.com/wp-content/uploads/2013/07/600x870x20130723-20130723-untouch.jpg.pagespeed.ic_.r0LKd0JCTQ.jpg" style="border: 0px; color: #21759b; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><img alt="600x870x20130723-20130723-untouch.jpg.pagespeed.ic.r0LKd0JCTQ" class="aligncenter size-large wp-image-99120" height="870" src="http://www.pavablog.com/wp-content/uploads/2013/07/600x870x20130723-20130723-untouch.jpg.pagespeed.ic_.r0LKd0JCTQ.jpg" style="border-bottom-left-radius: 3px; border-bottom-right-radius: 3px; border-top-left-radius: 3px; border-top-right-radius: 3px; border: 0px; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 1px 4px; display: block; height: auto; margin: 0.857142857rem auto; max-width: 100%; padding: 0px; vertical-align: baseline;" width="600" /></a></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: 'Open Sans', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 24px; margin-bottom: 1.714285714rem; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
(Erinaldo Alves)</div>
Ensinando Artes Visuaishttp://www.blogger.com/profile/04511034799808787383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3992487317171157287.post-31869029752950191982013-07-22T10:49:00.001-03:002013-07-22T11:20:25.374-03:00A doença de ser normal [Muito interessante!]<div style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: medium;"><b>Carolina Bergier</b></span></div>
<br style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;" />
<div style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>A humanidade pode estar sendo acometida por uma epidemia global:</b></span></div>
<div style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>a NORMOSE, uma obsessão doentia por ser normal</b></span></div>
<div style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: center;">
<b style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: blue;">Você tem normose?</span></b></div>
<div style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Normose é um conjunto de hábitos considerados normais pelo consenso social que, na realidade,</b></span></div>
<div style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>são patogênicos e nos levam à infelicidade, à doença e à perda de sentido na vida</b></span></div>
<div class="separator" style="background-color: #7bac5a; clear: both; color: #454545; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGoKMxXyFKLeeB75I-HygAhH_FrEx42sX_Fw8iVbvpMkPY3mQKeDB1omXWpfw9RV1y4bVsivwedHO6nwi9qsOWLV-sHVyGswBex0PJ1IFmkp3EgzwaxvgONoKPVIldGY2w_FIeMRGXmIg/s500/Normose+-+A+patologia+da+normalidade+(capa+do+livro).jpg" imageanchor="1" style="clear: left; color: #6f377b; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: none;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGoKMxXyFKLeeB75I-HygAhH_FrEx42sX_Fw8iVbvpMkPY3mQKeDB1omXWpfw9RV1y4bVsivwedHO6nwi9qsOWLV-sHVyGswBex0PJ1IFmkp3EgzwaxvgONoKPVIldGY2w_FIeMRGXmIg/s1600/Normose+-+A+patologia+da+normalidade+(capa+do+livro).jpg" style="border: none; padding: 8px; position: relative;" /></a></div>
<br style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;" />
<span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Já foi normal duas pessoas se digladiarem até a morte para entreter a multidão. Também já foi normal queimar mulheres na fogueira por bruxaria e fazer pessoas trabalharem sem remuneração com direito a castigos físicos só pela cor da pele. Era normal também humanos se alimentarem de sua própria espécie e casarem sem amor. Já foi normal passar 40 horas da semana fazendo algo que se detesta, mentir para<a href="http://padretelmofigueiredo.blogspot.com.br/2013/06/a-doenca-de-ser-normal-muito.html?spref=fb#" id="_GPLITA_0" in_rurl="http://i.tracksrv.com/click?v=QlI6Mjc2MTc6ODk1OmdhbmhhciBkaW5oZWlybzpkNzk0YWZhZWM2MmUxMjBkZjJmMDIwMGE4ZjY4ZmZmZjp6LTEzNTYtMTQ0Mzg0OnBhZHJldGVsbW9maWd1ZWlyZWRvLmJsb2dzcG90LmNvbS5icjo0NDg2Njo2NzZkNzg5N2NjZjdkYTExNjc4ZjM0ODZhNmVkNWUzZA" style="color: #6f377b;" title="Click to Continue > by Text-Enhance">ganhar dinheiro</a> e devastar florestas inteiras em busca de um suposto desenvolvimento.</span><br />
<span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Peraí, este último ainda é normal. Afinal, será que ser normal - e achar normais coisas que não deveriam ser - pode ser uma doença?</span><br />
<span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Segundo alguns psicólogos, sim. A doença de ser normal chama-se, segundo eles, normose: um conjunto de hábitos considerados normais pelo consenso social que, na realidade, são patogênicos em graus distintos e nos levam à infelicidade, à doença e à perda de sentido na vida.</span><br />
<span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">O conceito foi cunhado quase que simultaneamente pelo psicólogo e antropólogo brasileiro <b>Roberto Crema</b> e pelo filósofo, psicólogo e teólogo francês <b>Jean-Yves Leloup</b>, na década de 1980. Eles vinham trabalhando o tema separadamente até que um terceiro psicólogo, o francês <b>Pierre Weil</b>, se deu conta da coincidência. Perplexo, Weil conectou os dois, e os três juntos organizaram um simpósio sobre o tema em Brasília, uma década atrás. Do encontro, nasceu uma parceria e o livro <i style="font-weight: bold;">Normose: A patologia da normalidade</i>.</span><br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="background-color: #7bac5a; color: #454545; float: right; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; margin-left: 1em; padding: 4px; position: relative; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhc5GifqL1F5x8fQ36tMhap3dzi_-C-8Y52jtIFNXBs7DOj3bXYnsm_XFrQuELB_97ChIFbxhpsaph2L8vWPzZ0qIBkbN7AHGYbIJxwqsgGZVC90GdHfyx3k9oAFtqp-NzLvr_ELCUlX9M/s1200/Roberto+Crema+-+psic%C3%B3logo+e+antrop%C3%B3logo+brasileiro.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; color: #6f377b; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-decoration: none;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhc5GifqL1F5x8fQ36tMhap3dzi_-C-8Y52jtIFNXBs7DOj3bXYnsm_XFrQuELB_97ChIFbxhpsaph2L8vWPzZ0qIBkbN7AHGYbIJxwqsgGZVC90GdHfyx3k9oAFtqp-NzLvr_ELCUlX9M/s400/Roberto+Crema+-+psic%C3%B3logo+e+antrop%C3%B3logo+brasileiro.jpg" style="border: none; padding: 8px; position: relative;" width="267" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 10px; text-align: center;"><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;">Roberto Crema<br />Psicólogo e Antropólogo brasileiro</span></b></td></tr>
</tbody></table>
<span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">No fim dos anos 70, <b>Crema</b> estava encucado com o fato de muitos autores apontarem uma <b>"patologia da pequenez": </b>o medo de se deixar ser em sua totalidade. Ele deparou-se com muitos pensadores, entre eles o alemão <b>Erich Fromm </b>(1900-1980), que falava do medo da liberdade, e o suíço <b>Carl Jung</b> (1875-1961), que afirmava que só os medíocres aspiram à normalidade. Crema misturou ao caldo a célebre declaração do escritor britânico <b>G. K. Chesterton</b> (1874-1936), que disse que "louco é quem perdeu tudo, exceto a razão", e acrescentou os anos de observação e prática em sua clínica pedagógica.</span><br />
<span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Assim nasceu o <b>conceito de normose</b>, que, segundo ele, <b>"ocorre quando o contexto social que nos envolve caracteriza-se por um desequilíbrio crônico e predominante"</b>. A normose torna-se epidêmica em períodos históricos de grandes transições culturais - quando o que era normal subitamente passa a parecer absurdo, ou até desumano. Foi o que aconteceu no final do período romano, em relação à perseguição de cristãos, ou no início da Idade Moderna, com o fim da legitimidade da Santa Inquisição, ou no século 19, com a perda de sustentação moral da escravidão. E, segundo <b>Crema</b>, <b>Leloup</b> e <b>Weil</b>, é o que está acontecendo de novo, com a crise dos nossos sistemas de produção, trabalho e valores.</span><br />
<span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">"O novo modelo é ainda embrionário, e os visionários dessa possibilidade de sociedade não-normótica ainda são minoria", diz<b>Crema</b>. Enquanto a maioria de nós se adapta a um ambiente social doente, quem resiste à normose acaba considerado desajustado, por não obedecer ao estado "normal" das coisas.</span><br />
<span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Como aquele cara que, mesmo ganhando o suficiente para fornecer educação, moradia e alimentação para si e seus filhos, é considerado vagabundo e louco por, em plena quarta-feira ensolarada, liberar as crianças da aula e levá-las à praia. Mas como? Em dia de semana? As crianças vão faltar à aula? Pois é. De repente, ele acha que um dia na natureza vai fazer mais bem a seus filhos do que horas sentados em sala de aula. Será que ele não é saudável, e doentes estão os outros?</span><br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="background-color: #7bac5a; color: #454545; float: left; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; margin-right: 1em; padding: 4px; position: relative;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhi8yQu3d_tPgKOdUm5_2flaf33A8wORapX5J8Btg4WOxAJ7fjqLmmPCac8Kz6D9EJAEF9jm1_fgpbsfdEi8PCCzRLqWlz7ya1BFu_Ysbf-IVCWoJ-rsvA_c5aUcPDRZAOEWrjHQDc4OrM/s1600/Jean-Yves+Leloup+-+psic%C3%B3logo,+te%C3%B3logo+e+fil%C3%B3sofo+franc%C3%AAs.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; color: #6f377b; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-decoration: none;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhi8yQu3d_tPgKOdUm5_2flaf33A8wORapX5J8Btg4WOxAJ7fjqLmmPCac8Kz6D9EJAEF9jm1_fgpbsfdEi8PCCzRLqWlz7ya1BFu_Ysbf-IVCWoJ-rsvA_c5aUcPDRZAOEWrjHQDc4OrM/s400/Jean-Yves+Leloup+-+psic%C3%B3logo,+te%C3%B3logo+e+fil%C3%B3sofo+franc%C3%AAs.jpg" style="border: none; padding: 8px; position: relative;" width="265" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 10px; text-align: center;"><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;">Jean-Yves Leloup<br />Psicólogo, Filósofo e Teólogo francês</span></b> </td></tr>
</tbody></table>
<span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><b>DESNORMOTIZAÇÃO</b></span><br />
<span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Para a filósofa <b>Dulce Magalhães</b>, que escreve sobre mudanças de paradigmas, o normótico acredita que geração de renda e falta de tempo para si ou para a família são indissociáveis. "As pessoas consideram que trabalhar muitas horas, colocar em risco sua saúde e suas relações é normal", diz ela. "Mas isso tem um custo pessoal e social alto demais, que acabam levando a problemas de saúde pública e violência, por exemplo."</span><br />
<span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Dulce acha que a cura para a normose está em mudarmos de modo mental, abandonando o modelo da escassez, que hoje rege o mundo, e abraçando o da abundância. Ela explica: <b>"desde a infância, aprendemos que o que vem fácil vai fácil e que, se a vida não for difícil, não é digna. Precisamos mudar isso e entender que o esforço não é tarefa."</b> Quantos de nós chegamos em casa reclamando para mostrarmos (a nós mesmos e aos outros) que trabalhamos muito e tivemos um dia duro, como se isso trouxesse algum tipo de mérito?</span><br />
<span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Segundo <b>Crema</b>, cada um de nós tem talentos diversos, mas "o normótico padece de falta de empenho em fazer florescer seus dons e enterra seus talentos com medo da própria grandeza, fugindo da sua missão individual e intransferível." "Quando temos necessidade de, a todo custo, ser como os outros, não escutamos nossa própria vocação", acredita.</span><br />
<span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">O carioca <b>Eduardo Marinho</b>, hoje com 50 anos, percebeu cedo que não queria ser como os outros. Filho de militar, abriu mão de sua condição financeira e de sua faculdade ao se dar conta, aos 18 anos, que não queria olhar para sua vida quando velho e pensar que não tinha feito nada relevante. <b>"Não queria ser bem-sucedido e me sentir fracassado"</b>. Eduardo saiu pelo País pedindo abrigo e comida em troca de favores e buscando algo que o preenchesse. Depois de passar por poucas e não tão boas pelo Brasil, deu voz à sua vocação. Hoje é artista plástico. </span><br />
<span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Ele acredita que a desnormotização se inicia dentro de cada um: "Que tal olhar para dentro de si mesmo? É aí que começa a revolução", sugere. Claro que, para isso, não é mandatório dormir nas ruas. Fazer o trajeto que Eduardo escolheu para si pode ser perigoso e não há nenhuma garantia de sucesso.</span><br />
<span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><b>BUG CEREBRAL</b></span><br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; padding: 4px; position: relative; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgysWo7pRpg-zUBIAuMpr4gYE0k2OpSO8726kwufU8XbelqJ-pYVYvnXxwte0ybpMIzapvd-Gn6NNud-f9qaItOLvWodIizNjTLq8UmFKjGnqgTIgiFtXCidU3k4UhME99RD4gi92-_MBU/s1600/Pierre+Weil+-+psic%C3%B3logo+franc%C3%AAs.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; color: #6f377b; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-decoration: none;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgysWo7pRpg-zUBIAuMpr4gYE0k2OpSO8726kwufU8XbelqJ-pYVYvnXxwte0ybpMIzapvd-Gn6NNud-f9qaItOLvWodIizNjTLq8UmFKjGnqgTIgiFtXCidU3k4UhME99RD4gi92-_MBU/s400/Pierre+Weil+-+psic%C3%B3logo+franc%C3%AAs.jpg" style="border: none; padding: 8px; position: relative;" width="266" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 14px; text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;"><b>Pierre Weil - psicólogo francês</b></span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><b></b></span><br style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;" />
<span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">A cura da normose é trabalho individual, mas alguns esforços sociais podem ajudar. Para começar, seria um adianto se tivéssemos um novo modelo educacional. A escola poderia ser o lugar onde as crianças descobrem suas verdadeiras vocações - em vez de tentar padronizar os alunos e convencê-los a serem normais.</span><br />
<span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Mundo afora, estão surgindo escolas com uma nova lógica, como a<b>Escola da Ponte</b>, em Portugal. A instituição não segue um sistema baseado em séries, e os professores não são responsáveis por uma disciplina ou por turmas específicas. As crianças e os adolescentes que lá estudam definem quais são suas áreas de interesse e desenvolvem seus próprios projetos de pesquisa, tanto em grupo como individuais.</span><br />
<span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Algo similar parece estar acontecendo no mundo empresarial, onde mais e mais empreendimentos estão dando voz à liberdade individual. O caso clássico, sempre citado, é o do <b>Google</b>, cuja sede, em Mountain View, na Califórnia, conta com salas de jogos, videogames, espaços ao ar livre e tempo reservado para que o funcionário desenvolva seus próprios projetos para a empresa, com total autonomia.</span><br />
<span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Claro que não há vagas para todos nós no Google nem para todos os nossos filhos na Escola da Ponte. A cura da normose não vai ser resultado de uma ou outra iniciativa isolada - ela só vai ser possível quando houver no mundo gente disposta o </span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"> </span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">suficiente par</span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">a questionar tudo o que achamos normal. </span><br />
<span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">E, talvez, isso demore anos para acontecer. A explicação para isso pode estar num bug que todos carregamos no cérebro, que tem uma tendência de recusar sempre novos jeitos de olhar o mundo. É o que explica o psicólogo israelense <b>Daniel Kahneman</b>, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 2002, em seu livro <i style="font-weight: bold;">Rápido e Devagar: Duas formas de pensar</i>. Segundo ele, nosso cérebro confunde o que é familiar com o que é correto: ao ver ou sentir algo que desperta alguma memória, o cérebro define aquele "familiar" como "correto", da mesma maneira que o novo é decodificado como passível de desconfiança.</span><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; margin-left: auto; margin-right: auto; padding: 4px; position: relative; text-align: center;"><tbody>
<tr><td><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLdiYDh_FAT_UHmZRb83xJJm0rJW4HYv-tKdhA7JlQ6n00UO6Qk4CeAXcQJsbdFvjR53l-ekTnCuAnzSsVLDS6XQmQPPnjY5wX_dGdfg5j8VWsLjH3v9CDg3ByiAdAmzEAUeViKL7mdJQ/s1600/Escola+da+Ponte+-+Portugal.jpg" imageanchor="1" style="color: #6f377b; margin-left: auto; margin-right: auto; text-decoration: none;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLdiYDh_FAT_UHmZRb83xJJm0rJW4HYv-tKdhA7JlQ6n00UO6Qk4CeAXcQJsbdFvjR53l-ekTnCuAnzSsVLDS6XQmQPPnjY5wX_dGdfg5j8VWsLjH3v9CDg3ByiAdAmzEAUeViKL7mdJQ/s640/Escola+da+Ponte+-+Portugal.jpg" style="border: none; padding: 8px; position: relative;" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 10px;"><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;">Ambiente de estudo da ESCOLA DA PONTE - Vila das Aves - Portugal</span></b></td></tr>
</tbody></table>
<span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Esse sistema foi muito útil para nossos antepassados homens das cavernas, que não podiam, mesmo, sair comendo qualquer frutinha nova que aparecesse à sua frente. Mas, nos dias de hoje, que exigem novas ideias para lidar com um mundo em mudança constante, esse mecanismo cerebral virou um entrave à inovação. Segundo essa tese, a normose não é uma doença: é uma característica humana, moldada pela evolução. Ou seja, talvez ser normótico seja normal.</span><br />
<span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><b>Para saber mais</b></span><br />
<span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><b><span style="color: blue;">1.</span></b> Perre Weil, Jean-Yves Leloup e Roberto Crema. <b>Normose: A patologia da normalidade</b>. Petrópolis: Editora Vozes, 2011. 240 p.</span><br />
<span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><b><span style="color: blue;">2.</span></b> Daniel Kahneman. <b>Rápido e Devagar: Duas formas de pensar</b>. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2012. 624 p.</span><br />
<br style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;" />
<b style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><span style="color: #cc0000;">Fonte:</span> Revista Superinteressante </b><span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">- Edição 320 - Julho/2013 - Páginas 76-79 - Edição impressa.</span><br />
<span style="background-color: #7bac5a; color: #454545; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span>
<a href="http://padretelmofigueiredo.blogspot.com.br/2013/06/a-doenca-de-ser-normal-muito.html?spref=fb">http://padretelmofigueiredo.blogspot.com.br/2013/06/a-doenca-de-ser-normal-muito.html?spref=fb</a><br />
<br />
(Erinaldo Alves)Ensinando Artes Visuaishttp://www.blogger.com/profile/04511034799808787383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3992487317171157287.post-53168486813280063452013-07-22T10:17:00.000-03:002013-07-22T10:17:09.042-03:00Adeus, docência<h2 style="border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 20px; font-weight: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span class="Olho" style="font-family: inherit; font-size: 14px; font-style: italic;">Número cada vez maior de professores que abandonam a profissão piora o quadro de escassez de profissionais na Educação Básica e coloca em questão a capacidade de atração da sala de aula atual</span></h2>
<br style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><span class="creditos" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; font-style: italic; line-height: 20px;">Rodnei Corsini</span><br />
<div id="corpo" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 30px; margin-top: 15px;">
<iframe allowtransparency="true" frameborder="0" scrolling="no" src="http://www.facebook.com/plugins/like.php?href=http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/195/adeus-docencia-292321-1.asp&send=false&layout=button_count&width=90&show_faces=true&action=like&colorscheme=light&font=verdana&height=21" style="border-style: none; font-family: inherit; font-style: inherit; height: 21px; overflow: hidden; width: 90px;"></iframe> <iframe allowtransparency="true" class="twitter-share-button twitter-count-horizontal" data-twttr-rendered="true" frameborder="0" scrolling="no" src="http://platform.twitter.com/widgets/tweet_button.1372833608.html#_=1374497960289&count=horizontal&id=twitter-widget-0&lang=en&original_referer=http%3A%2F%2Frevistaeducacao.uol.com.br%2Ftextos%2F195%2Fadeus-docencia-292321-1.asp&related=melhor&size=m&text=Adeus%2C%20doc%C3%AAncia%20%7C%20Revista%20Educa%C3%A7%C3%A3o&url=http%3A%2F%2Frevistaeducacao.uol.com.br%2Ftextos%2F195%2Fadeus-docencia-292321-1.asp" style="font-family: inherit; font-style: inherit; height: 20px; width: 110px;" title="Twitter Tweet Button"></iframe><br /><div style="font-family: inherit; font-style: inherit; vertical-align: baseline;">
</div>
<table style="font-family: inherit; font-size: 14px; font-style: inherit; line-height: 20px; vertical-align: top; width: 600px;"><tbody style="font-family: inherit; font-style: inherit;">
<tr><td style="vertical-align: top;"><img alt="Fernando Benega" height="367" name="[i388652]" src="http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/195/imagens/i388652.jpg" style="font-family: inherit; font-style: inherit; margin: 0px 5px;" title="Fernando Benega" width="600" /></td></tr>
<tr><td class="legenda" style="font-size: 11px; line-height: 12px; vertical-align: top;">Desvalorização da profissão e más condições de trabalho são motivos para a desistência da carreira</td></tr>
</tbody></table>
<br />Baixos salários, insatisfação no trabalho, desprestígio profissional. As condições são velhas conhecidas dos docentes, mas têm se convertido em um fenômeno que torna ainda mais preocupante a escassez de profissionais na Educação Básica: os professores têm deixado a sala de aula para se dedicar a outras áreas, como a iniciativa privada ou a docência no ensino superior.<div style="font-family: inherit; font-style: inherit; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="font-family: inherit; font-style: inherit; vertical-align: baseline;">
Até maio deste ano, pediram exoneração 101 professores da rede pública estadual do Mato Grosso, 63 em Sergipe, 18 em Roraima e 16 em Santa Catarina. No Rio de Janeiro, a média anual é de 350 exonerações, segundo a Secretaria de Estado da Educação, sem discernir quantas dessas são a pedido. Mas a União dos Professores Públicos no Estado diz que, apenas nos cinco primeiros meses deste ano, 580 professores abandonaram a carreira (leia mais na página 43). Para completar o quadro, a procura pelas licenciaturas como um todo segue diminuindo, e a falta de interesse pela docência provoca a escassez de profissionais especialmente em disciplinas das ciências exatas e naturais.</div>
<div style="font-family: inherit; font-style: inherit; vertical-align: baseline;">
<strong><span style="color: #006600;">Motivos para a evasão</span></strong><br />"O motivo unânime para a evasão docente é a desvalorização da profissão e as más condições de trabalho", diz a professora Romélia Mara Alves Souto, do departamento de Matemática e Estatística do programa de Mestrado em Educação da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), em Minas Gerais. Em um estudo com alunos da universidade, Romélia constatou que entre os formados de licenciatura em Matemática entre 2005 e 2010, quase dois terços trabalham como docentes - mas, destes, 45% não pretendem continuar na Educação Básica. A maioria presta <a href="http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/195/adeus-docencia-292321-1.asp#" id="_GPLITA_1" in_rurl="http://i.tracksrv.com/click?v=QlI6NDQxNDk6Mjg6Y29uY3Vyc286NjVmMTA5NWFiYWU4MWI5MDI3ZjUxN2U4MDc2NmI5NDM6ei0xMjY3LTE0NDM3OTpyZXZpc3RhZWR1Y2FjYW8udW9sLmNvbS5icjowOjA" style="color: black; font-family: inherit; font-style: inherit; outline: none;" title="Click to Continue > by Text-Enhance">concurso</a> para instituições financeiras ou quer se tornar pequeno empresário. Uma boa parte também faz pós-graduação ou vai estudar em outra área para não seguir na docência.</div>
<div style="font-family: inherit; font-style: inherit; vertical-align: baseline;">
"Para mim, a ferida principal disso tudo é o salário do professor. Os professores estão tendo de brigar para receber o piso", avalia. Romélia também já lecionou na Educação Básica e foi para o ensino superior, sobretudo, por questões salariais. Deu aulas de matemática durante dez anos quando, em 1996, migrou para a docência superior.<br /><br />O quadro parece se repetir há mais de uma década. Em 1999, Flavinês Rebolo, atualmente professora da pós-graduação em Educação da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), em Campo Grande (MS), defendeu uma tese de mestrado na Faculdade de Educação da USP em que focou o período de 1990-1995 na rede estadual paulista. Ela identificou que, além dos baixos salários, os fatores que mais contribuíam para a evasão docente eram a insatisfação no trabalho e o desprestígio profissional. "A questão salarial é uma luta de classe dos professores, em que eles têm toda a razão, mas no grupo que entrevistei o sentimento era muito mais de inutilidade que eles viam no trabalho", lembra Flavinês. A desvalorização, pelos próprios alunos e pela comunidade, minava o ideal dos professores de que iriam contribuir para uma sociedade melhor, aponta a pesquisadora.</div>
<div style="font-family: inherit; font-style: inherit; vertical-align: baseline;">
<strong><span style="color: #006600;">No princípio de tudo</span></strong><br />"Choque de realidade" é o termo usado para esse sentimento entre os professores iniciantes, grupo em que a evasão costuma ser alta. A pedagoga Luciana França Leme se ressente da falta de <a href="http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/195/adeus-docencia-292321-1.asp#" id="_GPLITA_0" in_rurl="http://i.tracksrv.com/click?v=QlI6NDc1NzM6NTcyOnBlc3F1aXNhczphMTM3NjkyYWFiZDYwYTU4ZTlkY2Q2YjlkMDc1NTgzMjp6LTEyNjctMTQ0Mzc5OnJldmlzdGFlZHVjYWNhby51b2wuY29tLmJyOjkwNzQ5Ojg2NDc2MmY2NmNjNTNhYThiOWJjN2M3YjhmOGVmNmQw" style="color: black; font-family: inherit; font-style: inherit; outline: none;" title="Click to Continue > by Text-Enhance">pesquisas</a> sobre a evasão docente no Brasil, mas avalia que uma das hipóteses para a desistência no começo da carreira é a exposição do professor iniciante às escolas mais vulneráveis. "Não é que o professor não tenha de ir para essas escolas, mas há uma relação entre perfil do alunado e as condições de trabalho docente."</div>
<div style="font-family: inherit; font-style: inherit; vertical-align: baseline;">
Luciana aponta, ainda, as diferenças da evasão entre as áreas de conhecimento. Ela considera a hipótese de que os professores das áreas de exatas têm mais possibilidade de migrar para outras por conta de uma formação mais específica, que permite a aplicação dos seus conhecimentos em setores como o mercado financeiro. Já entre os licenciados em humanidades, a aplicação dos conhecimentos da graduação em outras áreas profissionais é, normalmente, mais restrita, com exceção do curso geografia, em que há maior possibilidade de os formados trabalharem em empresas de geologia.</div>
<div style="font-family: inherit; font-style: inherit; vertical-align: baseline;">
Fabio Rodrigues exemplifica a questão. Ele sonhava com a carreira docente quando ingressou na licenciatura de matemática na USP, no final de 2010. Depois de lecionar em cursinhos e, ao longo de três semestres letivos, em estágios obrigatórios na rede estadual, já no último semestre da graduação conseguiu emprego como assistente financeiro em uma empresa de engenharia. Em 2011, migrou para a área de Tecnologia da Informação, onde segue trabalhando como analista e desenvolvedor de sistemas. "Eu já tinha conhecimento sobre desenvolvimento de sistemas porque tive algumas disciplinas da área na USP e fazia alguns cursos por curiosidade e também por hobby", diz.</div>
<div style="font-family: inherit; font-style: inherit; vertical-align: baseline;">
Na outra ponta, Gisele Teodoro, formada em letras em 2008, migrou das aulas de inglês para o trabalho como telefonista bilíngue em uma empresa de mineração em Araxá. A desvalorização, o baixo salário e o excesso de trabalho fora da sala de aula foram os fatores para ela deixar o magistério. "Tanto o salário e os benefícios quanto a carga de trabalho bem menor são determinantes para que eu, pelo menos por enquanto, não tenha a menor pretensão de voltar para a sala de aula", diz.</div>
<div style="font-family: inherit; font-style: inherit; vertical-align: baseline;">
<strong><span style="color: #006600;">Futuro em perspectiva</span></strong><br />Professor do Programa de Mestrado em Administração Universitária da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e ex-diretor de Educação Básica Presencial da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Dilvo Ristoff pondera que em todas as profissões há evasão de profissionais. "O IBGE nos mostra que somente um terço dos engenheiros formados, por exemplo, atua como engenheiro e que apenas 75% dos médicos formados exercem a medicina", diz. O professor da UFSC faz a comparação com os professores de Educação Básica para concluir que, se em profissões com salários mais altos a evasão é expressiva, não surpreende, em sua opinião, que a evasão de professores formados seja alta. Além de uma renda maior, Ristoff lista algumas necessidades urgentes na carreira docente no Brasil: perspectiva de carreira, boas condições de trabalho e de formação, respeitabilidade social. "O professor, como todo ser humano, é movido por uma imagem de futuro que constrói para si. Se no seu trabalho ele percebe, dia após dia, que o seu futuro será uma réplica do seu presente - ou seja, no caso, tão ruim quanto o seu presente - ele desanima e, na primeira oportunidade, abandona a profissão", afirma.</div>
<div style="font-family: inherit; font-style: inherit; vertical-align: baseline;">
A pedagoga Luciana França Leme ressalta que a solução de atratividade para a carreira docente pode ser alcançada a longo prazo, porque ela vai reverberar na questão social e na questão cultural quanto à imagem do professor. Na sua tese de mestrado sobre os ingressantes nas licenciaturas em matemática e física e em pedagogia na USP, os motivos para que os alunos apontassem dúvidas quanto a querer ser docente eram muito semelhantes nos três cursos. A questão salarial era a de maior influência, mas há outras. "Uma das razões mais pontuadas, no escore da pesquisa foi que os alunos seriam professores caso pudessem ingressar em uma escola reconhecida com bom projeto educacional", diz. Ela afirma que medidas pontuais para atrair docentes à Educação Básica não vão resolver o problema justamente pela atratividade ter muitos fatores conjugados.</div>
<div style="font-family: inherit; font-style: inherit; vertical-align: baseline;">
Em 2010, a Fundação Carlos Chagas elaborou uma pesquisa para investigar a atratividade da carreira docente no Brasil pela ótica de alunos concluintes do ensino médio. Uma das autoras do artigo em que são apresentados os resultados da pesquisa, Patrícia Albieri de Almeida - pesquisadora da Fundação e professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie - afirma que um fator determinante para a baixa atratividade à docência, presente no estudo, é o pouco reconhecimento social da profissão, no sentido de o magistério não ser entendido como uma carreira em que é necessário um conhecimento específico que a diferencia de outras formações. "Até mesmo como reflexo disso muitos estudantes descartam a docência por acharem que não têm as características pessoais para isso. Esse fator aparece até mais forte do que a questão do baixo salário. É muito forte, em nossa sociedade, a ideia de que basta ter dom e vocação para exercer a docência", afirma Patrícia.</div>
<div style="font-family: inherit; font-style: inherit; vertical-align: baseline;">
<strong><span style="color: #006600;">Professores em Déficit </span></strong>Para Mozart Ramos - professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), membro do Conselho Nacional de Educação (CNE) e do conselho de governança do movimento Todos pela Educação -, a baixa atratividade à docência é o maior desafio, hoje, na educação brasileira. "É uma questão estratégica: ter bons alunos egressos do ensino médio para os cursos de licenciatura e, posteriormente, para a carreira do magistério é essencial", afirma. Em sua avaliação, são quatro as principais razões para a pouca atratividade à profissão: baixos salários - a média salarial no Brasil, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2009, citada por Mozart, é de R$ 1,8 mil; falta de plano de carreira e pouca expectativa de crescimento profissional; pouca conexão entre as licenciaturas e a Educação Básica; e más condições de trabalho. "As condições de trabalho são ruins tanto no âmbito das questões de violência, em sala de aula e fora dela, quanto na falta de insumos para que o professor exerça bem suas atividades", diz.</div>
<div style="font-family: inherit; font-style: inherit; vertical-align: baseline;">
O problema da baixa quantidade de professores formados não é recente, segundo adverte Antonio Ibañez, conselheiro da Câmara de Educação Básica do CNE e professor aposentado do curso de engenharia mecânica da Universidade de Brasília (UnB). Quando era reitor da UnB, em 1991, ele constatou por meio de relatórios o pequeno número de professores licenciados em ciências exatas e naturais pela universidade nos 30 anos anteriores. "Eram poucos mesmo, menos de duas dúzias. Fiquei preocupado de como uma universidade importante tinha formado tão poucos professores para Educação Básica, algo que, constatei depois, era um problema generalizado em outros estados".</div>
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O CNE publicou um relatório em maio de 2007 que, por meio de uma simulação, quantificava os professores necessários para atender a todos os alunos que estavam matriculados no segundo ciclo do ensino fundamental e no ensino médio. "A conclusão foi que, sobretudo nas disciplinas mencionadas, faltavam docentes ou, então, as vagas eram preenchidas por professores que não tinham a qualificação específica ou a titulação necessária para a disciplina", diz Ibañez. A estimativa era de que havia demanda total por 106,6 mil professores formados em matemática e 55,2 mil em física e em química. Mas o número de licenciados entre 1990 e 2001 havia sido somente de 55,3 mil (matemática), 7,2 mil (física) e 13,5 mil (química).</div>
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A cada dez alunos ingressantes nas licenciaturas em física e em matemática da Universidade de São Paulo (USP), em 2010, cinco não queriam ser professores na Educação Básica ou não estavam certos sobre isso. Os dados são da tese de mestrado da pedagoga Luciana França Leme.</div>
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<strong><span style="color: #006600;">Desinteresse</span></strong><br />Entre os licenciados em física no campus de Bauru da Unesp, entre 1991 e 2008, a maior parte chegou a dar aulas no ciclo básico - mas um terço desistiu da profissão. A constatação também é fruto de uma pesquisa de mestrado, de Sérgio Kussuda, sobre a escolha profissional dos licenciados em física na universidade. Entre 377 concluintes da licenciatura em física no período, a pesquisa teve a participação de 52 licenciados que responderam aos questionários. Entre eles, 32, em algum momento da carreira, lecionaram na Educação Básica. Segundo a apresentação da tese de Kussuda, uma das principais conclusões é que a falta de professores de física não se deve somente ao pequeno número de formados, mas, sim, à da evasão docente para outras áreas profissionais.</div>
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O estudo de Luciana também apontou que, entre os que se matricularam em pedagogia em 2010, 30% não queriam ou estavam incertos quanto ao ingresso na carreira docente. "A propensão a não ser professor entre os ingressantes em pedagogia é bem menor do que nas licenciaturas em física e matemática, mas não é um percentual desprezível", diz a pedagoga.</div>
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A pouca procura por cursos de licenciatura em geral e os baixos índices de formação, a propensão de parte significativa dos ingressantes nesses cursos para não seguir carreira docente e a evasão de jovens professores da Educação Básica são alguns dos principais fatores que, somados, resultam em um quadro de escassez docente. O desafio em atrair professores não é exclusividade do Brasil (veja mais na pág. 50) e, por enquanto, não tem afetado a rede privada de forma importante, embora gere algumas preocupações. O problema se agrava quando se observa que professores lecionam matérias para as quais não têm formação específica. "Dados demonstram que cerca de metade dos professores da Educação Básica são improvisados, isto é, não foram formados para ensinar o que ensinam", diz Dilvo Ristoff.</div>
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Vera Placco, professora e coordenadora do programa de pós-graduação em Educação (Psicologia da Educação) da PUC-SP, avalia que muitas das políticas educacionais para valorizar o professor e a educação não têm alcançado resultados concretos e desejados. "É preciso que o professor tenha uma formação continuada que possibilite a ele agir de forma mais atuante na sala de aula e na escola, participando da estruturação do currículo e do projeto político-pedagógico da escola", defende. Para ela, a preparação do professor para trabalhar com diferentes idades deveria ser aprofundada na formação continuada.</div>
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Dilvo Ristoff avalia que medidas importantes têm sido tomadas no sentido de valorização da carreira docente e consequente busca pela atratividade à profissão, como o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), a lei do piso salarial e o Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), do qual o programa de segunda licenciatura faz parte. "Mas são todas ações insuficientes: algumas são apenas pontuais e outras dependem da superação da crise sistêmica e do conflito de competências na Federação para o seu sucesso." Ao mesmo tempo que enfrentam as questões centrais, as instituições e o governo federal devem criar políticas focadas para formação de professores com ênfase especial nas áreas mais carentes. "Isso, no entanto, não deve significar desincentivo às demais áreas, pois temos carências em todas as disciplinas e em todas as regiões do país", diz.</div>
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Paula Louzano, professora da Faculdade de Educação da USP, destaca que a profissionalização do docente implica valorizar a ideia de uma profissão que deve ser ocupada por alguém que estudou devidamente para isso. "Se se concorda com essa ideia, então não dá para termos formação a distância - ninguém fala, por exemplo, em ensino a distância para formação de médicos. Não dá, portanto, para ser uma formação aligeirada." Segundo Paula, hoje 30% dos cursos de formação de professor no Brasil são a distância. Em 2006, eram 17%.</div>
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Um programa em estruturação do MEC, Quero ser professor, quero ser cientista, é voltado para as áreas de matemática, química, física e biologia, com estímulos a alunos do ensino médio para seguir carreira na área científica ou na docência na Educação Básica. O programa tem como meta atender 100 mil estudantes: serão incorporados, segundo o MEC, estudantes medalhistas de olimpíadas de matemática e de língua portuguesa, entre outras - não foram claramente definidos os critérios ainda. Professores que participarem do programa terão direito a bolsas e extensão na formação - o Quero ser professor... não pretende condicionar as bolsas e titulações de pós-graduação ao desempenho satisfatório dos estudantes, mas isso poderá ser decidido nos estados e municípios. A meta é oferecer dez mil bolsas Pibid. O MEC não informou se serão novas bolsas, somadas às que já são oferecidas pelo Pibid, ou se parte das bolsas já oferecidas serão destinadas ao programa - segundo a Capes, em 2012 foram oferecidas 40 mil bolsas Pibid para a categoria alunos de licenciatura. "As bolsas para motivar o estudante para ir para as licenciaturas concorrem com uma infinidade de outras bolsas. Por isso, não é mais um recurso tão atrativo", avalia Antonio Ibañez.</div>
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O conselheiro do CNE idealiza que a rotina dos professores de Educação Básica tenha similaridades com a dos professores universitários. "Eles têm uma carreira e sabem qual percurso têm para seguir", descreve. E defende que os professores possam fazer pesquisas sobre métodos e resultados da aprendizagem dos alunos, apresentando-os em congressos de Educação Básica, com uma dinâmica similar à que existe na educação superior. Flavinês Rebolo aposta em um cenário diverso do atual. "Um clima de escola com relações interpessoais harmônicas e equilibradas, com apoio mútuo entre os professores, possibilidades de trabalho coletivo, são alguns dos aspectos que podem tornar o trabalho mais satisfatório e prazeroso, e isso com certeza contribui para que o professor se mantenha na profissão. Mas é claro que não depende só de esforços das pessoas, é preciso ter políticas públicas que ofereçam espaços para os trabalhos coletivos e outro tipo de organização do trabalho dentro da escola. Isso, devagarzinho, está acontecendo", diz Flavinês.</div>
<table bgcolor="#dddddd" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="font-family: inherit; font-size: 14px; font-style: inherit; line-height: 20px; vertical-align: top; width: 600px;"><tbody style="font-family: inherit; font-style: inherit;">
<tr style="background-color: #538fba;"><td bgcolor="#99ccff" colspan="2" height="56" style="font-family: tahoma, verdana, arial; font-weight: bold; height: 30px; padding-left: 5px; vertical-align: top;" valign="middle"><span lang="PT-BR" style="font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit;"><div align="left" dir="ltr" style="font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; vertical-align: baseline;">
A falta de atratividade das licenciaturas</div>
</span></td></tr>
<tr><td colspan="2" style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; padding: 5px 4px 4px; vertical-align: top;" valign="top"><div style="font-family: inherit; font-size: 14px; font-style: inherit; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: x-small;">O que pode agravar o diagnóstico do CNE feito em 2007 é que a procura pelas licenciaturas como um todo, no país, segue diminuindo nos últimos anos. Em 2005, foram 1,2 milhão de matriculados. Já em 2010, após uma queda verificada ano a ano, foram 928 mil matrículas. Os números foram processados e apresentados em novembro do ano passado em um artigo de Dilvo Ristoff em coautoria com Lucídio Bianchetti, também professor da UFSC, a partir de dados do Censo da Educação Superior. A queda contrasta com o número crescente de bacharéis e tecnólogos formados. "Os programas existentes da Capes, apesar de serem bons e necessários, não conseguem interferir na falta de atratividade das licenciaturas. As universidades precisam ajudar, redesenhando com coragem os seus projetos pedagógicos de licenciatura, entendendo que nesses cursos há que se preparar o futuro professor e não o bacharel", opina Ristoff.</span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br /><table bgcolor="#dddddd" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="font-family: inherit; font-size: 14px; font-style: inherit; line-height: 20px; vertical-align: top; width: 600px;"><tbody style="font-family: inherit; font-style: inherit;">
<tr style="background-color: #538fba;"><td bgcolor="#99ccff" colspan="2" height="56" style="font-family: tahoma, verdana, arial; font-weight: bold; height: 30px; padding-left: 5px; vertical-align: top;" valign="middle">"Eu já preparava aulas para qualquer disciplina"<br /><span style="font-size: x-small;"><em>William Rodrigues, deixou a docência para voltar à graduação</em></span></td></tr>
<tr><td colspan="2" style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; padding: 5px 4px 4px; vertical-align: top;" valign="top"><div style="font-family: inherit; font-size: 14px; font-style: inherit; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: x-small;">William Rodrigues se licenciou em história no campus de Assis da Universidade Estadual Paulista em 2010. Entre o último semestre da graduação e o início de 2012, foi professor da rede estadual de São Paulo na categoria "O" - regime de contratação por tempo determinado para atender necessidades temporárias, como substituição de docentes. "Muitas vezes eu dei aulas de matemática, física e inglês. E os alunos sabiam que eu era professor de história e que estava lá tapando um buraco, eles tinham total consciência disso", diz.</span></div>
<div style="font-family: inherit; font-size: 14px; font-style: inherit; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: x-small;">De julho a dezembro de 2011, ele fazia uma espécie de plantão, esperando a falta aleatória de algum professor. Chegou, em uma semana, a dar 46 aulas. "Eu já preparava, em casa, aulas que pudessem ser ministradas para qualquer disciplina", diz. No início de 2012, William foi aprovado no concurso de docentes para um posto definitivo na rede estadual paulista. Mas preferiu desistir da carreira de professor e não assumiu o cargo. Na ocasião, estava se mudando para Foz do Iguaçu (PR), onde acabara de se matricular em uma segunda graduação, em relações internacionais, na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila). Hoje, segue como estudante no segundo ano do curso. William estava em Assis em maio, em férias do curso de RI, quando conversou por telefone com Educação. O contato com a cidade natal onde se licenciou na Unesp o fez pensar na possibilidade de voltar a lecionar. "Estava com muitas saudades daqui. Nesse último mês, senti muita falta das aulas: história me dá brilho nos olhos, é um curso com o qual eu queria trabalhar", afirma. "Acho que eu até voltaria a dar aula, tenho saudade da sala e do contato com os alunos. Ser professor é muito bom, não é ruim. O que é ruim é o descaso, é sair de casa e não conseguir trabalhar por falta de estrutura."</span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br /><table bgcolor="#dddddd" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="font-family: inherit; font-size: 14px; font-style: inherit; line-height: 20px; vertical-align: top; width: 600px;"><tbody style="font-family: inherit; font-style: inherit;">
<tr style="background-color: #538fba;"><td bgcolor="#99ccff" colspan="2" height="56" style="font-family: tahoma, verdana, arial; font-weight: bold; height: 30px; padding-left: 5px; vertical-align: top;" valign="middle"><span lang="PT-BR" style="font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit;"><div align="left" dir="ltr" style="font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; vertical-align: baseline;">
E na rede particular?</div>
</span></td></tr>
<tr><td colspan="2" style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; padding: 5px 4px 4px; vertical-align: top;" valign="top"><div style="font-family: inherit; font-size: 14px; font-style: inherit; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: x-small;">Amábile Pacios, presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) e diretora do colégio Dromos, no Distrito Federal, não vê, até o momento, problemas expressivos de escassez de professores na rede particular de Educação Básica. "Mas acho que a rede poderá sofrer impacto no futuro, pois temos cada vez menos pessoas interessadas no magistério", prevê. "Precisamos de política pública, mas falta também reconhecimento da população. Há desprestígio e desqualificação do professor - e, em alguns casos, na particular é mais acentuado: quando, por exemplo, as famílias dão razão ao filho em detrimento de uma posição que um professor tenha assumido em sala de aula", avalia.<br /><br />João Carlos Martins, diretor-geral do Colégio Renascença, em São Paulo, e consultor educacional na rede particular, atua na gestão de colégios há cerca de 20 anos e também se preocupa com uma possível escassez docente no futuro. "Ainda temos um bom grupo de professores no mercado para educação infantil e educação fundamental 1, mas para fundamental 2 e ensino médio o quadro já está difícil", identifica ele. Ele avalia que muitos licenciados vão da graduação diretamente para a pós-graduação.</span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
</div>
<div id="corpo" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 30px; margin-top: 15px;">
<a href="http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/195/adeus-docencia-292321-1.asp">http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/195/adeus-docencia-292321-1.asp</a></div>
<div id="corpo" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 30px; margin-top: 15px;">
(Erinaldo Alves)</div>
Ensinando Artes Visuaishttp://www.blogger.com/profile/04511034799808787383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3992487317171157287.post-41934430343536385772013-07-19T23:33:00.002-03:002013-07-19T23:33:36.861-03:00Salão de Artes Visuais do SESC PB - 2013<h1 class="entry-title" style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, helvetica, freesans, sans-serif; font-size: 3.16em; letter-spacing: -0.06em; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;">
<br /></h1>
<h2 style="margin: 0px; outline: 0px; padding: 0.3em 0px 0px;">
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #929292; font-family: arial, helvetica, freesans, sans-serif; font-weight: normal; line-height: 14.4pt; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-themecolor: text1;">Evento
itinerante conta com a exposição de trabalhos de 26 artistas. Cidades de
Campina Grande e Guarabira também serão visitadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #929292; font-family: arial, helvetica, freesans, sans-serif; font-weight: normal; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #929292; font-family: arial, helvetica, freesans, sans-serif; font-weight: normal; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: black; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">No dia 12 de julho foi aberto o
Salão de Artes Visuais 2013 da Paraíba na Galeria de Artes do Centro de
Turismo e Lazer Sesc Cabo Branco, em João Pessoa, A exposição conta com 44
obras de 28 artistas selecionados nas categorias Pintura, Objeto/Escultura,
Instalação, Gravura e Vídeo Arte. Na ocasião, foram premiados 15 artistas,
sendo 10 com o prêmio aquisição (Gildo Xavier, Antônio Filho, Antônio
David, Rafael Passos, Thercles Silva, Saulo Dannyck, Ana
Patricio De Almeida, Jonh Monteiro, Célia Romeiro e Arthur Maia) e
cinco com o prêmio de incentivo (Idália Lins, Nessa Coelho, Marcos
Paulo, Leandro Santiago e Tony Neto). Foram 26 artistas
selecionados entre 80 inscritos.</span><span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-themecolor: text1;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #929292; font-family: arial, helvetica, freesans, sans-serif; font-weight: normal; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #929292; font-family: arial, helvetica, freesans, sans-serif; font-weight: normal; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: black; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Os expositores são: Gildo Xavier,
Antônio Filho, Antônio David, Rafael Passos, Thercles Silva, Saulo
Dannylck, Ana Patrícia Almeida, John Monteiro, Célia Romeiro, Arthur Maia,
Idália Lins, Nessa Coelho, Marcos Paulo, Leandro Santiago, Tony Neto, Danilo
Moveo, Rafaela Coelho, Cecília Bandeira, Gabriel Bechara, Everton David,
Selma Sanches, Fidel Latiesas, Minna Miná, Tibúrcio Diógenes, Juliana Alves,
Estela Santos, Natália Quieroz e José Otávio Porpino.</span><span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-themecolor: text1;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #929292; font-family: arial, helvetica, freesans, sans-serif; font-weight: normal; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #929292; font-family: arial, helvetica, freesans, sans-serif; font-weight: normal; line-height: 17.4pt; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-themecolor: text1;">O Salão permanece
em João Pessoa até 31 de julho. Com formato itinerante, segue para Campina
Grande, onde fica entre os dias 9 e 31 de agosto, no Sesc Centro. Depois, chega
a Guarabira, com atividades entre 12 e 30 de setembro, na unidade do Sesc na cidade.
Em Patos, Sousa e Cajazeiras receberão oficinas e palestras. Toda a programação
é gratuita e aberta a quaisquer interessados.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #929292; font-family: arial, helvetica, freesans, sans-serif; font-weight: normal; line-height: 17.4pt; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-themecolor: text1;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="background-color: white; clear: both; font-weight: normal; line-height: 1.2em; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="background-color: white; clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-LzsEL8vQJO8/Uen2fot7NXI/AAAAAAAACXc/CD8mfbO1FFw/s1600/andando-thercles_silva.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://3.bp.blogspot.com/-LzsEL8vQJO8/Uen2fot7NXI/AAAAAAAACXc/CD8mfbO1FFw/s320/andando-thercles_silva.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-weight: normal; line-height: 17.4pt; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #0f1419; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: normal; text-align: center;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="display: block; font-family: arial, helvetica, freesans, sans-serif; font-size: 12px; font-weight: normal; line-height: 12px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0.67em; text-align: left;"><div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white;">A fotografia "Andando" é parte da obra de Thercles Silva, um dos expositores do evento</span></div>
<span style="background-color: white;"><div style="text-align: center;">
(Foto: Divulgação/Fecomércio)</div>
</span></span></div>
<br /><div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #929292; font-family: arial, helvetica, freesans, sans-serif; font-weight: normal; line-height: 17.4pt; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-themecolor: text1;">Mais informações
sobre o Salão de Artes Visuais 2013 podem ser acessadas no <a href="http://www.sescpb.com.br/index.php/component/content/article/11/952-salao-de-artes-visuais-do-sesc-2013.html" target="_blank">site doSESC</a> ou pelo telefone (83) 3208-3194. O Centro de Turismo e Lazer da
instituição fica na Avenida Cabo Branco, 2788, na orla de João Pessoa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #929292; font-family: arial, helvetica, freesans, sans-serif; font-weight: normal; line-height: 17.4pt; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-themecolor: text1;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #929292; font-family: arial, helvetica, freesans, sans-serif; font-weight: normal; line-height: 17.4pt; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-themecolor: text1;">Fonte: </span></div>
<a href="http://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2013/07/sesc-de-joao-pessoa-sedia-salao-de-artes-visuais-2013-da-paraiba.html">http://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2013/07/sesc-de-joao-pessoa-sedia-salao-de-artes-visuais-2013-da-paraiba.html</a></h2>
<div>
<br /></div>
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<i><br /></i></div>
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<i><br /></i></div>
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<i>Por Idália Lins</i></div>
Interagindo com as Arteshttp://www.blogger.com/profile/15791034600194698782noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3992487317171157287.post-12894117127661713632013-06-17T09:53:00.001-03:002013-06-17T09:53:51.089-03:00Dicas para escrever trabalhos acadêmicos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhT-Ql0WrMxuMACnc4ULThkxjpOuc_QWUofMr2nH3Xc37yn2nqzVGcRkEQ7FAhxQGYPD1YAzZDFi93qZkfPffWcWTnZH0B2XidqwqT7ESfRURed-tOet3ICX3zKh-RwLb_wSit3oNq2DA0E/s1600/01.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5714935432580290914" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhT-Ql0WrMxuMACnc4ULThkxjpOuc_QWUofMr2nH3Xc37yn2nqzVGcRkEQ7FAhxQGYPD1YAzZDFi93qZkfPffWcWTnZH0B2XidqwqT7ESfRURed-tOet3ICX3zKh-RwLb_wSit3oNq2DA0E/s400/01.jpg" style="cursor: hand; cursor: pointer; display: block; height: 400px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 286px;" /></a><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQNVbio-itr10MKiA-EQVJp1dUwinJ-oiSGpEwOrHeUh_OdDOjMHnRWdoKzLSRzsWDHO0T7kQKstgYTztyaCrIcH9w3SraSTBkBliXDocBEAskgImZa3q92NGCYhOOZI-7EZc9CIXnrr0t/s1600/02.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5714935424199560610" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQNVbio-itr10MKiA-EQVJp1dUwinJ-oiSGpEwOrHeUh_OdDOjMHnRWdoKzLSRzsWDHO0T7kQKstgYTztyaCrIcH9w3SraSTBkBliXDocBEAskgImZa3q92NGCYhOOZI-7EZc9CIXnrr0t/s400/02.jpg" style="cursor: hand; cursor: pointer; display: block; height: 400px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 294px;" /></a>Interagindo com as Arteshttp://www.blogger.com/profile/15791034600194698782noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3992487317171157287.post-56689062104084154022013-06-17T09:19:00.002-03:002013-06-17T09:19:47.210-03:00Leonel Kaz responde à espantosa pergunta do ministro Aloizio Mercadante sobre o que é que museu tem a ver com educação<div class="contentAugusto" id="headerContent" style="border: 0px; float: left; list-style: none; margin: 0px; min-height: 500px; outline: 0px; overflow: hidden; padding: 0px; width: 460px;">
<div id="content" style="border: 0px; clear: both; font-size: 14px; line-height: 18px; list-style: none; margin: 20px 0px 0px; outline: 0px; overflow: hidden; padding: 0px;">
<div class="post" id="post-469503" style="border: 0px; color: #333333; list-style: none; margin: 0px 0px 10px; outline: 0px; padding: 0px;">
<div class="postConteudo" style="border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;">
<div class="wp-caption aligncenter" id="attachment_469504" style="background-color: #f3f3f3; border: 1px solid rgb(221, 221, 221); list-style: none; margin: 0px auto 10px; outline: 0px; padding: 4px 0px 0px; text-align: center; width: 450px;">
<a href="http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/files/2013/06/cavalcante.jpg" style="border: 0px; color: #ebae00; font-weight: bold; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;"><img alt="Museu é o lugar em que "a criança se educa, vivendo" como nos ensinou, desde 1929, o educador Anísio Teixeira, ao falar da escola (Ilustração: Cavalcante)" class="size-large wp-image-469504" height="204" src="http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/files/2013/06/cavalcante-440x204.jpg" style="border: 0px none; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;" width="440" /></a><span style="font-size: 12px; font-weight: bold;">Museu é o lugar em que "a criança se educa, vivendo" como nos ensinou, desde 1929, o educador Anísio Teixeira, ao falar da escola (Ilustração: Cavalcante)</span></div>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 10px; outline: 0px; padding: 0px;">
<em style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;">A espantosa pergunta feita pelo ministro — da Educação! –, Aloizio Mercadante, durante visita, dias atrás, a um dos museus da Fundação Joaquim Nabuco, no Recife, mereceu uma educada e ilustrada resposta do jornalista, crítico de arte, gênio das artes gráficas e editor Leonel Kaz, curador de um dos mais interessantes e criativos museus do país, o Museu do Futebol, em São Paulo, e uma das pessoas mais cultas e inteligentes que conheço.</em></div>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 10px; outline: 0px; padding: 0px;">
<em style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;">Tomara que Mercadante aprenda algo. Confiram:</em></div>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 10px; outline: 0px; padding: 0px;">
<em style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;"><span style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: underline;">Artigo publicado no jornal </span></em><strong style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;"><span style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: underline;">O Globo</span></strong></div>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 10px; outline: 0px; padding: 0px;">
<strong style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;">O LUGAR DO MUSEU NA EDUCAÇÃO</strong></div>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 10px; outline: 0px; padding: 0px;">
<em style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;"><strong style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;">“O que o museu tem a ver com educação?”</strong></em></div>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 10px; outline: 0px; padding: 0px;">
Essa pergunta do ministro da Educação, Aloízio Mercadante, na imprensa e repercutida na <em style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;"><a href="http://oglobo.globo.com/pais/noblat/" style="border: 0px; color: #ebae00; font-weight: bold; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" target="_blank">Coluna do Noblat</a></em> (3/6) do <em style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;">Globo</em>, merece algumas ponderações. Faço uma dezena delas:</div>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 10px; outline: 0px; padding: 0px;">
1. Museu é lugar para se entrar de corpo inteiro, tridimensionalmente, com todos os sentidos despertos. Cada obra de arte ou objeto exposto nos convida a olhá-lo, a partilhar dele, a se entregar a ele. Esse é o caminho da educação de qualidade: permitir que a vida nos invada e que o objeto inanimado <a href="http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/leonel-kaz-responde-a-espantosa-pergunta-do-ministro-aloizio-mercadante-sobre-o-que-e-que-museu-tem-a-ver-com-educacao/#" id="_GPLITA_0" in_rurl="http://i.trkjmp.com/click?v=QlI6Mzc5MjA6NDY5OmdhbmhlOjk3MTJmMmI2NWFhYWE4N2Y0YWQ1Y2Y5NjUzYWVlMjZjOnotMTM1Ni0xNDQzODQ6dmVqYS5hYnJpbC5jb20uYnI6NDY0Mjg6YmEwODBlYjQwODQyMzdkMGM4YzM5MjZiY2Y0ZjYzZTM" style="border: 0px; color: #ebae00; font-weight: bold; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;" title="Click to Continue > by Text-Enhance">ganhe</a> um vislumbre novo, a cada dia, em cada visita. <em style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;">O Grande Pinheiro</em>, tela de Cèzanne no Masp, pode ser vista cem vezes e, a cada vez, será diferente da outra; o quadro, de certa forma, muda, porque muda o mundo e mudamos nós também.</div>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 10px; outline: 0px; padding: 0px;">
2. Museu é lugar, portanto, de olhar de forma distinta para as coisas. E para os seres também. É lugar de aprender a olhar com outro olhar para o outro (que quase nunca o vemos), para a escola (que pode ser, a cada dia, diferente do que é habitualmente) e para a cidade (que tanto a desprezamos, porque parece não nos pertencer).</div>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 10px; outline: 0px; padding: 0px;">
3. Museu é lugar de entrar e dizer: é nosso! Museus são lugares de coleções, e as cidades, também. Cidades são escolas do olhar, pois nos permitem colecionar tudo de nossa vida: os dias que passam, a família que reunimos, os amigos que temos e ainda os bueiros da rua e as janelas que vislumbramos em nosso caminho diário (elas falam de épocas diferentes, narram histórias distintas). A cidade é a história.</div>
<div class="wp-caption aligncenter" id="attachment_469582" style="background-color: #f3f3f3; border: 1px solid rgb(221, 221, 221); list-style: none; margin: 0px auto 10px; outline: 0px; padding: 4px 0px 0px; text-align: center; width: 450px;">
<a href="http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/leonel-kaz-responde-a-espantosa-pergunta-do-ministro-aloizio-mercadante-sobre-o-que-e-que-museu-tem-a-ver-com-educacao/attachment/masp-o-globo/" rel="attachment wp-att-469582" style="border: 0px; color: #ebae00; font-weight: bold; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;"><img alt="" class="size-large wp-image-469582" height="315" src="http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/files/2013/06/MASP-O-Globo-440x315.jpg" style="border: 0px none; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;" width="440" /></a><div class="wp-caption-text" style="border: 0px; font-size: 12px; font-weight: bold; list-style: none; outline: 0px; padding: 5px 0px;">
O Museu de Arte de São Paulo (MASP) (Foto: O Globo)</div>
</div>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 10px; outline: 0px; padding: 0px;">
4. Museu é lugar onde a cidade (a história) se reconta. Rebrota. Onde ela nos faz crer que, para além do mero contorno do corpo, existimos. Criamos uma identificação com aqueles fatos e pessoas que ali estão, que nos antecederam em ideias, pensamentos e sentimentos. Que ajudaram a criar “o imaginário daquilo que imaginamos que somos”, como definiu o poeta Ferreira Gullar. É dentro da plenitude deste imaginário que o Museu nos reaviva a memória e o fulgor da boa aula.</div>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 10px; outline: 0px; padding: 0px;">
5. Museu é o lugar do mérito, onde peças e imagens entraram porque mereceram entrar, porque foram, em algum momento, singulares. Elas estão ali para nos apontar que cada qual que as visita pode ter sua singularidade, e que ninguém precisa ser prisioneiro dos preconceitos do mundo. Museu é onde a cultura aponta à educação que tanto um como o outro foram feitos para reinventar o modo de ver as coisas.</div>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 10px; outline: 0px; padding: 0px;">
6. Museu é lugar para se abandonar a parafernália eletrônica, os iPads, iPhones e Ai-ais e permitir que obras e imagens que lá se encontram repercutam em nós. Num museu somos nós os capturados pelos objetos, somos nós o verdadeiro conteúdo de cada museu, com a capacidade de transformar e sermos transformados pelo que nos cerca.</div>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 10px; outline: 0px; padding: 0px;">
7. Museu é lugar para criar um vazio entre o olhar que vê e o objeto que é visto. Um vazio de silêncio. Um vazio que amplia horizontes de percepção. Assim, o professor deixa de ser professor e passa a ser o que verdadeiramente é: um inventor de roteiros, um “possibilitador” de descobertas. É lugar de aluno, com a ajuda dos mestres, revelar potencialidades insuspeitas, tantas vezes esmagadas pelo caráter repressor das circunstâncias que o cercam.</div>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 10px; outline: 0px; padding: 0px;">
8. Museu é lugar de experiência. Tudo o que é pode não ser: há uma mágica combinatória em todas as coisas, como as crianças nos ensinam. Tudo pode combinar com tudo, independentemente de critérios, ordenamentos, hierarquias. A ordem do museu pressupõe a desordem do olhar.</div>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 10px; outline: 0px; padding: 0px;">
9. Museu é ainda lugar de coleções (embora a internet seja, hoje, o maior museu do mundo). Assim, o museu não é mais apenas um espaço físico, assim como a escola não o é. A cidade toda é uma grande escola. O Museu é uma de suas salas de aula.</div>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 10px; outline: 0px; padding: 0px;">
10. Museu é o lugar em que “a criança se educa, vivendo” como nos ensinou, desde 1929, o educador Anísio Teixeira, ao falar da escola.</div>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 10px; outline: 0px; padding: 0px;">
<em style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;"><strong style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;">Leonel Kaz</strong> é curador do <a href="http://www.museudofutebol.org.br/" style="border: 0px; color: #ebae00; font-weight: bold; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" target="_blank">Museu do Futebol</a></em></div>
</div>
<div class="postTags" style="border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; list-style: none; margin-top: 10px; outline: 0px; padding: 0px;">
<b style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">Tags:</b> <a href="http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tag/o-grande-pinheiro/" rel="tag" style="border: 0px; color: #ebae00; font-weight: bold; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;">"O Grande Pinheiro"</a>, <a href="http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tag/aloizio-mercadante/" rel="tag" style="border: 0px; color: #ebae00; font-weight: bold; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;">Aloizio Mercadante</a>, <a href="http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tag/anisio-teixeira/" rel="tag" style="border: 0px; color: #ebae00; font-weight: bold; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;">Anísio Teixeira</a>, <a href="http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tag/educacao/" rel="tag" style="border: 0px; color: #ebae00; font-weight: bold; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;">educação</a>,<a href="http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tag/experiencia/" rel="tag" style="border: 0px; color: #ebae00; font-weight: bold; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;">experiência</a>, <a href="http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tag/ferreira-gullar/" rel="tag" style="border: 0px; color: #ebae00; font-weight: bold; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;">Ferreira Gullar</a>, <a href="http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tag/historia/" rel="tag" style="border: 0px; color: #ebae00; font-weight: bold; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;">História</a>, <a href="http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tag/imagens/" rel="tag" style="border: 0px; color: #ebae00; font-weight: bold; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;">imagens</a>, <a href="http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tag/leonel-kaz/" rel="tag" style="border: 0px; color: #ebae00; font-weight: bold; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;">Leonel Kaz</a>, <a href="http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tag/masp/" rel="tag" style="border: 0px; color: #ebae00; font-weight: bold; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;">Masp</a>, <a href="http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tag/merito/" rel="tag" style="border: 0px; color: #ebae00; font-weight: bold; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;">mérito</a>, <a href="http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tag/museu-do-futebol/" rel="tag" style="border: 0px; color: #ebae00; font-weight: bold; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;">Museu do Futebol</a>, <a href="http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tag/obras/" rel="tag" style="border: 0px; color: #ebae00; font-weight: bold; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;">obras</a>, <a href="http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tag/paul-cezanne/" rel="tag" style="border: 0px; color: #ebae00; font-weight: bold; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;">Paul Cézanne</a></div>
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(Erinaldo Alves)</div>
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